O Senhor e Pastor que é sensível às circunstâncias de nossa vida | parte 4

Cuidado e livramento

Em nossa vida todos estamos sujeitos a muitas aflições. Isso,  no âmbito físico, psíquico, moral e espiritual. As razões são variadas. No entanto, podemos ter uma certeza: o cuidado de Deus e o seu livramento em qualquer âmbito.

Davi, que fingiu-se de louco entre os filisteus para fugir da perseguição insana de Saul, ficando sob suspeição dos príncipes, passou grande aperto.[1] Pôde então escrever: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra (natsal)(Sl 34.19).

O livramento de Deus não significa o não passar por aflições mas, não permitir que sucumbamos a elas dentro de um propósito maligno. Ele nos preserva em meio às aflições, sobre as quais tem o total controle.

O Senhor livra aqueles que não tem ninguém para ajudá-los ou socorrê-los. Na consciência dessas circunstâncias, a nossa fé é fortalecida no Deus acolhedor: “Porque ele acode (natsal) ao necessitado (ebyon) que clama e também ao aflito (’aniy) e ao desvalido (ayin `azar)(Sl 72.12).

Uma petição comum nos Salmos, quando os salmistas se sentem em perigo, é por livramento:

Volta-te, SENHOR, e livra (chalats) a minha alma; salva-me por tua graça. (Sl 6.4).

Livra-me (chalats), SENHOR, do homem perverso, guarda-me (natsar) do homem violento. (Sl 140.1).

Atenta para a minha aflição e livra-me (chalats), pois não me esqueço da tua lei. (Sl 119.153).

Proximidade do Senhor

O salmista de forma confiante, dá testemunho de sua fé: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra (chalats)(Sl 34.7).

O próprio Senhor Jesus, arma a sua tenda em torno de nós e nos protege e sustenta. Sempre perto está o Senhor dos seus.

Isso deve nos conduzir ao reconhecimento de sua soberana proteção que nos permite rememorar os fatos pela perspectiva do seu cuidado. Deus está ao nosso lado. Ele cuida de nós proximamente: Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós (Sl 124.1-2/Sl 118.6).

Experiência dos fiéis

Deus mesmo desafia o seu povo a confiar no seu livramento: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei (chalats), e tu me glorificarás” (Sl 50.15). A nossa história de fé serve de testemunha da fidelidade de Deus. Ele mesmo diz: “Clamaste na angústia, e te livrei (chalats); do recôndito do trovão eu te respondi e te experimentei junto às águas de Meribá” (Sl 81.7).

Por isso, o salmista rememorando a sua história de livramento em contextos diferentes, de forma agradecida pode testemunhar sobre o cuidado providente do Senhor:

Pois livraste (chalats) da morte a minha alma, das lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés. (Sl 116.8).

Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me (chalats), porque ele se agradou de mim. (Sl 18.19).

Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra (natsal) de todas as suas tribulações. (Sl 34.17).

No Salmo 31.23 o salmista traz uma mensagem de conforto e estímulo amparada na certeza do cuidado de Deus: “Amai o SENHOR, vós todos os seus santos. O SENHOR preserva (natsar) os fiéis” (Sl 31.23).

Uma oratória nociva em uma sociedade cambaleante

Há determinados contextos em nossa existência em que a maldade adquire tal onipresença que parece não haver mais espaço para a bondade, honradez e justiça.[2] Aliás, essas virtudes passam a nem sequer ser nomeadas.

A percepção é a seguinte: Quando a maldade é exaltada, a perversidade se alastra em todas as instâncias e cargos (Sl 12.8).[3] Quando a justiça cambaleia, a impunidade estimula a maldade que se concretiza em todas as esferas de forma variada e ascendente.

Ainda que não seja possível precisar a ocasião da redação deste Salmo,[4] o seu contexto parece indicar o cenário vivido pelo salmista Davi durante a perseguição perpetrada por Saul:[5] a impiedade reinava; os fiéis estão sendo extintos, ou por se corromperem ou simplesmente se calaram. O fato é que no espaço visual do salmista, desapareceram, daí o seu grito: “Socorro, SENHOR! Porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens” (Sl 12.1).

Há bajulação e hipocrisia associadas (Sl 12.2); a soberba autoconfiante é proclamada. Creem não no poder da verdade, mas, no prevalecer resultante de aliciamento, pressão, extorsão e ameaça. Sustentam não a verdade, mas, a sua força pessoal.

A sua epistemologia e lógica não se fundamentam no princípio de que o que é é,[6] antes, na fórmula, com algumas variações, tão enamorada pelo ser humano: o que é é o que eu digo que seja.[7] Consequentemente, os pobres e necessitados, oprimidos por tudo isso, suspiram pela libertação levada a cabo por Deus (Sl 12.5).

Fazendo uma digressão, essa pretensão discursiva malévola me faz lembrar a relação da retórica com os sofistas,[8] filósofos gregos do 5º-4º séculos a.C. Estes mestres adotavam uma pedagogia elitizada,[9] propícia e adequada apenas a quem pudesse pagá-los. Partindo do relativismo e subjetivismo,[10] tinham como meta convencer,[11] persuadir o seu oponente[12] independentemente da veracidade do argumento.[13] Górgias (c. 483-c.375 a.C.), um dos principais sofistas, disse que o objetivo da retórica é “pela palavra, convencer os juízes no tribunal, os senadores no conselho, os eclesiastas na assembleia e em todo outro ajuntamento onde se congreguem cidadãos”.[14]

Desta forma, a capacidade do retórico era demonstrada na habilidade de “disputar com qualquer pessoa sobre qualquer assunto” e isto se revelava na rapidez com que persuadia as multidões. Segundo Platão (427-347 a.C.), Protágoras (c. 480-410 a.C.) sustentava que “quanto à sabedoria e ao sábio, eu dou o nome de sábio ao indivíduo capaz de mudar o aspecto das coisas, fazendo ser e parecer bom para esta ou aquela pessoa o que era ou lhe parecia mau”.[15]

No entanto deve ser dito que mesmo entre os gregos surgiram oponentes a esta arte descompromissada com a verdade. Sócrates (469-399 a.C.) e Platão (427-347 a.C.) manifestaram interesse pelas questões retóricas e seus problemas. Platão, por exemplo, opõe-se à retórica de Górgias, porque ele crê na existência de critérios absolutos e universais, que possibilitem reconhecer o verdadeiro e o justo.[16] É justamente isto que distingue a retórica de Górgias da retórica de Platão. Na perspectiva de Platão, a retórica deveria ser utilizada por pessoas interessadas na verdade.[17]

Aristóteles (384-322 a.C.) que definiu a Retórica como sendo “a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, pode ser capaz de gerar a persuasão”,[18] segundo ele, a tarefa da retórica, “não consiste em persuadir, mas em discernir os meios de persuadir a propósito de cada questão, como sucede com todas as demais artes”.[19] Aristóteles, dentro de uma perspectiva ética, observa ainda, que a retórica não deveria ser usada para a persuasão do imoral;[20] todavia, o mau uso da retórica não anulava o seu valor.[21] A retórica deveria ser útil ao cidadão; esta é a sua função política; ou seja: social.[22]

Sócrates (469-399 a.C.) entendia que o mérito do orador residia em dizer a verdade.[23] Somente nesses termos ele aceitaria ser chamado de orador.[24]

Nesse salmo, de forma análoga aos sofistas, vemos de modo especial, a arrogância verbalizada, o emprego malévolo da palavra para poder oprimir o pobre. Os seus proponentes têm inteira confiança no poder persuasivo da palavra. A questão, afirmam, é apenas saber o que dizer a quem dizer: “com a língua prevaleceremos” (Sl 12.4). Essa é uma declaração de poder e confiança em sua capacidade. A percepção do outros será domesticada pelos nossos interesses. Aqui nos deparamos de forma nua e crua com a lógica malévola do opressor que se considera inteligente, sedutor e persuasivo.

Um grito confiante por socorro

Contrastando com essa arrogância, temos a palavra do pobre, que é mais um grito em oração por urgente ajuda: “Socorro, Senhor!” (Sl 12.1), um desejo inconformado contra os caluniadores (Sl 12.3e um gemido de dor e urgência (Sl 12.5).

O salmista amparado na pureza da Palavra de Deus confia no livramento do Senhor. Ele não foge, antes, clama a Deus (Sl 12.1). Ele confia no cuidado de Deus. Este é a sua única e definitiva instância justa. Ele demonstra o porquê de sua confiança no cuidado de Deus.

“Sim, SENHOR, tu nos guardarás (natsar); desta geração nos livrarás para sempre” (Sl 12.7).

Só permanece na condição de verdadeiro o que é verdade!. A verdade, por proceder de Deus, é eterna.

Temos aqui um lembrete e um conforto: Os inimigos não nos darão descanso; eles continuarão a guerrear contra nós. “Diariamente teremos que enfrentar esse conflito”, diz Calvino.[25] Precisamos estar preparados. A guerra poderá arrefecer em alguns momentos, mas, não nos iludamos, ela será longa ainda que podendo assumir configurações diferentes.

Contudo, enquanto durar essa guerra o Senhor nos preservará.     Como vimos, a palavra traduzida por “guardar” no verso 7, tem o sentido de “manter sob a vista”, “observar”,  “preservar” e “seguir”.

No Salmo 31.24 o salmista traz uma mensagem de conforto e estímulo amparada na certeza do fiel e poderoso cuidado de Deus: “Amai o SENHOR, vós todos os seus santos. O SENHOR preserva (natsar) os fiéis….” (Sl 31.23).

O cuidado de Deus, portanto, não tem prazo de validade; é constante e para sempre. Na eternidade, Deus em amor nos predestinou para Ele, para sermos seus filhos e, como tais, constituir o seu povo peculiar, a Igreja de Deus (Ef 1.4; 1Pe 2.9-10).[26]

O desenrolar da história do povo de Deus é nada mais do que a história da ação de Deus, muitas e muitas vezes, misteriosa a nós, executando o seu decreto, consumando a sua obra até o resgate de sua propriedade.

Deus se relaciona conosco como de fato somos, filhos da Aliança. A sua Aliança é perpétua, envolve toda a bendita Trindade. A doutrina da Trindade, mais do que uma abstração, faz parte da experiência cristã especialmente em nossa salvação e santificação.[27] A Aliança é definitiva e final. O Deus trino a guardará para sempre.[28] Portanto, “nada é mais seguro do que tomar a Deus como guardião e defensor de nossas vidas”, consola-nos Calvino.[29]

Como nosso supremo e eterno pastor, o Senhor nos guia e acompanha em nosso caminho de volta para o nosso lar. O paraíso é o nosso lar. Sentimo-nos atraídos para lá, porém, como isso nos parece, por vezes, desconhecido, nos assustamos e tememos. Ainda que intelectualmente estejamos aqui, o nosso espírito sente saudade do eterno, da comunhão com Deus, Aquele que confere sentido a toda a nossa existência.[30]

Essa certeza é um poderoso meio fornecido por Deus para que possamos vencer a nossa ansiedade em meio às aflições e, desse modo, resistir às tentações.[31] Ao mesmo tempo, é um estímulo ao louvor, considerando no quanto Deus tem nos abençoado.[32]

Afinal, o Senhor é o nosso pastor. Ele nos conduz em segurança no livrando do mal e do seu poder destruidor.

Cuidado salvador

Da mesma forma, também está associado à sensação de perigos iminentes: “Levanta-te, SENHOR! Salva-me (yasha), Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes” (Sl 3.7).[33]

Em outro contexto: “Porque ele se põe à direita do pobre (ebyon), para o livrar (yasha) dos que lhe julgam a alma” (Sl 109.31 Sl 116.6).

O Senhor mesmo promete salvar os aflitos que por Ele clamam: “Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o SENHOR; e porei a salvo (yasha) a quem por isso suspire” (Sl 12.5).

É necessário que aprendamos a deixar de lado o nosso orgulho e pretensão a autossuficiência, e nos lançarmos aos pés do Senhor em oração, suplicando o seu livramento.


[1] 1Sm 21.10-15.

[2]Trato desse assunto de forma similar, porém, mais amplamente, em meu livro: Hermisten M.P. Costa, O Homem no Teatro de Deus: providência, tempo, história e circunstância, Eusébio, CE.: Peregrino, 2019.

[3]“Por todos os lugares andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada” (Sl 12.8).

[4] Peter C. Craigie; Marvin E. Tate, Psalms 1-50, 2. ed. Waco: Thomas Nelson, Inc. (Word Biblical Commentary, v. 19), 2004, (Sl 12), p. 137.

[5]Essa é a hipótese sustentada por Calvino (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 12), p. 248).

[6] É conhecida a importante definição de Agostinho: “O verdadeiro é o que é em si (…) é o que é” (Agostinho, Solilóquios, São Paulo: Paulinas, 1993, II.5.8. p. 76-77).

[7]3 Corte o SENHOR todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente, 4 pois dizem: Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós?” (Sl 12.3-4).

[8]A palavra “sofista” provém do grego Sofisth, que é derivada de Sofo (= “sábio”). Originariamente, ambas as palavras eram empregadas com uma conotação positiva. É importante lembrar que foram os próprios sofistas que se designaram assim.

[9] “Já desde o começo a finalidade do movimento educacional comandado pelos sofistas não era a educação do povo, mas a dos chefes. No fundo não era senão uma nova forma da educação dos nobres (…). Os sofistas dirigiam-se antes de mais nada a um escol, e só a ele. Era a eles que acorriam os que desejavam formar-se para a política e tornar-se um dia dirigentes do Estado” (Werner Jaeger, Paidéia: A Formação do Homem Grego, 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 236).

[10]A Retórica Sofística, inventada por Górgias (c.483-c.375 a.C.), era famosa. Górgias dizia:

“A palavra é uma grande dominadora que, com pequeníssimo e sumamente invisível corpo, realiza obras diviníssimas, pois pode fazer cessar o medo e tirar as dores, infundir a alegria e inspirar a piedade (…). O discurso, persuadindo a alma, obriga-a, convencida, a ter fé nas palavras e a consentir nos fatos (…). A persuasão, unida à palavra, impressiona a alma como quer (…). O poder do discurso com respeito à disposição da alma é idêntico ao dos remédios em relação à natureza do corpo. Com efeito, assim como os diferentes remédios expelem do corpo de cada um diferentes humores, e alguns fazem cessar o mal, outros a vida, assim também entre os discursos alguns afligem e outros deleitam, outros espantam, outros excitam até o ardor os seus ouvintes, outros envenenam e fascinam a alma com persuasões malvadas” (Górgias, Elogio de Helena, 8, 14).

“Mas deixaremos de lado Tísias e Górgias? Esses descobriram que o provável deve ser mais respeitado que o verdadeiro; chegariam até a provar, pela força da palavra, que as cousas miúdas são grandes e que as grandes são pequenas, que o novo é antigo e que o velho é novo” (Platão, Fedro, Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint, [s.d.], 267, p. 251). A retórica era uma das marcas características da sofística (Cf. W.K. C. Guthrie, Os Sofistas, São Paulo: Paulus, 1995, p. 167).

[11] No final do segundo século (?), um personagem obscuro, Hérmias, escreveu um pequeno tratado – Escárnio dos Filósofos Pagãos – que, se não é relevante em termos de ideias, reflete o pensamento anti-pagão e contrário à Filosofia Grega. Destaco em especial o que disse a respeito dos sofistas: “Quantos discursos sobre essas coisas, quantas disputas, quantas discussões de sofistas que discutem por discutir e não para encontrar a verdade!” (Hérmias, o Filósofo, Escárnio dos Filósofos Pagãos, 1: In: Padres Apologistas, São Paulo: Paulinas (Patrística, v. 2), 1995, p. 305).

[12] Platão, Górgias, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, S.A., 1989, 453a, p. 59-60; 455a, p. 64. “A sofística, que caracteriza os últimos cinquenta anos do século V, não designa uma doutrina, mas uma maneira de ensinar. Os sofistas são professores que vão de cidade em cidade em busca de auditores e que, por preço convencionado, ensinam os alunos, seja por lições pomposas, seja por uma série de cursos, os métodos adequados a fazer triunfar uma tese qualquer. À pesquisa e à manifestação da verdade substitui-se a preocupação do êxito, baseado na arte de convencer, de persuadir, de seduzir” (Émile Bréhier, História da Filosofia, São Paulo: Mestre Jou, 1977, I/1 p. 69-70).

[13] Vejam-se: Platão, Teeteto, 166c-167d; Sofista, 231d; Mênon, 91c-92b; Fedro, 267; Protágoras, 313c; 312a; Crátilo, 384b; Górgias, 337d; A República, 336b; 338c.

[14] Platão, Górgias, 452e, p. 58-59.

[15]Platão, Teeteto, 2. ed. Belém: Universidade Federal do Pará, 1988, 166d, p. 36.

[16] Platão, Górgias, 455a, p. 64.

[17] Vejam-se: Platão, Fedro, 278, p. 266-267; Platão, Fédon, São Paulo: Abril Cultural, 1972, (Os Pensadores, v. 3), 90bss. p. 102-103.

[18] Aristóteles, Arte Retórica, Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.], I.2.1. p. 33.

[19] Aristóteles, Arte Retórica, I.1.14. p. 31.

[20] Aristóteles, Arte Retórica, I.1.12. p. 31.

[21]Aristóteles, Arte Retórica, I.1.13. p. 31. Agostinho escreveria mais tarde: “É um fato, que pela arte da retórica é possível persuadir o que é verdadeiro como o que é falso” (Agostinho, A Doutrina Cristã, São Paulo: Paulinas, 1991, IV.2.3. p. 214).

[22] Ver: Retórica: J. Ferrater Mora, Dicionário de Filosofia, São Paulo: Edições Loyola, 2001, v. 4, p. 2524b.

[23] Platão, Apologia de Sócrates, São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores, v. 2), I.18a, p. 11.

[24] Platão, Apologia de Sócrates, I.17b, p. 11

[25]João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 12.7), p. 259.

[26] 3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.3-5). 9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pe 2.9-10).

[27] Veja-se: Ryan McGraw, A necessidade de uma piedade trinitária: In: Joel R. Beeke, org. A beleza e a glória do Pai. São Paulo: Cultura Cristã, 2017, p. 146ss.

[28] “E se a custódia que Deus exerce sobre os fiéis é às vezes velada, e não se manifesta em seus efeitos, esperemos com paciência até que Ele se erga; e quanto maior for o dilúvio de calamidades que nos sobrevenha, conservemo-nos muito mais firmes no exercício de piedoso temor e solicitude” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 12.7), p. 259). “Enquanto houver mundo, haverá uma geração de homens orgulhosos e maus. Porém, o povo de Deus está nas mãos de Cristo, o nosso Salvador; está a salvo, porque ninguém é capaz de tirá-lo de seu poder” (Matthew Henry, Comentário Bíblico de Matthew Henry, 5. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, (Sl 12), p. 405).

[29]João Calvino, O Profeta Daniel: 1-6, São Paulo: Parakletos, 2000, v. 1, (Dn 3.21-23), p. 215.

[30] Vejam-se os pertinentes insights de McGrath. (Alister E. McGrath, Surpreendido pelo sentido: ciência, fé e o sentido das coisas, São Paulo: Hagnos, 2015, especialmente, p. 157 e 171-172). Do mesmo modo, veja-se:  Ronald H.  Nash, Cosmovisões em conflito: escolhendo o Cristianismo em um mundo de ideias,  Brasília, DF.: Monergismo, 2012, p. 62-68.

[31] Veja-se: João Calvino,  O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 25.4), p. 541.

[32]Veja-se: J.I. Packer, Providência: In: J.D. Douglas, ed. org. O Novo Dicionário da Bíblia, São Paulo: Junta Editorial Cristã, 1966, v. 3, [p. 1336-1338], p. 1338.

[33] Vejam-se também: Sl 6.4; 7.1,10; 18.3,35; 20.9; 28.9; 31.2; 65.5; 69.1/86.15/119.25,94,146.

Autor: Hermisten Maia. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Editor e Revisor: Vinicius Lima.