Um blog do Ministério Fiel
A coerência do crer e viver
Capítulo 1 da série "O caminhar do povo de Deus aqui e agora: estudos em Efésios 4.1-6"
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef 4.1).
No capítulo 4 da Carta de Paulo aos Efésios, o apóstolo começa a aplicar de forma mais direta as implicações dos ensinos que vem desenvolvendo ao longo da epístola. Aliás, o capítulo primeiro dá a tônica de toda a Epístola: o propósito de Deus para com a sua Igreja.
À semelhança no que fizera no capítulo 12 de Romanos, Paulo inicia o capítulo 4 de Efésios rogando aos irmãos. É muita curiosa esta relação. Ali Paulo descreve a majestade de Deus, passando em seguida a rogar aos irmãos que se apresentem diante de Deus como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
Uma súplica pastoral apaixonada
Em Efésios, após falar sobre o poder e glória de Deus, ele roga aos efésios que vivam de modo digno da vocação à qual foram chamados. O “pois” estabelece a conexão com o que dissera antes, quer num contexto mais imediato ou, mais amplo, abrangendo tudo o que falara a respeito da grande obra de Cristo em favor da sua Igreja.[1] Ou seja, Paulo relaciona de modo direto o Ser de Deus e os seus atos gloriosos e eternos com a nossa vida.
A consideração sobre a majestade e poder de Deus tem um reflexo objetivo em nosso comportamento. Aqui ele relaciona de modo determinante a fé com a prática cristã. Aliás, esta deve ser a conexão natural e indispensável: doutrina e vida.
Isto nós chamamos de integridade, o não esfacelamento condescendente e excludente daquilo que cremos, falamos e fazemos. Ainda que não haja a ideia de orgulho meritório na fé,[2] ela é responsável pelo nosso agir e pensar. “A fé não concerne a um setor particular da vida denominado religioso, ela se aplica à existência em sua totalidade”, escreveu Barth (1886-1968).[3] Contudo, a genuína fé não pode ser autorreferente. Ela parte da Palavra e para lá se direciona.
Por buscarmos a coerência do crer e viver ‒ daí a extrema importância de uma fé inquiridora ‒[4] há compromissos sérios entre o que cremos e como agimos. Um distanciamento consciente e docemente acalentado e justificado entre o crer e o fazer, produz uma esquizofrenia intelectual, emocional e espiritual, cuja solução definitiva envolverá um destes caminhos: ou mudar a nossa crença, ou abandonar a nossa práxis. “A fé cristã não é algo que se manifeste à superfície da vida de um homem, não é meramente uma espécie de camada de verniz. Não, mas é algo que está sucedendo no âmago mesmo de sua personalidade”, enfatiza Lloyd-Jones (1899-1981).[5]
Somos o que cremos – pelo menos, esta deve ser a nossa atitude cotidiana: esforçar-nos por viver conforme aprendemos nas Escrituras. A nossa fé tem implicações decisivas e fundamentais em nossa existência a começar aqui e agora. Fé cristã é crer de tal modo que buscamos transformar a nossa vida num reflexo daquilo que acreditamos.
A vida cristã envolve necessária e essencialmente integridade. Integridade significa busca da verdade, compreensão e vida. Nenhum de nós é absolutamente íntegro, contudo é impossível ser cristão sem esta busca de todo coração.[6]
Analisemos agora o texto:
1) Ele roga aos irmãos: (1) O verbo tem o sentido de: implorar (Mt 8.5; 18.29), suplicar (Mt 18.32); exortar (Lc 3.18; At 2.40; 11.23); conciliar (Lc 15.28); consolar (Lc 16.25; 15.32; 1Ts 5.11; 2Ts 2.17); confortar (At 16.40; 2Co 1.4; 7.6); contemplar (2Co 1.4); convidar (At 8.31); pedir (At 9.38; 1Co 4.13; 16.15); pedir desculpas (At 16.39); fortalecer (At 20.2,12); solicitar (At 25.2; Fm 9,10); chamar (At 28.20); admoestar (1Co 4.16; Hb 10.25); recomendar (1Co 16.12; 2Co 8.6; 9.5; 1Tm 6.2).
O apelo de Paulo era frequentemente fundamentado numa questão teológica; não se amparava simplesmente em sua idoneidade ou autoridade, antes em Deus mesmo.
Assim ele o faz pelas misericórdias de Deus (Rm 12.1/1Ts 2.12) e pelo Senhor Jesus (Rm 15.30; 1Co 1.10; Fp 4.2). Como cooperador de Deus exorta a que os coríntios não recebam em vão a graça de Deus (2Co 6.1); roga também pela mansidão e benignidade de Cristo (2Co 10.1).
a) No contexto de efésios, Paulo se autodesigna de “prisioneiro no Senhor” (1). A ideia aqui é dupla: Ele está preso em Cristo e, também, está encarcerado por causa do testemunho do Evangelho.[7] Neste segundo caso, vemos que o próprio Paulo apresenta em sua vida o efeito da sua exortação que se segue. Ou seja: uma vida digna diante de Deus pode levar-nos ao encarceramento e ao martírio. No capítulo 3, verso 1, ele já dissera: “Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, os gentios”.
b) O Espírito nos consola, fortalece e ajuda em todas as nossas dificuldades, nos estimulando à ação. Ele age em nós como Jesus agiu com os seus discípulos e ainda age por nós (Jo 14.26; 15.26/14.16; 1Jo 2.1).[8]
Mas, além de nos consolar, Ele nos desafia à luta, ao testemunho fiel de nossa fé. Lucas registra que a igreja “edificando-se e caminhando no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número” (At 9.31).
O estímulo do Espírito é por si só desafiante e consolador. Paulo nos diz que “Tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança. Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus” (Rm 15.4-5). Lembremo-nos de que foi o Espírito quem fez registrar as Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe 20-21). Ele, como Deus que é, na inspiração das Escrituras, providenciava o nosso conforto, consolo e estímulo.
Comentando sobre a palavra empregada por Paulo, Barclay (1907-1978) extrai diversas aplicações resultantes do uso dela nas Escrituras e no grego secular:
Repetidas vezes achamos que parakalein é a palavra do sinal de reagrupamento; é a palavra usada dos discursos dos líderes e dos soldados que se animam mutuamente a avançarem. É a palavra usada a respeito de palavras que fazem com que soldados e marinheiros medrosos, temerosos e hesitantes entrem na batalha com coragem. Um paraklêtos é, portanto, um encorajador, uma pessoa que injeta coragem nos acovardados, que anima o braço fraco para a luta, que leva um homem muito comum a lidar heroicamente com uma situação perigosa e arriscada. (…) A palavra parakalein é a palavra para exortar os homens a ações nobres e pensamentos sublimes; é especialmente a palavra da coragem antes da batalha. A vida sempre está nos chamando para entrarmos na batalha, e Aquele que nos capacita para resistirmos as forças da oposição, para lidarmos com a vida e conquistá-la, é o paracletos, o Espírito Santo, que não é outra coisa senão a presença e o poder do Cristo ressurreto.[9]
c) O escritor de Hebreus orienta os irmãos a exortarem-se mutuamente, para que todos perseverem firmes em sua fé:
Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. (Hb 3.13).
Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima (Hb 10.25).
Notemos que todos nós, irmanados na mesma fé e propósito, devemos estar comprometidos com o consolo, conforto, admoestação e estímulo aos nossos irmãos. Como família de Deus (Ef 2.19) estamos todos juntos e dependemos uns dos outros para permanecermos firmes, não desanimando. A fraternidade cristã revela-se nesta atitude cooperante. Hoje exercitamos com o nosso irmão o conforto; amanhã somos alvo dessa palavra grandiosa e necessária em nossa caminhada.
Judas escreveu com este propósito: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3).
2) “Andeis de modo digno” (1) O verbo está no aoristo ativo, indicando uma atitude que deve ser constante, contínua, envolvendo a ideia de movimento e progresso. Além do sentido literal de “andar”, “caminhar”, tem, como neste caso, o sentido de proceder, viver. Estudando como a palavra foi empregada de forma figurada no Novo Testamento, aprendemos como deve ser o nosso proceder:
A) Positivamente:
a) “Em novidade de vida” (Rm 6.4)
b) Às claras; na luz (Rm 13.13; 1Jo 1.7)
c) Em amor fraternal (Rm 14.15; Ef 5.2; 2Jo 6)
d) Por fé (2Co 5.7)
e) No Espírito (Gl 5.16)
f) Segundo as obras de Deus (Ef 2.10)
g) Conforme os mandamentos de Deus: a verdade (2Jo 4; 3Jo 3-4)
h) Como filhos da luz (Ef 5.8)
i) Com sabedoria (Cl 4.5)
j) Segundo o modelo e ensino apostólico (Fp 3.17-18; 2Ts 3.6)
k) Dignamente (Ef 4.1; Cl 1.10; 1Ts 2.12; 4.12)
l) Conforme Cristo (Cl 2.6; 1Jo 2.6)
m) Visando agradar a Deus (1Ts 4.1)
B) Negativamente:
Desse o modo o nosso caminhar não deve ser:
a) Segundo a carne (Rm 8.4/Cl 3.5-7)
b) Segundo o homem (1Co 3.3)
c) Segundo o mundo (2Co 10.2-3; Ef 2.2)
d) Vaidade de seus pensamentos (Ef 4.17)
e) Desordenadamente (2Ts 3.6,11)
f) Trevas: odiando seu irmão (1Jo 1.6; 2.11)
3) “… Modo digno”[10]: Este advérbio tem o sentido primário de “contrabalança”, aquilo que é de “igual valor”, “equivalente”.[11] A ideia da palavra é a de estabelecer uma relação de compatibilidade e equilíbrio. “Axios é um termo relativo, que compara duas entidades (pessoas ou objetos) por meio de medir a menor em contraste com a maior. Se a menor chega até ao padrão da maior, é digna; senão, é indigna”, interpreta Tiedtke.[12]
Nesse sentido, quando o filho pródigo regressa para casa arrependido e diz: “Já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc 15.21) (Do mesmo modo o verso 19), admite que o seu comportamento não foi compatível com a integridade do seu pai.
De forma semelhante, quando Jesus Cristo afirma que “…. digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.7),[13] Ele afirma que o salário é proporcional ao serviço feito e que todo trabalho deve ter uma remuneração justa. Quando Paulo instrui que “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação” (1Tm 1.15/1Tm 4.9), declara que a Escritura deve ser crida, porque ela é fidedigna.
Considerando quem é Deus, Aquele que nos chama para o Seu reino e glória, Paulo exorta os tessalonicenses a viverem “por modo digno de Deus” (1Ts 2.12). Portanto, quando Paulo roga aos efésios a viverem de modo digno da vocação, está dizendo que o seu comportamento deve ser condizente com o chamado de Deus. Esta palavra está associada à dignidade não de qualquer coisa, mas a de Deus, do Evangelho e da nossa vocação. As nossas relações devem ser do mesmo modo, dignas (“como convém” – (Rm 16.2).
4) “Da vocação a que fostes chamados” (1). Notemos que os “vocacionados”, “chamados” por Deus, pertencem à Igreja descrita em Ef 3.21.
Observemos que a nossa vocação não tem nada em si mesma que possa motivar o nosso orgulho já que o próprio Senhor diz: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2.17).
Somos chamados na “graça de Cristo” (Gl 1.6). No entanto, a vocação realizada por Deus no tempo, é a concretização de nossa predestinação eterna:
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou esses também chamou e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. (Rm 8.29-30) (Ver: Gl 1.15).
Deus nos atrai para si, visto que Ele “…. nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2Pe 1.3); à comunhão de seu Filho e à “koinonia” da Igreja (1Co 1.26; Ef 4.1; Cl 3.15): “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Co 1.9).
Na vocação de Deus, vemos a concretização do seu propósito sábio, amoroso e eterno: “Nele [Jesus Cristo], digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11).
Ele é fiel: “Fiel é o que vos chama” (1Ts 5.24). O Deus santo, nos chama à sua santidade por meio de uma santa vocação:
Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. (1Pe 1.15-16/Rm 1.7; 1Co 1.2; Ef 1.4).
[Deus] nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos. (2Tm 1.9).
“O alvo de Deus na eleição, portanto, é fazer-nos uma inumerável companhia de irmãos e irmãs que sejam iguais ao Filho e, assim, iguais ao Pai”, conclui Hoekema (1913-1988).[14]
Por fim, o chamado de Deus é para a glória eterna do Seu reino:
Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. (2Ts 2.13-14).
O Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. (1Pe 5.10). (Ver: 1Ts 2.12).
Deus nos chama para a sua glória. Não há nada maior do que isso, nem aqui, nem na eternidade. A nossa salvação não é o fim último; ela é o meio: somos destinados desde a eternidade à glória de Deus. Calvino resume: “Concordo que a glória de Deus deve estar, para nós, acima de nossa salvação”.[15] Em nosso chamado salvador, vemos a glória da graça de Deus. “Somente pela graça”, é outra forma de dizer: toda glória pertence a Deus![16]
Henry (1662-1714), comentando o Salmo 17, escreveu:
A felicidade no mundo vindouro está preparada somente para os que são justificados e santificados. (…) Não existe satisfação para uma alma, a não ser em Deus e em sua boa vontade para conosco; porém, esta satisfação não será perfeita até que cheguemos ao céu”.[17]
Considerando que foi Deus mesmo quem nos chamou (vocacionou) (Fp 3.14; 2Tm 1.9; Hb 3.1; 2Pe 1.10), devemos interceder junto ao Senhor para que Ele torne nossos irmãos dignos dessa vocação. Este foi o procedimento de Paulo: “Rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé” (2Ts 1.11).
A questão então é: como viver de modo digno dessa vocação?
A resposta é simples: Sendo autênticos filhos de Deus. Paulo não deseja nada mais do que nos comportemos de acordo com a nossa nova realidade de vida; fomos adotados por Deus (Ef 1.5) e devemos viver como tais. Em outros textos, vemos alguns aspectos do viver compatível com a nossa vocação: Conforme o propósito da vocação de Deus, que envolve a santidade (Rm 1.7; 1Co 1.2; 1Pe 1.15[18]), obedecendo a Deus (Hb 11.8[19]), seguindo o exemplo de Cristo (1Pe 2.21[20]) procurando confirmar a nossa vocação e eleição (2Pe 1.10).
Na sequência do texto, Paulo detalha como deve ser o nosso viver, como povo escolhido de Deus.
Começaremos a desenvolver esse aspecto no próximo post.
[1] Ver: S.D.F. Salmond, The Epistle of Paul to the Ephesians: In: W. Robertson Nicoll, ed. The Expositor’s Greek Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1983 (Reprinted), v. 3, p. 319; D. Martyn Lloyd-Jones, A Unidade Cristã, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1994, p. 11-20.
[2] “Não existe orgulho na fé. Fé é simplesmente a crença de que nada podemos fazer para nos salvar, mas que confiamos plenamente na graça de Deus” (Peter Jones, Verdades do evangelho x Mentiras pagãs, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 34).
[3]Karl Barth, Esboço de uma Dogmática, São Paulo: Fonte Editorial, 2006, p. 24.
[4]“A fé cristã não é uma fé apática, uma fé de cérebros mortos, mas uma fé viva, inquiridora. Como Anselmo afirmou, a nossa fé é uma fé que busca entendimento” (William L. Craig, Apologética Cristã para Questões difíceis da vida, São Paulo: Vida Nova, 2010, p. 29. De igual modo: Garrett J. DeWeese; J.P. Moreland, Filosofia Concisa, São Paulo: Vida Nova, 2011, p. 158).
[5] David M. Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: Editora Fiel, 1984, p. 89.
[6] “Para se viver com significado, é necessário descobrir a verdade, descobrir a realidade; uma vez descoberta, temos de viver em fidelidade para com a verdade. A integridade e a busca da verdade andam de mãos dadas” (Charles Colson; Harold Fickett, Uma boa vida, São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 174).
[7] “É tanto um prisioneiro de Cristo como um prisioneiro por amor a Cristo, não somente vinculado a ele pelas correntes do amor como também detido por causa da sua lealdade ao evangelho” (John R.W. Stott, A Mensagem de Efésios, São Paulo: ABU, 1986, p. 103). “A prisão do apóstolo deve ser mais reverenciada do que todo o fausto e triunfos dos reis” (João Calvino, Efésios, São Paulo: Paracletos, 1998, (Ef 4.1), p. 108).
[8]A palavra grega traduzida no Evangelho de João por “Consolador”, (Jo 14.16,26; 15.26) – que é usada unicamente por João no NT. –, é a mesma que é traduzida na Epístola de João, por “Advogado” (1Jo 2.1) (ARA, ARC, ACR, BJ). Para um estudo detalhado desta palavra, vejam-se: W. Barclay, Palavras Chaves do Novo Testamento, p. 153-158; Johannes Behm, Parakletos: In: G. Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1981 (Reprinted), v. 5, p. 800-814.
[9] William Barclay, Palavras chaves do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1988 (reimpressão), p. 157,158.
[10] *Rm 16.2; Ef 4.1; Fp 1.27; Cl 1.10; 1Ts 2.12; 3Jo 6.
[11] W. Foerster, Axios: In: G. Friedrich: G. Kittel, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1983, v. 1, p. 379.
[12] E. Tiedtke, Retidão: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1981-1983, v. 4, p. 212. Ver também: D. Martyn Lloyd-Jones, A Unidade Cristã, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1994, p. 23.
[13]Do mesmo modo, 1Tm 5.18,
[14] Anthony A. Hoekema, Salvos pela Graça, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 204. O “bem” dos filhos de Deus é tornar-se cada vez mais identificado com o seu Senhor (Rm 8.29-30). Neste propósito, até mesmo as aflições “cooperam para o bem”: “Os sofrimentos desta vida longe estão de obstruir nossa salvação; antes, ao contrário, são seus assistentes. (…) Embora os eleitos e os réprobos se vejam expostos, sem distinção, aos mesmos males, todavia existe uma enorme diferença entre eles, pois Deus instrui os crentes pela instrumentalidade das aflições e consolida sua salvação. (…) As aflições, portanto, não devem ser um motivo para nos sentirmos entristecidos, amargurados ou sobrecarregados, a menos que também reprovemos a eleição do Senhor, pela qual fomos predestinados para a vida, e vivamos relutantes em levar em nosso ser a imagem do Filho de Deus, por meio da qual somos preparados para a glória celestial” (J. Calvino, Exposição de Romanos, (Rm 8.28,29), p. 293,295). (grifos meus)
[15]J. Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (Tt 1.2), p. 301.
[16] Vejam-se: James M. Boice, Fundamentos da Fé Cristã: Um manual de teologia ao alcance de todos, Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2011, p. 449; D.M. Lloyd-Jones, O Supremo Propósito de Deus, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1996, p. 125, 127.
[17]Matthew Henry, Comentário Bíblico de Matthew Henry, 5. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, (Sl 17), p. 409.
[18]kaleo.
[19]kaleo.
[20]kaleo.