Clamando por ajuda (Juízes 6.3, 6)

 

Cada vez que Israel semeava, os midianitas e os amalequitas, como também os povos do Oriente, subiam contra ele. […] Assim, Israel ficou muito debilitado com a presença dos midianitas; então, os filhos de Israel clamavam ao Senhor. (Juízes 6.3, 6)

 

Quando somos impotentes, estamos em melhor posição para aprender a fé verdadeira.

No início de Juízes 6, o povo de Israel mais uma vez fez “o que era mau perante o Senhor” (v. 1). Eles haviam se prendido em um ciclo recorrente de rebeldia e arrependimento, tardios em aprender e prontos para esquecer que as suas circunstâncias difíceis estavam frequentemente relacionadas à sua desobediência. Por fim, os israelitas lutaram para entender que Deus lhes permitiria chegar a um lugar onde a sua única resposta poderia ser clamar por ajuda a fim de que ele os trouxesse à comunhão consigo, para a sua glória e para o bem deles. Ele também faz isso por nós hoje, operando seus propósitos nas vidas daqueles que sabem que são impotentes. São aqueles que sabem que são “humildes de espírito”, não aqueles que pensam ser suficientes em si mesmos, aos quais Jesus promete o reino (Mt 5.3).

Alguns de nós cremos erroneamente que, se apenas seguirmos a Jesus, tudo sempre se resolverá. Bem no fundo, pensamos que Deus sempre e imediatamente intervirá para remover a dificuldade. Quando Deus não responde às nossas orações como ou quando queremos, nos perguntamos se ainda podemos confiar que ele sabe mais do que nós. Talvez você esteja nessa posição hoje.

Repetidamente ao longo da Escritura, Deus promete vir ao socorro quando pedimos: “De dia o sol não o ferirá; nem a lua, de noite. O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre” (Sl 121.6-8). Essas são garantias da Palavra de Deus. Contudo, a maneira como ele realiza tais promessas muitas vezes é ao longo de solo rochoso, por meio de vales sombrios e em salas de espera desconfortáveis.

Quando Deus intercede pelo seu povo em Juízes, ele os leva de volta à sua Palavra, condenando-os. O profeta, dizendo as palavras do próprio Deus, lembra os israelitas do que eles precisavam saber: “Eu é que vos fiz subir do Egito e vos tirei da casa da servidão […] e disse: Eu sou o Senhor, vosso Deus […] contudo, não destes ouvidos à minha voz” (Jz 6.8, 10). Mas então, em uma pequena virada na história, bem quando esperamos o juízo de Deus, em vez disso lemos que “o Anjo do Senhor lhe apareceu” com estas palavras de misericórdia: “O Senhor é contigo” (v. 12).

Onde estaríamos se Deus tivesse nos entregado ao juízo que merecemos ao invés de demonstrar sua misericórdia dia após dia? Ele não deu ao povo de Israel o que eles mereciam, tampouco nos deu o que eu e você merecemos. A misericórdia e graça de Deus não tem fim. No entanto, em sua bondade, muitas vezes ele usa coisas difíceis em nossa vida para nos ensinar que ele é tudo de que precisamos. A remoção de algo bom nos causa dor, mas também nos leva a clamarmos a Deus e encontrarmos nele nossa força, paz e esperança. Clame a ele por auxílio, seja preenchido pela esperança de que o Deus que o ouve verdadeiramente sabe o que é melhor. O Senhor é com você!

 

 

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