Senhor, dá-me conhecer o teu nome

A revelação de Deus por meio do seu próprio nome

E de quem se pode dizer com mais propriedade que “é”, senão daquele que disse a seu servo Moisés: Eu sou o que sou, e: Dirás aos filhos de Israel: Aquele que é, enviou-me a vós (Ex 3.14).

– Agostinho (354-430).[1]

O Nome Senhor

A palavra “Senhor” usada por Davi (Sl 23.1) e, que aparece em nossas versões, geralmente é a tradução do tetragrama hebraico HWHY, que é reconhecido como sendo o nome pessoal,[2] real, essencial e pactual de Deus (Yehovah), o qual não é atribuído a nenhum outro suposto deus ou seres angelicais.[3] “O ‘nome’ é Deus em revelação”, resume Vos (1862-1949).[4]

Yehovah é o nome revelacional exclusivo de Deus (Ex 3.14-15; 6.2-3; Is 42.8; 48.11; Am 5.8; 9.6; Sl 83.18).[5] Este nome, já conhecido dos patriarcas (Gn 15.2,7-8),[6] é, conforme desejo de Moisés, revelado o seu significado: “Eu sou o que sou”, “Eu sou quem eu serei”, “Eu serei quem eu sou”, ou ainda: “Eu serei o que serei”.[7]

O Deus que se revela e, mantém paradoxalmente o mistério, demonstrando a nossa limitação própria da condição de criatura, é o Deus que envia. Ele é o Senhor.

Israel, por sua vez, será identificado e distinguido de todos os demais povos, por adorar apenas ao Senhor.[8]

Porém, a sua origem é disputada entre os eruditos, não se tendo uma opinião consensual.[9] No entanto, é o nome com o qual Deus se manifesta a Moisés e pelo nome que quer ser sempre lembrado. É sua autoapresentação.[10]

Ninguém pode atribuir nome a Deus. Deus não tem nome no sentido de distingui-lo ou descritivo de sua natureza essencial.[11] Os nomes fazem parte de sua autorrevelação. É o desvelar-se adequado e ao mesmo tempo, acomodatício de suas perfeições, aludindo a aspectos de sua identidade santa e perfeita.[12] No entanto, nenhum nome ou todos os nomes coligados esgotam as suas perfeições. Deus é um ser simples. Ele não é compósito. A junção do que podemos conhecer por graça não esgotam a majestade de Deus. Aliás, nem pensemos nisso.

A simplicidade de Deus

Insistimos: Deus em sua simplicidade, não é composto. Na integridade única de seu ser, há perfeição, totalidade e harmonia absoluta. Deus não tem amor, justiça e santidade, por exemplo, mas, é absolutamente amor, justiça e santidade. É absolutamente absoluto! O padrão final de todos os atributos e perfeições está em Deus que é absoluto.[13]

Nós podemos conhecer a Deus como Criador porque Ele ao longo da história tem se dado a conhecer claramente na criação. Nós, cristãos, podemos conhecê-lo pelo nome porque Ele mesmo se apresentou a nós.[14] O Criador que se mostra na criação, é o nosso Pai, conforme nos foi dado a conhecer em Cristo, nosso irmão mais velho e que nos introduz na intimidade da Trindade (1Pe 1.3-5/Tt 3.5; Rm 8.9,16).

Aliás, em Ef 1.17, entramos em um terreno maravilhoso, surpreendente e altamente abençoador. Em nossas orações, ainda que nem sempre pensemos nisto e, por vezes, somos equivocadamente tentados a exclusivisar uma das Pessoas da Trindade, vemos, no entanto, na oração de Paulo a presença não meramente figurativa, antes, real e abençoadora da Santíssima Trindade. Paulo reconhece este fato. Deus deseja que partilhemos da intimidade da relação da Trindade, nos dirigindo ao Pai, pela mediação do Filho sob a direção iluminadora do Espírito.[15]

Lembremo-nos de que Trindade é habitualmente o nome cristão para Deus, fazendo, portanto, parte do cerne de nossa fé.[16] Adoramos a um só Deus que é tripessoal e triúno quem mantém suas perfeições em sua intertrinitaridade, não sendo, cada atributo, característica ou exclusividade de cada pessoa.

Curiosamente, foi a busca da Igreja pela compreensão do mistério do Cristo encarnado que a fez desenvolver e precisar o conceito de Trindade.[17] E a igreja estava certa. O que Deus revelou é para nós e para os nossos filhos para que o adoremos em obediência (Dt 29.29). Por sua vez, sabemos que a Trindade nos deu a Trindade. Sem a ação trinitária, jamais conheceríamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.  É por eles que conhecemos o Deus Triúno e nos relacionamos com Ele em santa adoração.

Conhecer a Deus sempre é graça! Sem a graça que possibilita o conhecer, não haveria fé, nem, portanto, salvação. A fé pressupõe conhecimento.

Creio que o nome neotestamentário para (YHWH) é Pai, Filho e Espírito Santo, a bendita Trindade, que aludindo ao ser de Deus, guia, guarda e conduz a Igreja. (Mt 28.19; 2Co 13.13).[18]

No Shemá[19] (“ouve”), o “credo judeu”[20] –, lemos: 4Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. 5 Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.4-5).

O Senhor é o Deus da Aliança que se revelou por meio de seus atos e da sua Lei. Como temos insistido, é um Deus Pessoal que se relaciona pessoalmente com o seu povo (Ex 3.14). A grandeza de Deus é-nos manifesta de forma concreta por meio de sua revelação. O mistério é enaltecido no ato de Deus desvelar-se. Isso é grandioso demais para nós.[21]

Como bem sabemos, o texto hebraico original não constava de vogais, entretanto, com o decréscimo do conhecimento da língua hebraica, tornou-se ainda mais difícil a compreensão dos textos, visto que a introdução mental de uma vogal errada, conduziria o leitor a uma interpretação equivocada. Por isso, desde a Antiguidade várias tentativas foram feitas para se introduzir as vogais, o que finalmente ocorreu de forma satisfatória, pelos judeus da escola massorética de Tiberías, por volta do ano 950 da Era Cristã.

No caso do nome (YHWH), que ocorre 5321 vezes no AT.,[22] há algumas particularidades curiosas: Por volta do ano 300 a.C. ou um pouco antes, não sabemos ao certo, os judeus devido: 1) sua reverência para com Deus; 2) sua interpretação de Lv 24.16 e Ex 3.15, e 3) o temor de serem culpados do pecado de profanação, deixaram de pronunciar o nome YHWH. O que eles passaram a fazer, foi o seguinte: Todas as vezes que liam o nome YHWH em voz alta, este nome era substituído por (‘âdônây)(“Senhor”).[23] “Para indicar que esta substituição se devia fazer, os Massoretas[24] intercalavam as vogais de ‘aDõNãY[25] sob as consoantes de JaHWeH, daí surgiu a palavra JeHowah ou ‘Jeová'”, comenta Archer Jr. (1916-2004).[26]

O certo é que hoje nós não temos condições de saber qual era a pronúncia correta do tetragrammaton[27] divino, daí pronunciar-se de diversas formas: Yavé, Javé, Jeová, entre outras.

“É especialmente no nome YHWH que o Senhor se revela como o Deus de Graça”, assevera Bavinck.[28] Aqui, de modo especial, encontramos a afirmação da imutabilidade de Deus, a confirmação do eterno cumprimento das suas promessas decorrentes do Pacto (Ex 3.13,14; 6.2,3; 15.3; Is 42.8; Os 12.5-6). Deus não muda em seu relacionamento com o seu povo.[29]

Deus se revela no Antigo Testamento como Senhor. O seu senhorio envolve alguns aspectos distintivos os quais serão melhor desenvolvidos posteriormente. Destaco aqui:

1) Deus é autoexistente e, portanto, autopoderoso e autopreservador. Ele existe por si mesmo, não dependente de nada fora dele nem é definido por nada externo a si  (Ex 3.14/Ap 1.4). Ele é a causa eficiente de tudo o que existe (Is 44.24/Jo 1.1-3).[30]

2) Deus é o Senhor da Terra: Ele criou o céu e a terra, enchendo-os todo com a sua glória, tendo, portanto, todo o domínio (Gn 1.1; Js 3.11,13; Sl 93.1-2; 95.3-5; Is 6.3; Mq 4.1-3); consequentemente.

3) Ele é o Senhor de Israel: Como Senhor de toda a criação, visível e invisível, Deus criou o seu povo e, o adquiriu ainda, num segundo estágio, quando o livrou da escravidão do Egito (Ex 19.4-6; Sl 100.3; Is 1.24; 6.1,8; 43.1,21; 60.21).

4) Deus é o Senhor da História: Deus exerce ativamente o seu poder sobre o mundo e os homens, dirigindo a História para a realização do seu propósito eterno.

Em alguns momentos a sucessão dos eventos históricos pode nos deixar perplexos, como aconteceu com o profeta Habacuque, entretanto, a mão poderosa de Deus rege todos os acontecimentos. Deus dirige a história, fazendo com que todas as coisas contribuam para o bem do seu povo, da sua Igreja (Rm 8.28).[31]  O Senhor da História conduz a história para o seu glorioso fim:  “O Senhor da história será o Juiz do mundo inteiro”, nos lembra Lloyd-Jones.[32]

5) Deus é o Senhor da graça: O Antigo Testamento é o registro infalível da historificação da graça de Deus. Os homens são compelidos a se estribarem única e simplesmente na sua graça: “No tocante a mim, confio na tua graça” (Sl 13.5). Essa graça deve ser compartilhada e proclamada (Sl 40.10). (Veja-se: Sl 63.3; 69.16; 85.9-12; 89.14; Is 60,10; Dt 7.6-8, etc.).

6) Não há impedimentos para Deus. Sendo Ele coerente consigo mesmo, é poderoso para cumprir todas as suas promessas. (Ex 3.13,14; 6.2-4; 15.1-7; Sl 22.3-5; Is 42.8-9; Os 12.5-6).

Jesus Cristo revela o nome

A questão do nome adquire um sentido ainda mais rico e profundo[33] por meio do Logos encarnado. O Filho eterno coexistente com o Pai, estando com Ele desde o “início” (Jo 1.18),[34] foi quem o revelou de forma completa dentro do propósito Trinitário de se fazer conhecido.

Na Oração Sacerdotal[35] Jesus Cristo, fala ao Pai a respeito de seus discípulos:

Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. (Jo 17.6).

Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer. (Jo 17.26).

Como temos insistido, o conhecimento do nome de Deus só nos é possível por iniciativa do próprio Deus. O seu nome não é atribuído por nós de forma arbitrária.[36] Aliás, nem teríamos parâmetros para isso. Ele mesmo se dá a conhecer em Jesus Cristo. A revelação é um ato da livre graça de Deus.[37] “É o próprio Deus que, por meio da natureza e da Escritura, colocou seus nomes esplêndidos em nossa boca”, destaca Bavinck.[38]

O nome de Deus retrata aspectos de sua própria natureza. O nome abrange tudo quanto nos foi revelado a seu respeito: Todos os seus atributos revelados e todas as suas obras.[39] O nome de Deus está relacionado à sua revelação.[40] Jesus revelou (fanero[41] = “tornar claro”; “manifestar”, “fazer conhecido”) o nome do Pai (Jo 17.6).

Revelar o nome significa revelar a própria pessoa e o seu caráter. Do mesmo modo: confiar no nome é o mesmo que confiar na pessoa (Sl 9.10; 20.7; 22.22; Mt 12.21,[42] etc.).[43] No Salmo 8.1, a majestade de Deus e o seu nome, são poeticamente sinônimos.[44]

Jesus Cristo diz a Ananias que Paulo, antigo perseguidor e agora convertido a Cristo, era um instrumento escolhido “para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel” (At 9.15).

Glorificar o nome de Deus é o mesmo que glorificar a Deus. Jesus Cristo ora: “Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei” (Jo 12.28).

O nome é a própria pessoa em seus atos.[45] Nas Escrituras o nome revela aspectos do seu caráter e perfeição. Quando o nome do Pai é associado ao do Filho e ao do Espírito Santo, “assume o caráter de perfeição e plenitude”, interpretam Bietenhard (1916-2008) e Bruce (1910-1990).[46]

Ele nos guarda em seu nome que é poderoso. Nele podemos nos refugiar e sentir-nos seguros. Esse é o testemunho dos servos de Deus:

 

O SENHOR te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança. (Sl 20.1).

O mestre de canto. Salmo didático. Para instrumentos de cordas. De Davi, quando os zifeus vieram dizer a Saul: Não está Davi homiziado entre nós? Ó Deus, salva-me, pelo teu nome, e faze-me justiça, pelo teu poder. (Sl 54.1).

Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro. (Pv 18.10).[47]

 

Se o nome de Deus nos fala de sua natureza e de seus atos, em contrapartida, essa revelação deve deixar claro para nós como devemos nos relacionar com Ele. Em outras palavras: Se Deus se revela como santo, justo, misericordioso, fiel e majestoso, a nossa relação com Ele deve levar tudo isso em consideração: O Deus a quem servimos e oramos é um Deus, santo, justo, misericordioso, fiel e majestoso. A adoração, reverência, humildade e gratidão são alguns dos componentes de nossa aproximação do nosso Senhor.

Portanto, isso deve ser essencialmente modelador de nossos atos, orações e culto. O Salmo 23 é claramente relacional. Se o Senhor é o meu pastor, eu de fato, sou sua ovelha. Somos o que somos enquanto o somos para o outro. Não existe pastor sem ovelhas, nem ovelhas sem pastor. A nossa alegria e segurança é saber que o nosso pastor é o Senhor. Por isso mesmo, eu não preciso de nada. Não por resignação, mas, porque nada nos falta nem nos faltará. Conhecemos nosso Senhor.

Falta de um conhecimento pessoal de Deus

Por vezes, o nosso problema fundamental, é que nos falta um conhecimento pessoal de Deus, um conhecimento de quem Ele é; e, portanto, de uma confiança resultante da certeza de quem é o Deus em quem cremos.

O nome de Deus só pode ser genuinamente conhecido por meio do conhecimento salvador de Jesus Cristo.[48] Jesus Cristo não se perdeu em questões periféricas, antes diz que manifestou o nome de Deus, ou seja: anunciou o caráter, os atos e as perfeições de Deus.

A Palavra anunciada por Cristo revelava a Deus como Senhor de todas as coisas e presença cuidadosa (transcendência e imanência), evidenciando aspectos da sua natureza. Apenas em caráter ilustrativo podemos afirmar que na Oração Sacerdotal (João 17) vemos Deus como:

 

  • Pai (1)
  • O Senhor da Glória: (1,4,5)
  • Todo-Poderoso (2). Ele tem autoridade (exousia) sobre todas as coisas.
  • Deus que se revela (3). Deus se revela para ser conhecido. Ele enviou o seu Filho com este propósito.
  • O único Deus verdadeiro (3)
  • Deus eterno (5)
  • Pai que escolhe os seus (6,9)
  • Todo-Poderoso para guardar os seus (6,9,11,15)
  • Pai Santo e santificador (11,17)
  • Acolhedor (21). O Pai nos acolhe em sua intimidade com o Filho a fim de sermos um povo, unido com Eles.
  • Ama o seu povo (23)
  • Ama o Filho (23-24,26)
  • Pai Justo (25)
  • Pai que permanece eternamente unido ao Filho (21-24).

 

Retornando ao Antigo Testamento, partindo da Palavra YHWH, queremos analisar como as Escrituras, especialmente no livro de Salmos, revelam o Senhor.

Tomo aqui as palavras de Beeke e Smalley como de extremo significado bíblico e de grande relevância na transição nesse estudo:

Conhecer a Deus como o Senhor que habita perto do seu povo é temê-lo. Devemos, portanto, humilhar-nos com santo respeito na presença do grande “Eu Sou”. Devemos considerar sua absoluta independência de todas as limitações e sua constante fidelidade à sua aliança. Devemos adorá-lo com alegria e tremor. Ele é o verdadeiro Deus. Em tudo isso, confiemos nele de todo o coração como o único Redentor. No nome divino, “o Senhor”, encontramos a raiz da qual crescem todos os doces frutos que nutrem a alma do crente em todas as provações e tentações.[49]

 

Este é o Senhor de Davi e dos salmistas. Este é o nosso Senhor. Assim sendo, nada nos faltará.


[1] St. Agostinho, A Trindade,  São Paulo: Paulus, 1994, 5.2.3. (p. 193).

[2]Vejam-se: John Frame, A Doutrina de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2013, p. 38-39; Joel R. Beeke; Paul M. Smalley, Teologia Sistemática Reformada,  São Paulo: Cultura Cristã, 2020, v. 1, p. 484.

[3] Cf. Paulo Anglada, Soli Deo Gloria: O Ser e as obras de Deus, Ananindeua, PA.: Knox Publicações, 2007, p. 35.

[4]Geerhardus Vos, Teologia Bíblica, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 139.

[5]“14 Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.  15 Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração”  (Ex 3.14-15). 2 Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR.  3 Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido” (Ex 6.2-3). Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is 42.8). Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem” (Is 48.11). “Procurai o que faz o Sete-estrelo e o Órion, e torna a densa treva em manhã, e muda o dia em noite; o que chama as águas do mar e as derrama sobre a terra; SENHOR é o seu nome” (Am 5.8). Deus é o que edifica as suas câmaras no céu e a sua abóbada fundou na terra; é o que chama as águas do mar e as derrama sobre a terra; SENHOR é o seu nome” (Am 9.6). E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra” (Sl 83.18).

[6]2 Respondeu Abrão: SENHOR Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer?  (…) 7 Disse-lhe mais: Eu sou o SENHOR que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra.  8 Perguntou-lhe Abrão: SENHOR Deus, como saberei que hei de possuí-la?” (Gn 15.2,7-8).

[7] Cf. Joel R. Beeke; Paul M. Smalley,  Teologia Sistemática Reformada,  São Paulo: Cultura Cristã, 2020, v. 1, p. 482-483.

[8] Cf. Walter Eichrodt, Teologia del Antiguo Testamento, Madrid: Ediciones Cristiandad, 1975, v. 1, p. 171.

[9] Uma breve, porém, ótima discussão sobre o assunto temos em Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 144-147. Mais atual, porém, menos crítico: Terence Fretheim, Javé: In: Willem A. VanGemeren, org. Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 4, p. 736-741.

[10] Cf. Carl F.H. Henry, Deus, Revelação e Autoridade v. 2: Deus que fala e age – 15 teses – parte um, São Paulo: Hagnos, 2017, p. 225.

[11]Veja-se: François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 253.

[12] “Na Escritura o nome de Deus é autorrevelação. Somente Deus pode dar nome a si mesmo; seu nome é idêntico às perfeições que ele exibe no mundo e para o mundo. Ele se faz conhecido ao seu povo por meio de seus nomes próprios: a Israel, como YHWH, à igreja cristã, como Pai. Os nomes revelados de Deus não revelam seu ser como tal, mas sua acomodação à linguagem humana” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 97). Do mesmo modo havia se expressado Turretini. Veja-se: François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 253.

[13] Veja-se: John Frame, Teologia Sistemática, São Paulo: Cultura Cristã, 2019, v. 1, p. 89.

[14] Deus expressa o seu pensamento e a sua vontade no mundo, na Criação, envolvendo o homem com a manifestação visível da sua glória que é proclamada, apesar do pecado, de forma fecunda nas obras da Criação (Sl 19.1; At 14.17; Rm 1.19,20). (Vejam-se: João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.3), p. 299; R.C. Sproul, Somos todos teólogos: uma introdução à Teologia Sistemática, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2017, p. 36-37; R.C. Sproul, Estudos bíblicos expositivos em Romanos, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, p. 31-40).

Deus, o mundo e o homem são as três realidades com as quais toda a ciência e toda filosofia se ocupam (Herman Bavinck, The Philosophy of Revelation, New York: Longmans, Green, and Company, 1909, p. 83). Pois bem, se Deus não tivesse primeiramente, de forma livre e soberana se revelado (Sl 115.3; Rm 11.33-36) – concedendo ao homem o universo como meio externo de conhecimento que funciona com as suas leis próprias e regulares – toda e qualquer ciência seria impossível. O mundo, inclusive o homem, é o grande laboratório de todas as ciências. Só que, quem “construiu” este laboratório foi Deus, e deixou ao homem a responsabilidade de estudá-lo, descobrindo os “enigmas” que estão por trás das leis que funcionam de acordo com as prescrições do seu Criador. Não pensemos, contudo que Deus criou o mundo apenas para satisfazer a curiosidade humana. Deus o fez como testemunho da sua glória: “A grande finalidade da criação foi a manifestação da glória de Deus” (A.W. Pink, Deus é Soberano, São Paulo: Fiel, 1977, p. 84). Deus ainda hoje não deixou de dar testemunho da sua existência e bondoso cuidado para com o homem (At 14.17). Deus está ativo, preservando a sua criação para o fim proposto por ele mesmo. “Deus não é mero espectador do universo que ele criou. Ele está presente e ativo em todas as partes, como o fundamento que sustenta tudo e o poder que governa tudo o que existe” (L. Boettner, La Predestinación, Grand Rapids, Michigan: TELL. [s.d.], p. 33). A Bíblia atesta este fato amplamente (Vejam-se: Ne 9.6; At 17.28; Ef 4.6; Cl 1.17; Hb 1.3) (Veja-se: Confissão de Westminster, Cap. V). Deus faz todas as coisas “conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11/Sl 115.3).

[15]“O propósito original de Deus foi que o ser humano partilhasse a intimidade familiar jubilosa da Trindade” (J.I. Packer, O Plano de Deus para Você, 2. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2005, p. 125).

[16] Veja-se: Tim Chester, Conhecendo o Deus Trino, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2016, p. 18.

[17]Pelikan (1923-2006) chega a dizer que “o dogma da Trindade foi desenvolvido como a resposta da igreja à questão sobre a identidade de Jesus Cristo” (Jaroslav Pelikan, A tradição cristã: uma história do desenvolvimento da doutrina: O surgimento da tradição católica 100-600, v. 1, São Paulo: Shedd Publicações, 2014,  p. 235).  Novamente: “O auge do desenvolvimento doutrinal da igreja primitiva foi o dogma da Trindade” (Jaroslav Pelikan, A tradição cristã: uma história do desenvolvimento da doutrina: O surgimento da tradição católica 100-600, v.. 1, p. 185). “É verdade que as controvérsias cristológicas que remontam ao ano 360 não são no fundo mais do que uma consequência lógica das discussões sobre a fé trinitária” (B. Studer, Trindade: In: Ângelo Di Berardino, org. Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs, Petrópolis, RJ.; São Paulo: Vozes; Paulinas, 2002, p. 1389). “É possível argumentar que a doutrina da Trindade encontra-se intimamente associada ao desenvolvimento da doutrina sobre a divindade de Cristo. Quanto mais a igreja insistia no fato de Cristo ser Deus, mas era pressionada a esclarecer a forma como Cristo se relacionava com Deus” (Alister E. McGrath, Teologia Sistemática, histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã, São Paulo: Shedd Publicações, 2005, p. 378). No final do segundo século, Irineu (c. 130-200 AD) testemunha que a Igreja de Deus, espalhada por toda face da terra, declarava a sua fé trinitária – conforme recebera dos discípulos –, a saber: “a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus” (Irineu, Irineu de Lião, São Paulo: Paulus, 1985, I.10.1. p. 61-62). Ainda segundo ele, esta pregação era comum na Igreja “Unanimemente as prega, ensina e entrega, como se possuísse uma só boca” (Irineu, Irineu de Lião, I.10.2. p. 62).

[18]Bavinck faz uma analogia semelhante com o nome plural de Deus: “Deus se revelou mais abundantemente no nome ‘Pai, Filho e Espírito Santo’. A plenitude que, desde o princípio, estava no nome Elohim, foi gradualmente desenvolvida e tornou-se mais plena e manifestamente expressa no nome trinitário de Deus” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 150).

[19] É a primeira palavra que aparece em Dt 6.4, derivada do verbo ((m$) (Shãma’), “ouvir”, envolvendo normalmente a ideia de ouvir com afeição, entender, obedecer (Veja-se: Hermann J. Austel, Shãma’: In: R. Laird Harris, et. al., eds., Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 1586).

[20]Conforme expressão de Edersheim (1825-1889). Veja-se: Alfred Edersheim, La Vida y los Tiempos de Jesus el Mesias, Barcelona: CLIE, 1988, v. 1, p. 491.

[21]“O verdadeiro mistério só pode ser entendido como um mistério genuíno mediante a revelação. (…) Porque a revelação do Nome é a automanifestação do Deus que é livre, e exaltado acima deste mundo, é só isto que nos confronta com o verdadeiro mistério de Deus. Por isso a revelação do Nome de Deus está no centro do testemunho bíblico da revelação” (Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 157).

[22]Cf. Gottfried Quell, ku/rioj: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, 8. ed. Grand Rapids, Michigan: WM. B. Eerdmans Publishing Co., (reprinted) 1982, v. 3, p. 1067. Fretheim fala-nos de cerca de 6800 vezes (Cf. Terence Fretheim, Javé: In: Willem A. VanGemeren, org., Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 4, p. 736).

[23] Palavra usada exclusivamente para Deus. Cf. Gesenius’ Hebrew-Chaldee Lexicon to the Old Testament, 13. ed. Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1978, p. 12b.

[24]Sobre os Massoretas, Veja-se: Gleason L. Archer Jr., Merece Confiança o Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1974, p. 65ss.

[25]Ainda que em menor escala, os Massoretas também intercalavam com o tetragrammaton, as vogais de ‘Elohim. Cf. L. Berkhof, Teologia Sistemática, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1990, p. 51; G. Hendriksen, El Evangelio Segun San Mateo, Grand Rapids, Michigan: Subcomision Literatura Cristiana, 1986, p. 343.

[26]Gleason L. Archer Jr., Merece Confiança o Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1974, p. 66. Veja-se: Terence Fretheim, Javé: In: Willem A. VanGemeren, org., Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 4, p. 737.

[27]Cf. L. Berkhof, Teologia Sistemática, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1990, p. 51; H. Bavinck, The Doctrine of God, 2. ed. Grand Rapids, Michigan: W. M. Eerdmans Publishing Co., 1955, p. 102ss.; A.R. Crabtree, Teologia do Velho Testamento, 2. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1977, p. 64; J. Barton Payne, Hawa: In: R. Laird Harris, et. al., eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 346; François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 253-254. Vejam-se também: J. Barton Payne, The Theology of the Older Testament, Grand Rapids, Michigan: Zondervan, 1962, p. 147-149; Joel R. Beeke; Paul M. Smalley,  Teologia Sistemática Reformada,  São Paulo: Cultura Cristã, 2020, v. 1, p. 483.

[28]Herman Bavinck, The Doctrine of God, 2. ed. Grand Rapids, Michigan: W. M. Eerdmans Publishing Co., 1955, p. 103. Cf. também, L. Berkhof, Teologia Sistemática, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1990, p. 51.

[29]Veja-se: Walter C. Kaiser, Jr., Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1980, p. 111-112. G. Aulén: “A fé entende a imutabilidade como expressão da direção inalterável da vontade de Deus e como a afirmação de que essa vontade, sob todas as circunstâncias e em toda a sua atividade, caracteriza-se pelo amor” (G. Aulén, A Fé Cristã, São Paulo: ASTE, 1965, p. 131).

[30] “Deus é aquele que existe de si mesmo e por meio de si mesmo, o ser perfeito que é absoluto em sabedoria e bondade, justiça e santidade, poder e bem-aventurança” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 98).

[31] “Toda nação da terra está sob a mão divina, porque não há poder neste mundo que, em última instância, não seja por Ele controlado. (…) Deus é o Senhor da história. (…) Ele começou o processo histórico, controla-o, e por-lhe-á um fim. Jamais devemos perder de vista este fato decisivo” (D. Martyn Lloyd Jones, Do Temor à Fé, Miami: Vida, 1985, p. 21).

[32] D.M. Lloyd-Jones, Deus o Pai, Deus o Filho, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1997, p. 323.

[33] Veja-se: Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 100-101.

[34]“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1.18).

[35]Para um estudo mais detalhado dessa oração, veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Tua Palavra é a Verdade, 2. ed. Brasília, DF.: Monergismo, 2012.

[36]Veja-se: Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 101-102.

[37]“Ele não nos manda que subamos incontinenti aos céus, e, sim, perscrutando nossa debilidade, Ele mesmo desce até nós” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 42.1-3), p. 257). “O Deus verdadeiramente Deus é aquele que não é conhecido por meio da razão, mas através da manifestação do seu Nome, o Deus da revelação” (Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 162-163).

[38]Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 110.

[39] “‘O nome’ significa tudo quanto está envolvido na pessoa de Deus, tudo quanto nos foi revelado a respeito de Deus. Significa Deus em todos os Seus atributos, Deus em tudo quanto Ele é em Si mesmo, Deus em tudo quanto Ele tem realizado e continua realizando” (D. M. Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: FIEL., 1984, p. 345). “O nome significa a representação gloriosa de Deus no mundo criado” (K. Barth, La Oración, Buenos Aires: La Aurora, 1968, p. 45).

[40] Heródoto registra uma tradição, relacionada com os Pelasgos, os quais em tempos antigos sacrificavam “aos deuses todas as coisas que lhes podiam oferecer (…) lhes dirigiam preces, não lhes dando, todavia, nem nome nem sobrenome, pois nunca os viram designados por tal forma. Chamavam-nos deuses, de um modo geral, considerando-lhes a função de estabelecer e manter a ordem no universo. Não vieram a conhecer senão muito mais tarde os nomes dos deuses, quando os egípcios os divulgaram….” (Heródoto, História, Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.], II.52).

[41] Este verbo é empregado por João para indicar o início da “manifestação” da glória do Filho através do milagre da transformação da água em vinho (Jo 2.11). Coube a Cristo – Aquele que se manifestou em carne (1Tm 3.16; 2Tm 1.10) – revelar aos seus santos o “mistério” que estivera oculto a respeito da glória de Deus, sendo confiado a Paulo este anúncio (Cl 1.26,27/Tt 1.3). Nesta revelação do Pai no Filho, vemos a manifestação do amor do Deus Pai e do Deus Filho (1Jo 4.9/1Pe 1.20). A manifestação do Filho aniquilou o pecado e o poder do diabo (Hb 9.26; 1Jo 3.5,8). Os irmãos de Jesus, de forma provocativa, desafiaram-no a manifestar publicamente os Seus sinais (Jo 7.4). Por meio da igreja Deus revela a fragrância do conhecimento de Cristo (2Co 2.14). A manifestação final do Filho será glorificante (Cl 3.4; 1Pe 5.4; 1Jo 3.2). Os que abandonam definitivamente a Igreja de Cristo revelam quem realmente são (1Jo 2.19).

[42] “Em ti, pois, confiam os que conhecem ([dy) (yada) o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam” (Sl 9.10). Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus” (Sl 20.7). A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação” (Sl 22.22). E, no seu nome, esperarão os gentios” (Mt 12.21).

[43]Vejam-se: H. Bietenhard, o(/noma, etc.: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1981 (Reprinted), v. 5, p. 242-283; J.A. Motyer, Nome: In: J.D. Douglas, ed. org. O Novo Dicionário da Bíblia, São Paulo: Junta Editorial Cristã, 1966, v. 2, p 1120-1122; H. Bietenhard; F.F. Bruce, Nome: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1981-1983, v. 3, p. 276-284; C. Biber, Nome: In: J.J. von Allmen, dir. Vocabulário Bíblico, 2. ed. São Paulo: ASTE., 1972, p. 275-278; J.T. Muller, Nombre: In: E.F. Harrison, ed. Diccionario de Teologia, Michigan; T.E.L.L., 1985, p. 370-371; W. Barclay, El Nuevo Testamento Comentado, Buenos Aires: La Aurora, 1974, v. 6, p. 232-234; Herman Hoeksema, Reformed Dogmatics, 3. ed. Grand Rapids, Michigan: Reformed Publishing Association, 1976, p. 337-338; A. Van Den Born; V. Imschoot, Nome de Deus e Nome Próprio: In: A. Van Den Born, red. Dicionário Enciclopédico da Bíblia, 2. ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1977, p. 1048-1050; G. Hendriksen, El Evangelio Segun San Mateo, Grand Rapids, Michigan: Subcomision Literatura Cristiana, 1986, p. 342; A. R. Crabtree, Teologia do Velho Testamento, 2. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1977, p. 61ss.; W.E. Wine, Diccionario Expositivo de Palabras del Nuevo Testamento, Terrassa, Barcelona: CLIE., 1984, v. 3, p. 65; R. Youngblood, Significados dos nomes nos Tempos Bíblicos. In: Walter A. Elwell, ed. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, São Paulo: Vida Nova, 1988-1990, v. 3, p. 25; Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 155-167; Herman Bavinck, Reformed Dogmatics: God and Creation, Grand Rapids, MI.: Baker Academic, 2004, v. 2, p. 95-147; Paulo Anglada, Soli Deo Glória: O Ser e Obras de Deus, Ananindeua, Pará: Knox Publicações, 2007, p. 31-53; Russel P. Shedd, A Solidariedade da Raça: O Homem em Adão e em Cristo, São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 18-20; G. Von Rad, Teologia do Antigo Testamento, 2. ed. São Paulo: ASTE, 1973, v. 1, p. 186-192; H.H. Rowley, A Fé em Israel: aspectos do pensamento do Antigo Testamento, São Paulo: Paulinas, 1977, p. 52ss.; Daniel I. Block, O Evangelho segundo Moisés − Reflexões teológicas e éticas no livro de Deuteronômio, São Paulo: Cultura Cristã, 2017,  p. 255ss.

[44] Cf. Peter C. Craigie; Marvin E. Tate, Psalms 1-50, 2. ed. Waco: Thomas Nelson, Inc. (Word Biblical Commentary, v. 19), 2004, (Sl 8), p. 107.

[45] “O nome de Deus, de maneira como o explico, deve ser aqui subentendido como sendo o conhecimento do caráter e perfeições de Deus, até ao ponto em que ele se nos faz conhecido. Não aprovo as especulações sutis daqueles que creem que o nome de Deus significa nada mais nada menos que Deus mesmo” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 8.1), p. 158).

[46]H. Bietenhard; F.F. Bruce, Nome: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1981-1983, v. 3, p. 281.

[47] “Nas Escrituras o nome sempre vale pelo caráter; vale pela perfeição da pessoa e seus atributos; representa o que a pessoa realmente é. O nome é o que revela verdadeiramente a pessoa e é a conotação de tudo o que a pessoa é na essência” (D. Martyn Lloyd-Jones, Seguros mesmo no Mundo, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, (Certeza Espiritual, v. 2), 2005, p. 52).

[48] Veja-se: Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 167.

[49] Joel R. Beeke; Paul M. Smalley,  Teologia Sistemática Reformada,  São Paulo: Cultura Cristã, 2020, v. 1, p. 494.

Autor: Hermisten Maia. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Editor e Revisor: Vinicius Lima.