Um blog do Ministério Fiel
Atitudes para com o nosso Rei-Pastor – parte V
Meditar na Palavra de Deus
Como temos insistido, a Palavra de Deus jamais poderá ser recebida salvadoramente sem o ensino do Espírito. É Ele quem de fato abre as Escrituras diante dos nossos olhos, nos capacitando a enxergar o Evangelho da Glória de Deus.
Calvino comentando o texto de 2Pe 1.3, diz:
A causa eficaz de fé não é a perspicácia de nossa mente, mas a vocação de Deus. E ele (Pedro) não se refere somente à vocação externa, que é em si mesma ineficaz; mas à vocação interna, realizada pelo poder secreto do Espírito, quando Deus não somente emite sons em nossas orelhas pela voz do homem, mas, pelo seu próprio Espírito atrai intimamente nossos corações para Ele mesmo.[1]
A autoridade da Palavra não depende do testemunho de nenhum homem ou instituição, antes, baseia-se na autoridade divina do seu autor que nos fala por meio da Escritura, Portanto, como temos enfatizado: “a credibilidade da doutrina se não firma antes que se nos persuada além de toda dúvida de que seu autor é Deus. Destarte, a suprema prova da Escritura se estabelece reiteradamente da pessoa de Deus nela falar”.[2]
No entanto, não nos enganemos. Calvino não ignorava os argumentos em prol da autoridade bíblica; ele simplesmente entendia que sem a iluminação do Espírito estes argumentos, por mais razoáveis que fossem (e ele os considerava convincentes), não produziria um conhecimento salvador.
Em síntese: Sem o Espírito, não haveria evidência objetiva que se tornasse persuasiva ao homem. A verdade objetiva só se torna verdade subjetiva para o homem quando o Espírito o persuade, fazendo-o enxergar as evidências.
Gerstner (1914-1996) interpreta:
O papel do Espírito Santo não é alterar a evidência (de insatisfatória para satisfatória) mas, sim, mudar as atitudes dos homens, da resistência à verdade para a submissão a ela. (…) Calvino não ensina que o Espírito é a evidência em prol da inspiração da Bíblia. Tudo quanto faz é levar as pessoas a crerem na evidência.[3]
Do mesmo modo Sproul (1939-2017) interpretando Calvino:
Para Calvino, o testemunho do Espírito Santo não é um sussurro interior trazendo uma nova informação ou um truque interno que transforme um argumento fraco em um bom argumento. O testemunho interno não nos leva a crer em oposição a uma evidência; ele trabalha em nossos corações para levar-nos à rendição diante de uma evidência objetiva. (…) O Espírito leva-nos a sermos persuadidos pela prova.[4]
Calvino, o teólogo da Palavra e do Espírito, escreveu magistralmente sobre este ponto certificando que o testemunho do Espírito é superior a qualquer arrazoado humano porque, na realidade, é mais elevado do que a capacidade humana racional:
O testemunho do Espírito é superior a todos os argumentos. Deus na Sua Palavra é a única testemunha adequada a respeito de Si mesmo, e, de maneira semelhante, Sua Palavra não será verdadeiramente crida nos corações dos homens até que tenha sido selada pelo testemunho do Seu Espírito. O mesmo Espírito que falou através dos profetas deve entrar em nosso coração para convencer-nos que eles entregaram fielmente a mensagem que Deus lhes deu. (…) Sendo iluminados pelo Seu poder, já não devemos ao nosso próprio juízo, nem ao de outros, o fato de crermos que as Escrituras vêm da parte de Deus; mas, por razões além do julgamento humano temos perfeita certeza, como se nelas contemplássemos a glória do próprio Deus, que elas foram transmitidas a nós da própria boca de Deus, pela instrumentalidade dos homens. Não procuramos argumentos ou probabilidades sobre os quais fundamentar nosso julgamento, mas sim sujeitamos nosso julgamento e nosso intelecto a elas como sendo algo acima e além de toda disputa. Nossa convicção, portanto, é tal que não requer argumentos; nosso conhecimento é tal que é consistente com o melhor dos argumentos; porque nelas a mente descansa com mais segurança e firmeza do que em quaisquer argumentos.[5]
Em outro lugar, Calvino escreveu:
Deus não deu a conhecer a Palavra aos homens com vistas a momentânea apresentação, assim que de pronto a abolisse com a vinda de Seu Espírito; pelo contrário, enviou o mesmo Espírito, pelo poder de Quem havia dispensado a Palavra, para que realizasse sua obra mediante a eficaz confirmação dessa mesma Palavra. Desta forma, Cristo abriu o entendimento aos dois discípulos de Emaús (Lc 24.27,45), não para que, postas de parte as Escrituras, se fizessem sábios de si mesmos, mas para que entendessem essas Escrituras.[6] De modo semelhante, Paulo, enquanto exorta aos tessalonicenses a que não extingam o Espírito, não os arrebata às alturas, a vãs especulações à parte da Palavra, mas imediatamente acrescenta que as profecias não deveriam ser desprezadas (1Ts 5.19,20).[7] Com o que acena, longe de dubiamente, que a luz do Espírito é sufocada assim que em desprezo vêm as profecias.[8]
Em resposta ao Cardeal Sadoleto (1477-1547), Calvino diz:
Hás sido castigado pela injúria que fizeste ao Espírito Santo, separando-O e dividindo-O da Palavra. (…) Aprende, pois, por tua própria falta, que é tão insuportável vangloriar-se do Espírito sem a Palavra, como desagradável o preferir a Palavra sem o Espírito.[9]
Comentando 1Co 2.11, arremata: “Não há nada no próprio Deus que escape ao seu Espírito”.[10] E é o Espírito do Pai e do Filho o nosso orientador e guia pessoal que nos conduz por meio da Palavra em direção a Cristo. A Palavra é uma autoridade objetiva. O Espírito, ao nos capacitar a compreendê-la, fornece a autoridade subjetiva. Ou, como escreveu Warfield interpretando e aplicando o pensamento de Calvino:
A revelação especial ou a Escritura em sua forma documentada, fornece, como ponto de fato na visão de Calvino, somente o lado objetivo da cura que ele sabe ter sido providenciado por Deus. O lado subjetivo é efetuado pelo testimonium Spiritus Sancti. A Escritura providencia os óculos: somente o Espírito Santo no coração dos homens abre os olhos para que vejam através das lentes.[11]
A Palavra se autentica como Palavra de Deus
É a Bíblia que se autentica a si mesma como Palavra autoritativa de Deus[12] e, é Ele mesmo quem nos ilumina para que possamos interpretá-la corretamente (Sl 119.18).
“A carne não é capaz de tão alta sabedoria como é compreender a Deus e o que a Deus pertence, sem ser iluminada pelo Espírito Santo”, ensina Calvino.[13] Por isso, a Palavra não pode ser separada do Espírito.[14] Essa atitude é produto da imaginação dos fanáticos,[15] “que, desprezando a palavra, ufanam-se do nome do Espírito, e incrementam coisas, como confidenciais, em suas próprias imaginações. É o espírito de Satanás que é separado da palavra, a qual o Espírito de Deus está continuamente unido”, conclui Calvino.[16]
Somente pelo Espírito reconheceremos a origem divina das Escrituras
Portanto, quando o Espírito aplica a Palavra ao nosso coração, produz a sua boa obra em nós, gerando a fé salvadora que se direciona para Cristo e para os feitos de sua redenção.[17]
Somente pela operação divina poderemos reconhecer a sua origem divina bem como compreendê-la salvadoramente. “A suprema prova da Escritura se estabelece reiteradamente da pessoa de Deus nela a falar”, afirma Calvino.[18] Desse modo, a pretensão da igreja de subordinar a autoridade da Bíblia ao seu arbítrio consiste numa “blasfêmia”, conclui o Reformador: “É chocante blasfêmia afirmar que a Palavra de Deus é falível até que obtenha da parte dos homens uma certeza emprestada”.[19] Em outro lugar: “A Palavra do Senhor é semente frutífera por sua própria natureza”.[20]
Na Confissão Gaulesa (1559),[21] no Capítulo IV lemos:
Nós sabemos que esses livros [das Escrituras] são canônicos, e a regra segura de nossa fé (Sl 19.9; 12.7), não tanto pelo comum acordo e consentimento da Igreja quanto pelo testemunho e persuasão interior do Espírito Santo.
Na mesma linha, registra a Confissão de Westminster:
A nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações. (I.5).
Reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das cousas reveladas na palavra. (I.6).[22]
Anglada (1954-2019) resume bem este ponto, do seguinte modo: “O testemunho do Espírito não é uma nova luz no coração, mas a sua ação através da qual Ele abre os olhos de um pecador, permitindo-lhe reconhecer a verdade que lá estava, mas não podia ser vista por causa da sua cegueira espiritual”.[23]
Cabe a nós submeter o nosso juízo e entendimento à verdade de Deus conforme testemunhada pelo Espírito.[24]
A Palavra de Deus direcionada ao homem, revela a seriedade com que Deus nos trata: “Sempre que o Senhor se nos acerca com sua Palavra, Ele está tratando conosco da forma mais séria, com o fim de mover todos os nossos sentidos mais profundos. Portanto, não há parte de nossa alma que não receba sua influência”, conclui Calvino.[25]
A Palavra é escola da Trindade. A Trindade esteve totalmente comprometida com a Revelação, o registro e a preservação da Palavra. Esse mesmo Deus Triúno, nos ilumina na compreensão da Palavra, acompanha na sua transmissão e abre o coração do seu povo para que possa entendê-la espiritualmente.
Didática perfeita
Portanto, sem a aplicação da mensagem do Evangelho em nosso coração, a pregação não obterá nenhum efeito salvador. Contudo, o propiciar as condições para que ouçamos o Evangelho, já é por si só, uma ação do Espírito. A didática de Deus é completa e perfeita:
O ensino externo será infrutífero e inútil se não for acompanhado pelo ensino do Espírito Santo. Portanto, Deus tem dois métodos de ensino: primeiro, ele nos faz ouvi-lo pelos lábios humanos; e, segundo, ele nos fala intimamente por seu Espírito; e ele faz isso ou no mesmo instante, ou em momentos distintos, conforme achar oportuno.[26]
Desse modo, continua o Reformador: “Nossa oração a Deus deve ser no sentido de desimpedir nossa vista e nos capacitar para a meditação sobre suas obras”.[27]
Assim sendo, “Se porventura desejamos lograr algum progresso na escola do Senhor, devemos antes renunciar nosso próprio entendimento e nossa própria vontade”.[28]
A Reforma teve como uma de suas características principais, a ênfase na pregação da Palavra.[29] “A Reforma foi antes de tudo uma proclamação positiva do evangelho Cristão”, resume Leith (1919-2002).[30]
Divulgação das Escrituras
A Reforma aonde quer que chegasse, se preocupava em colocar a Bíblia na língua do povo – e neste particular a tipografia foi fundamental para a Reforma –, a fim de que todos tivessem acesso à sua leitura – sendo o “reavivamento” da pregação da Palavra um dos marcos fundamentais da Reforma. “A divulgação da Bíblia na língua vernácula dos povos foi o centro do movimento em todos os países da Europa”, escreve Schalkwijk.[31] Ela foi caracterizada pela “emergência de uma nova pregação”, interpreta Marc Lienhard.[32]
George sumaria:
Os reformadores queriam que a Bíblia lançasse raízes profundas na vida das pessoas que foram chamadas para servir. A Palavra de Deus não devia ser apenas lida, estudada, traduzida, memorizada e usada para meditação; ela também devia ser incorporada à vida e à adoração na igreja. A concretização da Bíblia foi muito claramente expressa no ministério de pregação, que recebeu nova preeminência na adoração e na teologia das tradições da Reforma.[33]
Os Reformadores criam que se as Escrituras estivessem numa língua acessível aos povos, todos os que quisessem poderiam ouvir a voz de Deus e, todos os crentes teriam acesso à presença de Deus. Portanto, “para eles, as Escrituras eram mais uma revelação pessoal que dogmática”, argumenta Lindsay (1843-1914).[34] De fato o estudo bíblico tinha um alcance “acadêmico e popular”.[35]
Calvino, por exemplo, entendia que as Escrituras eram tão superiores aos outros escritos que, “Logo, se lhes volvemos olhos puros e sentidos íntegros, de pronto se nos antolhará a majestade de Deus, que, subjugada nossa ousadia de contraditá-la, nos compele a obedecer-lhe.”[36]
Contudo, os reformadores esbarraram num problema estrutural: o analfabetismo generalizado entre as massas. A leitura era um privilégio de poucos; de livros, então, restringia-se a médicos, nobres, ricos comerciantes e integrantes do clero. Mas, o tratamento dessa questão ultrapassa os objetivos dessas anotações.[37]
[1] John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1996 (reprinted), v. 22, (2Pe 1.3), p. 369. “Nós nunca conheceremos nada enquanto não formos ensinados pelo Espírito Santo, que fala mais ao coração do que ao ouvido” (C.H. Spurgeon, Firmes na Verdade, Lisboa: Peregrino, 1987, p. 72).
[2]João Calvino, As Institutas, I.7.4.
[3] John H. Gerstner, A Doutrina da Igreja sobre a Inspiração Bíblica: In: James M. Boice, ed. O Alicerce da Autoridade Bíblica, São Paulo: Vida Nova, 1982, p. 41.
[4]R.C. Sproul, A Alma em Busca de Deus, São Paulo: Eclésia, 1998, p. 62.
[5]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1984 (Resumo feito por J.P. Wiles), I.7. p. 40. (Vejam-se, João Calvino, As Institutas, I.7.4-5). Hesselink (1928-2018) diz que “a contribuição mais original e duradoura de Calvino para uma compreensão evangélica da natureza e da autoridade da Escritura foi sua doutrina do testemunho interno do Espírito Santo” (I. John Hesselink, O Movimento Carismático e a Tradição Reformada. In: Donald K. McKim, ed. Grandes Temas da Tradição Reformada, p. 339). Pannier (1869-1945), do mesmo modo, escreve: “Esta doutrina especificamente calvinista, baseada na Escritura Sagrada, é o fio condutor que permite seguir de um extremo ao outro o plano geral e os diversos capítulos do livro” (Jacques Pannier, Introduction à Institution de la Religion Chrestienne, Paris: Société Les Belles Lettres, 1936, v. 1, p. XXVI).
[6]Sproul (1939-2017) comenta: “Aqui a Palavra de Deus encarnada explica a Palavra de Deus escrita” (R.C. Sproul, A Alma em Busca de Deus, p. 71).
[7] À frente trataremos a compreensão da Calvino a respeito de profecia.
[8]J. Calvino, As Institutas, I.9.3.
[9]Juan Calvino, Respuesta al Cardeal Sadoleto, 4. ed. Países Bajos: Felire, 1990, p. 30. (Veja-se: também, a p. 29).
[10] João Calvino Exposição de 1 Coríntios, (1Co 2.11), p. 88.
[11] B.B. Warfield, Calvin and Augustine, Michigan: Baker Book House (The Work’s of Benjamin B. Warfield), 2000 (Reprinted), v. 5, p. 69-70.
[12] Ver: João Calvino, Exposição de Hebreus, (Hb 4.12), p. 110.
[13] João Calvino, As Institutas, II.2.19.
[14]Zuínglio (1484-1531) dissera textualmente: “Entendo a Escritura somente na maneira em que ela interpreta a si mesma pelo Espírito Santo. Isso não requer nenhuma opinião humana” (Apud Timothy George, Teologia dos Reformadores, p. 129. Vejam-se as p. 126-130. Calvino: “A verdade de Deus não depende da verdade do homem” (João Calvino, Romanos, 2. ed. São Paulo: Parakletos, 2001, (Rm 3.4), p. 111). Paul Tillich, História do Pensamento Cristão, São Paulo: ASTE., 1988, p. 234ss.). Vejam-se: Tomás de Aquino, Súmula Contra os Gentios, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 8I), 1973, VI, p. 69; J. Calvino, As Institutas, I.9.3; D.M. Lloyd-Jones, Vida no Espírito, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1991, p. 126ss.
[15]“Aqueles fanáticos que incorrem em erro sob o pretexto de terem a revelação do Espírito Santo” (João Calvino, Sermões em Efésios, Brasília, DF.: Monergismo, 2009, p. 146).
[16] John Calvin, Commentary on the Book of the Prophet Isaiah, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, (Calvin’s Commentaries), 1996, v. 8/4, (Is 59.21), p. 271. “É o múnus peculiar do Espírito Santo nos ensinar de tal forma que a palavra que ouvimos tenha com isso sua posição e autêntica estima, e que dela tiremos proveito” (João Calvino, Sermões em Efésios, Brasília, DF.: Monergismo, 2009, p. 146).
[17]Cf. William Hendriksen, O Evangelho de João, São Paulo: Cultura Cristã, 2004, (Jo 17.20), p. 772.
[18]J. Calvino, As Institutas, I.7.4. Ver também, As Institutas, I.9.3.
[19]João Calvino, As Pastorais, (1Tm 3.15), p. 98.
[20]João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, (1Co 3.6), p. 103. Vejam-se dois estudos de Murray sobre a posição de Calvino a respeito das Escrituras e de sua Autoridade. John Murray, Calvin’s Doctrine of Scripture e Calvin and the Authority of Scripture: In: John Murray, Calvin as Theologian and Expositor, Carlisle, Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, (Collected Writings of John Murray, v. IV), 1976, p. 158-175 e 176-190. Também: A.D.R. Polman, Calvino y la Inspiracion de la Escritura: In: Jacob T. Hoogstra, compilador, Juan Calvino, Profeta Contemporáneo, Barcelona: CLIE., 1973, p. 99-114.
[21]Essa Confissão foi escrita por Calvino (1509-1564) e seu discípulo Antoine de la Roche Chandieu (De Chandieu) (1534-1591), provavelmente com a ajuda de T. Beza (1519-1605) e Pierre Viret (1511-1571).
[22] Do mesmo modo diz a Confissão Belga (1561), Art. 5.
[23] Paulo Anglada, A Doutrina Reformada da Autoridade Suprema das Escrituras: In: Fides Reformata, São Paulo: Centro Presbiteriano
[24]Ver: J. Calvino, As Institutas, I.7.5.
[25] João Calvino, Exposição de Hebreus, (Hb 4.12), p. 108.
[26] João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 2, (Jo 14.25), p. 109.
[27]João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 3, (Sl 92.6), p. 465.
[28]João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, (1Co 3.3), p. 100. Veja-se: João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 2, (Jo 14.25), p. 109.
[29] Veja-se: John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, São Paulo: Pendão Real, 1997, p. 125; Roland H. Bainton, Martin Lutero, 3. ed. México: Ediciones CUPSA., 1989, p. 391. Podemos dizer que na Reforma houve uma revitalização da Pregação Bíblica. A Palavra de Deus passou a ser pregada com ênfase e, a pregação a ser estudada, considerando-se a sua natureza e propósito. No período da Renascença e da Reforma houve diversas contribuições neste campo (Para uma amostragem destas, Veja-se: Vernon L. Stanfield, The History of Homiletics: In: Ralph G. Turnbull, ed. Baker’s Dictionary of Practical Theology, 7. ed. Michigan: Baker Book House, 1970, p. 52-53).
Vejam-se: Segunda Confissão Helvética (1566), Capítulo I, Confissão Escocesa (1560), Capítulo XIX; Confissão Belga (1561), Artigo 5; Confissão de Westminster (1647), Capítulo I).
[30] John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, São Paulo: Pendão Real, 1997, p. 36.
[31] Frans Leonard Schalkwijk, Igreja e Estado no Brasil Holandês (1630-1654), Recife, PE: Fundarte, (Coleção Pernambucana, 2. Fase, v. 25), 1986, p. 22,23. Ver também, p. 227,228.
[32]Marc Lienhard, Martin Lutero: tempo, vida e mensagem, São Leopoldo, RS.: Editora Sinodal, 1998, p. 97.
[33]Timothy George, Lendo as Escrituras com os reformadores: como a Bíblia assumiu o papel central na Reforma religiosa do século XVI, São Paulo: Cultura Cristã, 2015, p.181.
[34] T.M. Lindsay, La Reforma en su Contexto Histórico, Barcelona: CLIE., (1985), p. 475.
[35] Timothy George, Lendo as Escrituras com os reformadores: como a Bíblia assumiu o papel central na Reforma religiosa do século XVI, São Paulo: Cultura Cristã, 2015, p. 34.
[36] João Calvino, As Institutas, I.7.4.
[37] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, Raízes da Teologia Contemporânea, 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2018.