Um blog do Ministério Fiel
Por que Jesus nasceu judeu?
O propósito da judaicidade de Jesus para a salvação do mundo
RESUMO: Jesus Cristo, o Salvador do mundo, nasceu como judeu. Qual é o propósito de Deus na judaicidade de Jesus? A história remonta a Abraão e nos leva à comunidade dos santos de todas as tribos, línguas, povos e nações, judeus e gentios. Em última análise, Jesus nasceu judeu para eliminar todo orgulho de superioridade étnica e criar uma nova raça, alegre e misericordiosa.
Jesus nasceu judeu não apenas para desmascarar as pretensões cristãs de neonazistas e da Ku Klux Klan (KKK), mas também para calar a boca de qualquer jactância étnica e racial, incluindo a judaica. Ele nasceu judeu para levar todas as raças e etnias a uma humilde dependência da misericórdia. Ele nasceu judeu para que todas as raças se regozijassem na misericórdia, não em tons de melanina, para que cada etnia se regozijasse na misericórdia mais do que nas formas étnicas, e cada tribo se regozijasse na misericórdia mais do que em atributos tribais. Jesus nasceu judeu para eliminar todo orgulho de superioridade étnica.
Chegar a essa conclusão é complicado, mesmo que, historicamente, a judaicidade de Jesus tenha ofendido todo orgulho étnico, inclusive o judeu. No entanto, dizer que é complicado é simplesmente concordar com Paulo. Assim que chega a essa conclusão, ele diz na frase seguinte: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11.33).
Essa é a resposta de Paulo ao motivo pelo qual o Deus do universo se envolveu com a judaicidade como uma forma de salvar pessoas de todos os grupos étnicos. Digo “envolveu” não porque Deus esteja preso ou confuso, mas porque a interligação de seus caminhos salvíficos com a judaicidade é, do nosso ponto de vista, “insondável”. Suas complexidades superam nossas capacidades.
No entanto, Deus concedeu a Paulo a capacidade de nos levar a esse mistério mais longe do que qualquer outro. Ninguém esgotou isso. Convido você a me acompanhar nesse mistério, pelo menos até onde poderei levá-lo em um único artigo.
“Deles descende, segundo a carne”
Jesus nasceu judeu. A mulher samaritana junto ao poço disse a Jesus: “Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (João 4.9). Mais tarde, Jesus lhe disse: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus” (João 4.22).
A judaicidade de Jesus não era incidental para o apóstolo Paulo. Ele perguntou: “Qual é, pois, a vantagem do judeu, ou qual a utilidade da circuncisão?” Ele respondeu: “Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus” (Romanos 3.1-2). Então ele completou sua lista assim:
“São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!” (Romanos 9.4-5)
O ponto culminante dos privilégios pertencentes aos judeus é este: “Deles descende o Cristo, segundo a carne”. Jesus nasceu judeu. E para elevar o privilégio para fora deste mundo, ele é Deus encarnado – “O qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre”. O maior privilégio do povo judeu é que o Filho de Deus nasceu entre eles.
Portanto, Jesus nasceu judeu. E isso não foi incidental, mas o ponto alto do privilégio judaico entre todas as nações. E Paulo não o manteve em segredo, como se fosse embaraçoso, mas o exibiu como uma bandeira para que todos os judeus e todas as nações o vissem.
A questão é por quê. Não apenas no sentido “De onde veio isso?”, mas também no sentido “Para onde isso leva?” Qual é o propósito de Deus na judaicidade de Jesus? Se não possui qualquer significado presente, já que Jesus agora é o Salvador de todos os povos, por que Paulo não deixa esse assunto para lá?
De onde veio isso?
Deus se envolveu com a humanidade como um judeu étnico porque dois mil anos antes ele havia se envolvido com Abraão, o pai do povo judeu. “Tu és o SENHOR, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste o nome de Abraão” (Neemias 9.7). A partir desse momento, os judeus se tornaram o povo da aliança privilegiada de Deus. “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi” (Amós 3.2). “O Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Deuteronômio 7.6).
Com certeza, Deus tinha em mente, desde o início, que através de Abraão e seus descendentes, ele abençoaria todas as nações. “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3). Mas o privilégio único de Israel permaneceu.
Durante dois mil anos, Deus concentrou quase todo o seu envolvimento salvífico com o mundo em Israel, não nas nações. “Nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos” (Atos 14.16). “Tão somente o Senhor se afeiçoou a teus pais para os amar; a vós outros, descendentes deles, escolheu de todos os povos, como hoje se vê.” (Deuteronômio 10.15). O perdão dos pecados foi concedido aos judeus através do sangue prefigurado de Cristo nos sacrifícios (Levítico 4.20; Romanos 3.25). E a promessa foi feita aos judeus de que o Messias viria desse povo (Isaías 9.6-7). “O Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1.32-33).
É por isso que Jesus nasceu judeu. Deus havia escolhido os judeus como o “seu próprio povo” (Deuteronômio 14.2). Ele focou seu trabalho redentor neles por dois mil anos – não nos chineses, não nos africanos e não nas tribos germânicas pálidas. E “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” – ou seja, nascido judeu (Gálatas 4.4).
Para onde isso leva?
Responder à pergunta do porquê em relação ao passado apenas intensifica a pergunta do porquê em relação ao futuro. Qual era o propósito de Deus ao se envolver com Israel por meio de uma aliança e com um Messias judeu por meio da encarnação? Para onde isso estava levando? E por que fazer desse jeito?
Claramente, a vida, a morte e a ressurreição desse Messias judeu estavam levando à salvação dos gentios, das nações. Durante sua vida, Jesus disse: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 8.11-12). Ele disse aos líderes judeus: “O Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos” (Mateus 21.43). E ele encerrou seu ministério com o mandamento de fazer “discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19).
Mas a salvação ainda vinha “dos judeus” (João 4.22). Paulo explica como. Quando Israel rejeitou Jesus como o Messias, eles eram como ramos naturais quebrados da árvore da aliança com Abraão. Quando os gentios creram no Messias Jesus, eles eram como ramos não naturais enxertados naquela aliança judaica.
“Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti” (Romanos 11.17-18).
A raiz te sustenta! Isso significa que o compromisso de Deus com Israel é a razão pela qual você é salvo, porque você está unido a essa raiz.
Em outras palavras, não há pensamento de que os gentios tenham um caminho de salvação e os judeus outro. Há um só caminho. Pertencer ao Israel verdadeiro – o Israel salvo. Paulo deixou claro que “nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Romanos 9.6). A descendência natural não torna alguém parte de Israel verdadeiro. E muitos que não são descendentes de Israel fazem parte do Israel verdadeiro – “a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios”. Como diz em Oséias: “Chamarei povo meu ao que não era meu povo” (Romanos 9.24-25).
Ser um verdadeiro judeu não é uma questão de etnia, mas de fé no Messias: “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente … é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra” (Romanos 2.28-29). Os gentios, dessa maneira, “se tornam judeus”.
É assim que a promessa a Abraão em Gênesis 12.3 é cumprida: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos” (Gálatas 3.8). É assim que Abraão se torna “pai de numerosas nações” (Gênesis 17.5; Romanos 4.17).
“A salvação vem dos judeus” não apenas porque Jesus era judeu, mas porque ele salva os gentios, tornando-os parceiros plenos da herança judaica. Através do sangue de Cristo, “ambos [judeus e gentios] temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e sois da família de Deus” (Efésios 2.18-19). Os “estrangeiros” gentios se tornam cidadãos plenos da verdadeira e salva casa judaica. “Se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3.29).
“Todo o Israel será salvo”
Alguns pensam que essa inclusão dos gentios na herança judaica é o passo final nos tratos de Deus com Israel étnico. Não é. Paulo ensina que “até que haja entrado a plenitude dos gentios”, então “todo o Israel será salvo” (Romanos 11.25-26). Isso se refere à nação étnica como um todo, sendo convertida a Cristo em um tempo futuro – depois que “a plenitude dos gentios” for alcançada.
Alguns dizem que “todo o Israel” aqui não se refere à nação étnica, mas ao número total dos eleitos, tanto judeus quanto gentios. Existem pelo menos cinco razões convincentes pelas quais isso é improvável. Mencionarei apenas duas.
Em primeiro lugar, é muito improvável que, com apenas onze palavras gregas no meio, o significado de “Israel” mude de “nação étnica” para “judeus e gentios eleitos” (Romanos 11.25-26). O primeiro uso, e que praticamente todos concordam, se refere ao Israel étnico. Certamente, portanto, o segundo também se refere a isso: “veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo”. Portanto, “todo o Israel” é a nação étnica que antes estava parcialmente endurecida. Um dia esse povo será salvo.
Em segundo lugar, o paralelo entre as duas metades de Romanos 11.28 aponta para “todo o Israel” como a nação étnica. A primeira metade do versículo 28 diz: “Quanto ao evangelho, são eles [o povo étnico de Israel] inimigos” de Deus. A segunda metade do versículo diz: “Quanto, porém, à eleição, [esse mesmo povo étnico que são inimigos] amados por causa dos patriarcas”. O ponto deste versículo é mostrar que, mesmo que o Israel étnico agora seja um povo incrédulo e que quebra a aliança, isso vai mudar. O povo que agora é inimigo será convertido mais tarde por causa da eleição e do amor. (Veja também os paralelos em Romanos 11.12 e 15.)
Por que ele fez isso dessa maneira?
Agora nós podemos recuar e perguntar: Por que Deus escolheu salvar seu povo de todas as nações, incluindo judeus, dessa maneira indireta?
Deixe-me resumir a maneira indireta de Deus:
- Toda a humanidade caiu em pecado e corrupção quando Adão e Eva rejeitaram a bondade de Deus em favor de sua própria sabedoria (Gênesis 3.6; Romanos 5.12). À medida que surgiram diversas nações étnicas em Gênesis 10 e 11, todos os seus membros individuais eram “filhos da ira” (Efésios 2.3). Nenhuma nação no mundo era digna da bênção de Deus. Todas mereciam destruição.
- À medida que Deus colocava em movimento um plano de redenção para a humanidade, ele escolheu Israel como o foco principal de seu trabalho salvífico por dois mil anos (Deuteronômio 7.6; Amós 3.2). Essa eleição de Israel entre todas as nações não se devia a quaisquer características em Israel que a tornasse mais digna do que outras nações. Abraão era idólatra antes de ser chamado por Deus (Josué 24.2, 14). “Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado” (Romanos 3.9).
- Por dois mil anos, Deus ofereceu salvação a Israel (Romanos 9.4-5) e prefigurou o Messias na história e nas Escrituras judaicas (Lucas 24.27). Eles sempre responderam com grande incredulidade, como disse Estêvão: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis” (Atos 7.51). Ou como Paulo disse: “Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as mãos a um povo rebelde e contradizente” (Romanos 10.21).
- O efeito dessa incredulidade judaica, apesar das grandes vantagens, foi mostrar que a lei, sem um Redentor, não leva à justificação, mas apenas à exposição e aumento do pecado (Romanos 3.20; 5.20). Por meio dessa experiência, a boca de todo o mundo é silenciada. Pois, se Israel, com todas as suas vantagens, “não chegou a atingir essa lei” (Romanos 9.31), as outras nações não devem pensar que estão em melhor situação. “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (Romanos 3.19).
- Pela encarnação, vida, morte e ressurreição do Messias, as promessas aos patriarcas foram confirmadas, e a misericórdia foi estendida a todas as nações. “Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericórdia” (Romanos 15.8-9).
- Um endurecimento veio sobre Israel (Romanos 11.25; 2 Coríntios 3.14), que durou até o século XXI. Ele permanecerá “até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Romanos 11.25).
- Durante esse tempo – “os tempos dos gentios” (Lucas 21.24) – haverá um grande avanço missionário para todas as nações do mundo. “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mateus 24.14).
- “Até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo” (Romanos 11.25-26).
- Cristo voltará e estabelecerá seu reino (Romanos 11.26).
Esse é o caminho indireto que Deus planejou para redimir seu povo de todos os grupos étnicos, incluindo uma conversão final de “todo o Israel” – uma geração inteira trazida em massa à fé no final desta era. Por que um caminho tão indireto? Aqui está a resposta resumida de Paulo em Romanos 11.30-32:
“Porque assim como vós também, outrora, fostes desobedientes a Deus, mas, agora, alcançastes misericórdia, à vista da desobediência deles, assim também estes, agora, foram desobedientes, para que, igualmente, eles alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida. Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.”
Resumindo esse assunto, podemos dizer:
As nações gentias viveram em desobediência após a queda.
Então Deus escolheu Israel.
Israel viveu em desobediência, apesar de todas as suas vantagens.
Então Deus transbordou em misericórdia para as nações gentias.
Essa misericórdia para as nações resultará em grande misericórdia na conversão de Israel.
Portanto, todos os povos dependem completamente da misericórdia, não do mérito.
Isso é tão complicado, estranho e indireto, que a próxima coisa que sai da boca de Paulo é: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11.33).
Objetivo final: todos os povos humilhados e esperançosos na misericórdia
Qual é, então, o objetivo final de uma salvação tão indireta? Paulo coloca desta forma: “Deus a todos [judeus e gentios] encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos” (Romanos 11.32). Paulo já havia dito que o objetivo é “que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (Romanos 3.19). Esse é o objetivo negativo. Que cada grupo étnico seja humilhado por causa de sua desobediência.
Os judeus são humilhados porque, apesar de todas as suas vantagens, são como ramos quebrados, com os gentios tomando seu lugar na aliança abraâmica somente pela fé (Romanos 11.19; 9.30–31). Os povos gentios são humilhados porque estão de pé apenas pela fé (Romanos 11.20) e porque é a raiz judaica que os sustenta, não o contrário (Romanos 11.18). É preciso se tornar um “judeu” para ser salvo (Gálatas 3.7). Mas nenhum judeu é salvo por ser de etnia judaica. Pois nem todos os de Israel são, de fato, israelitas (Romanos 9.6). “E não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão” (Mateus 3:9).
Toda boca é calada. O orgulho de cada grupo étnico é silenciado. Todos foram entregues à desobediência. Cada um é levado a engolir seu orgulho. Os gentios devem se tornar judeus (inclusive nazistas e membros da Ku Klux Klan) para serem salvos. E os judeus devem renunciar a toda dependência do judaísmo étnico e se unir aos gentios na dependência da misericórdia.
Uma raça dependente e cultivadora da misericórdia
Jesus nasceu judeu — e todos os aspectos da “insondável” e “inescrutável” sabedoria de Deus foram colocados em prática — para alcançar esse propósito. Para fechar a boca de todo orgulho étnico e racial, incluindo o judaico, e para levar todas as raças e etnias a depender humildemente da misericórdia.
Cristo nasceu judeu para que todas as raças se regozijassem na misericórdia, não em tons de melanina; que as etnias se regozijassem na misericórdia mais do que em tradições étnicas; para que e todas as tribos se regozijassem na misericórdia mais do que em atributos tribais. Jesus nasceu judeu para eliminar todo orgulho na superioridade étnica, e para criar uma nova raça, alegre e amante da misericórdia.