Um blog do Ministério Fiel
Senhor temível que opera maravilhas
As maravilhas de Deus e de sua graça ante a nossa pequenez e pecaminosidade
Em certa ocasião quando estive visitando a Usina hidrelétrica de Itaipu, fiquei abismado com o tamanho da construção e das turbinas. O que me chamou muito a atenção foi quando verifiquei um caminhão parado perto de uma das turbinas. De forma comparativa o caminhão me pareceu muito pequeno ainda que não seja, exceto relativamente.
As referências são muito importantes para podermos dimensionar diversos aspectos da realidade. Quando não temos referências, tamanho, tempo e distância assumem configurações por vezes exageradamente significativas ou diminutas. Supervalorizamos ou desvalorizamos.
Como lhe parece a casa de seus avós − onde passava as férias na infância −, ao visitá-la depois de adulto? E o tamanho de seu tio que você considerava um “gigante” quando tinha uns 4 anos? As concepções mediadas por diversos fatores, mudam.
Dando um salto incomensuravelmente qualitativo, perguntamos: Quando pensamos em Deus quais as referências que temos?
O oceano pode nos parecer assustador especialmente em meio a uma tempestade. Um avião comercial voando a 11 km de altitude com turbulência, pode nos inspirar medo pela grandeza do espaço e por estarmos suspensos e de forma bastante insegura.
O tremor de terra por mais ameno que seja, temos dificuldade em nos acostumarmos a isso (especialmente se vivemos no Brasil e não no Chile), nos assustando e produzindo ansiedade quanto ao próximo…
Porém, nada disso pode se comparar a Deus e ao seu poder.
O temor que Deus inspira é notório nas páginas das Escrituras. Esse temor não ocorre por não conhecermos o seu amor e bondade, antes, é gerado pela dimensão de sua grandeza e santidade que ultrapassam qualquer padrão ou referência que tenhamos e, portanto, se mostra a nós, de modo terrível, impenetrável e incomensurável. Desse modo, Deus é para ser amado, mas, também, temido. Nada se compara a Ele.
O temor de Deus envolve o senso de nossa pequenez e da sua maravilhosa graça. O temor de Deus é um encantamento com a sua majestade e a consciência de nosso pecado e carência de sua misericórdia. Aliás, o Senhor é quem nos ensina a temê-lo e reverenciá-lo. Estou convencido que o temor de Deus é um aprendizado de amor que se manifesta em admiração, obediência e culto[1] tendo implicações em todas as áreas de nossa vida. Temer a Deus deve ser o princípio orientador de nossa vida e decisões.
O temor de Deus envolve o senso de nossa pequenez e da sua maravilhosa graça. O temor de Deus é um encantamento com a sua majestade e a consciência de nosso pecado e carência de sua misericórdia.
A compreensão correta deve nos conduzir a atitudes compatíveis ainda que dentro de nossa condição de pecadores. Explico. Não é a nossa condição simplesmente de pecador que gera temor diante de Deus. Mas, o senso consciente de criatura. Os anjos também, em sinal de reverência, cobrem o seu rosto diante da majestade de Deus (Is 6.2). É justamente por sermos pecadores que não conseguimos perceber com maior clareza aspectos da glória de Deus enquanto homens, em condição mais santa do que a nossa, conhecendo a Deus mais intimamente, sentiam-se mais pecadores (Is 6.5/Jo 12.38-41; Gn 18.27; 1Tm 1,15).
Portanto, o senso da grandeza incomensurável de Deus deve nos conduzir não à especulação, mas, ao santo temor em obediência e culto.
Os salmistas se alegram no temor de Deus, cientes da sua santa majestade: “Porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível (yare) mais que todos os deuses” (Sl 96.4). “Celebrem eles o teu nome grande (gadol) e tremendo (yare), porque é santo (qadosh)” (Sl 99.3).
O nosso santo temor acompanhado de uma atitude condizente, alegra o Senhor. A Palavra nos ensina que o Deus abençoa os que o temem: “Ele abençoa os que temem (yare) o SENHOR, tanto pequenos como grandes” (Sl 115.13)
Esse Deus que é Rei glorioso e temível, é nosso pastor, que cuida pessoalmente de nós. Se Deus é por nós, não há força que possa nos separar do seu amor e cuidado. Louvemos ao Senhor com alegria e santo temor.
Senhor que realiza maravilhosas proezas
Os anjos, com sensibilidade, se reúnem para adorar a Deus considerando as suas maravilhas estampadas na criação: “Celebram os céus as tuas maravilhas (pele) (grandioso,[2] prodígios[3]), ó SENHOR, e, na assembleia dos santos, a tua fidelidade (emunah)” (Sl 89.5).[4]
O salmista considerando a fidelidade de Deus e a promessa Messiânica, canta de forma alegre.
O povo de Deus, deve também fazê-lo, inclusive considerando o cuidado de Deus para com a sua Igreja conforme o seu pacto de misericórdia que preserva o seu povo ao longo da história:
Cantarei para sempre as tuas misericórdias (hesed), ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade. 2 Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre; a tua fidelidade, tu a confirmarás nos céus, dizendo: 3 Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: 4Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração. (Sl 89.1-4).
O nosso Pastor é o único Deus. O único que realiza feitos grandiosos, canta o salmista: “Ao único que opera grandes (gadol) maravilhas (pala), porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 136.4).
A rotina das bênçãos quase imperceptíveis
A rotina, que em geral é útil em nossos afazeres cotidianos, nos permitindo planejar com maior naturalidade, sem dispêndio de maiores energias, pode também involuntariamente ocultar aos nossos olhos grandes feitos com os quais nos acostumamos, terminando por banalizá-los.
Nos acostumamos com as estações do ano, as chuvas periódicas, o outono, o frio do inverno, as flores da primavera, o nascimento de um bebê, o alimento diário, uma noite de sono, o céu estrelado, o canto dos pássaros ao amanhecer, etc.
O salmista também desfrutava de experiências semelhantes, mas, quando contempla o poder de Deus manifesto de várias formas na criação e em sua vida, com amplo conhecimento de causa, exclama em louvor: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente (yare’) maravilhoso (palah) me formaste; as suas obras são admiráveis (pala) (maravilhosas, extraordinárias), e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14).
As manifestações do cuidado de Deus sobre nós são em grande parte imperceptíveis. Creio que conforme amadurecemos espiritualmente, vamos adquirindo uma dimensão maior de suas obras em nossa vida. Escreve o salmista: “São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas (pala) que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar” (Sl 40.5).
Na constatação de que os feitos maravilhosos de Deus são memoráveis, o salmista conclui: “Benigno (channun) e misericordioso (rachum) é o SENHOR” (Sl 111.4).
Esse conceito reaparece no salmo de ação de graças, quando o salmista rende graças ao único Deus que opera grandes maravilhas amparadas em sua misericórdia: “Ao único que opera grandes (gadol) maravilhas (pala), porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 136.4).
Feitos memoráveis
Geralmente o que cultivamos em nossa memória tende a direcionar nossas interpretações, modelar os nossos atos e orientar nosso ensino.
O salmista meditando sobre Deus e as suas obras, diz que elas são memoráveis. Portanto, elas devem ser preservadas em nossa memória em gratidão.
Devemos ter uma grata memória para com os feitos de Deus. Para isso, é necessário que cultivemos um coração agradecido pelo que Deus tem operado. As suas obras por serem maravilhosas são memoráveis. Isso direciona a nossa interpretação da vida. Escreve o salmista: “Ele fez memoráveis (zeker) as suas maravilhas (pala); benigno e misericordioso é o SENHOR” (Sl 111.4).
Os feitos de Deus devem ser proclamados e ensinados. Essa é uma forma de conservá-los de forma agradecida na memória e conduzir outros à mesma percepção e consequente gratidão e louvor.
O esquecimento dos atos de Deus
O esquecimento dos atos de Deus contribui para o nosso afastamento dele e de sua Palavra. Esse é o diagnóstico que faz o salmista ao considerar a rebeldia de Israel: “Nossos pais, no Egito, não atentaram (sakal) às tuas maravilhas (pala); não se lembraram (zakar) da multidão das tuas misericórdias (hesed) e foram rebeldes junto ao mar, o mar Vermelho” (Sl 106.7).
O povo se manteve indiferente a Deus. Não considerou a Palavra de Deus, seus atos e a aliança feita.
Creio que essa experiência não é estranha a muitos de nós. Em alguns momentos, sob o impacto de um grande livramento, a concretização de um desejo intensamente acalentado, o restabelecimento ante uma enfermidade, a conquista de um emprego depois de meses sem sucesso…. Quem sabe, louvamos a Deus com sinceridade e integridade. Assumimos compromissos santos diante de Deus, e confessamos as nossas falhas… Mas, em seguida, passados os primeiros momentos de júbilo, gradativamente podemos incorrer no esquecimento de Deus, dos seus atos e de nossas promessas. Foi o que aconteceu com o povo de Israel:
11 As águas cobriram os seus opressores; nem um deles escapou. 12 Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor. 13 Cedo, porém, se esqueceram (shakach) das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios (…) 21 Esqueceram-se (shakach) de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera coisas portentosas (gadol). (Sl 106.11-13, 21).
As maravilhas de Deus envolvem a sua Palavra. Por isso, devemos considerá-la com sinceridade e louvor.
A história nas Escrituras é uma demonstração prática dos princípios estabelecidos por Deus. A Lei de Deus é contada por meio da história do povo. A obediência traz a bem-aventurança da comunhão com Deus. A desobediência, as consequências da quebra da aliança feita por Deus com o seu povo.
A Lei de Deus não é apenas uma proposição revelada e teológica, antes, é também contada na história.
De certa forma, a história de nossa vida não deixa de ser uma demonstração prática dos efeitos de nossa obediência e desobediência a Deus, sempre, é claro, envolvida pela misericórdia de Deus que nos capacita a obedecer, nos perdoa em nosso arrependimento e nos restaura à sua comunhão.
O valor da Lei
Ainda que não sejamos salvos pela Lei, o Senhor Jesus Cristo a cumpriu perfeita e completamente por nós. Isso não significa que a Lei de Deus no seu aspecto moral tenha sido abolida. Não temos alvará para vivermos em pecado.[5] Pelo contrário, ela continua sendo o reto e santo padrão estabelecido por Deus para todos nós.
Rejeitar a Lei, além de fazermos pouco caso de nosso Senhor, equivale a rejeitar as bênçãos de Deus envolvidas em sua obediência. É simplesmente propor um novo caminho de vida e de felicidade desenvolvido conforme os nossos interesses pretensamente autônomos e, obviamente pecaminosos.
Considerar os feitos de Deus em louvor e adoração
No Salmo 105, o salmista considerando as obras maravilhosas de Deus na história de Israel, instrui: “Lembrai-vos (zakar) das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos (mishpat)[6] de seus lábios” (Sl 105.5).
Asafe, em profunda angústia, se reanima na consideração dos feitos de Deus:
2 No dia da minha angústia, procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite e não se cansam; a minha alma recusa consolar-se. 3 Lembro-me de Deus e passo a gemer; medito, e me desfalece o espírito. 4 Não me deixas pregar os olhos; tão perturbado estou, que nem posso falar. 5Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de passados tempos. 6De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta. 7Rejeita o Senhor para sempre? Acaso, não torna a ser propício? 8 Cessou perpetuamente a sua graça (hesed)? Caducou a sua promessa para todas as gerações? 9Esqueceu-se Deus de ser benigno? Ou, na sua ira, terá ele reprimido as suas misericórdias? 10 Então, disse eu: isto é a minha aflição; mudou-se a destra do Altíssimo. 11 Recordo os feitos do SENHOR, pois me lembro das tuas maravilhas (pele) da antiguidade. 12 Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios. 13O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? 14 Tu és o Deus que operas maravilhas (pele) e, entre os povos, tens feito notório o teu poder. (Sl 77.2-14).
Asafe, em outro momento, canta: “Graças te rendemos, ó Deus; graças te rendemos, e invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas (pala)” (Sl 75.1).
O salmista rememorando os feitos misericordiosos de Deus na história de seu povo, escreve: “Rendam graças ao SENHOR por sua bondade (hesed) e por suas maravilhas (pala) para com os filhos dos homens!” (Sl 107.8).
O salmista assume um compromisso pessoal: “Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas (pala)” (Sl 9.1).
Apologético, Missional e pedagógico
Os feitos maravilhosos de Deus ultrapassam os limites de Israel. Isso tem também um propósito apologético e missionário. A igreja por sua vez, deve narrar os feitos de Deus com propósitos adoracionais e pedagógicos.
No testemunho de Asafe vemos o propósito apologético-missional:
13 O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? 14 Tu és o Deus que operas maravilhas (pele) e, entre os povos, tens feito notório o teu poder. 15 Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. 16 Viram-te as águas, ó Deus; as águas te viram e temeram, até os abismos se abalaram. 17 Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as suas setas cruzaram de uma parte para outra. 18 O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. 19 Pelo mar foi o teu caminho; as tuas veredas, pelas grandes águas; e não se descobrem os teus vestígios. 20 O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão. (Sl 77.13-20).
Em outro lugar o salmista conclama o povo a anunciar entre os povos a glória e as maravilhas de Deus: “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas (pala)” (Sl 96.3).
O mesmo Asafe, estabelece a necessidade de educar seus filhos e as futuras gerações contando as maravilhas de Deus na história:
3 O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, 4 não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas (pala) que fez. 5 Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, 6 a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; 7 para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; 8 e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus. (Sl 78.3-8).
O nosso Pastor tem operado maravilhas em nossa cotidianidade. Os seus atos na história devem ser objeto de nossa reflexão e gratidão. Sei que é muito difícil para nós ultrapassarmos os limites do que é apenas imediatamente percebido, contudo, amparados da certeza de quem é o nosso Senhor, ainda que com modéstia epistemológica,[7] podemos vislumbrar aspectos da grandeza de sua direção em nossa vida. O Senhor deve ser louvado. Devemos instruir nossos filhos nesse caminho e proclamar a todas as pessoas os seus feitos.
Esse Senhor maravilhoso que tem realizado grandes maravilhas, é o nosso Pastor. Por isso, nada nos faltará. Amém.
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[1] “Se um genuíno conhecimento de Deus habita os nossos corações, seguir-se-á inevitavelmente que seremos conduzidos a reverenciá-lo e a temê-lo. Não é possível ter genuíno conhecimento de Deus exceto pelo prisma de sua majestade. É desse fator que nasce o desejo de servi-lo, e daqui sucede que toda a vida é direcionada para ele como seu supremo alvo” (João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.6), p. 306).
[2] Sl 31.21.
[3] Sl 72.18; 78.12.
[4]Vejam-se também: Sl 26.7; 86.10; 88.10,12; 105.2,15,16; 106.22; 107.15,21, 31, 42-43.
[5]“Não pense que o Evangelho que o liberta da maldição da lei é uma licença para você desprezar e ignorar a lei” (R.C. Sproul, Oh! Como amo a tua lei!: In: Don Kistler, org. Crer e Observar: o cristão e a obediência, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 14).
[6] Juízos (mishpat), enfatizam a suprema autoridade de Deus em nos prescrever as leis que devem regular as nossas relações e exigir que as cumpramos. “Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos (mishpat) que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR, Deus de vossos pais, vos dá. (…) 5 Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos (mishpat), como me mandou o SENHOR, meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. (…) 8 E que grande nação há que tenha estatutos e juízos (mishpat) tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho? (…) 14Também o SENHOR me ordenou, ao mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e juízos (mishpat), para que os cumprísseis na terra a qual passais a possuir” (Dt 4.1,5,8,14). “Chamou Moisés a todo o Israel e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos (mishpat) que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes” (Dt 5.1). “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos (mishpat) que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir” (Dt 6.1).
[7] “A fé reformada incentiva a humildade epistemológica ao tentar dizer o que Deus está fazendo na história. (…) A história de uma perspectiva calvinista é, na verdade, cheia de mistério” (Darryl G. Hart, 1929 e tudo aquilo, ou o que o calvinismo diz aos historiadores em busca de significado?: In: David W. Hall, Calvino em praça pública, São Paulo: Cultura Cristã, 2017, p. 21).