O leão conquistador (Apocalipse 5.4-6)

 

E eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele. Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. (Apocalipse 5.4-6)

 

Quando crianças, muitos de nós ouvimos nossos pais dizerem: “Você se lembrou de…?” Um exemplo que me lembro de ouvir muitas vezes quando voltei da casa de alguém foi: “Você se lembrou de dizer ‘obrigado’?” Eu não precisava de uma nova revelação; eu simplesmente precisava me lembrar.

Enquanto observava a visão que Jesus deu a ele da realidade celestial, o apóstolo João foi levado às lágrimas quando confrontado pelo medo de não haver ninguém que pudesse olhar para os segredos do mundo e explicar os problemas de sua experiência do primeiro século. Mas João não precisava de novas informações. Ele precisava ser lembrado do que já sabia. Ele errou por ter esquecido o básico.

João foi instruído a não chorar, mas a olhar para aquele que poderia abrir o pergaminho. Quando ele se virou, viu “de pé, um Cordeiro como tendo sido morto”. As feridas do Cordeiro eram um lembrete da morte de Cristo, pela qual ele alcançou a salvação. Mas esse Cordeiro estava de pé, representando o triunfo de sua ressurreição. Aqui, nessa visão, vemos Jesus, o todo-misericordioso e todo-poderoso. Ele é o Cordeiro e é o Leão. Ele merece e exige a adoração e a obediência de todo o mundo, e ele as terá.

Jesus foi a solução para as lágrimas de João, assim como ele é para nossas próprias lágrimas de medo quando sentimos o mundo nos pressionando — quando nos sentimos desgastados, pequenos, fracos e marginalizados e quando somos tentados a acreditar que este mundo, em vez de estar sob controle, é governado apenas pelo caos.

Nenhum de nós sabe o que um dia trará ou o que acontecerá durante a noite. Esses segredos pertencem a Deus somente. Mas que grande graça experimentamos quando Deus nos dá um tapinha no ombro e nos leva à nossa Bíblia, dizendo: Você está esquecendo que o Leão da tribo de Judá realmente triunfou, que ele está no comando, que ele supervisiona o futuro, que ele é Rei? “Não temas”, Jesus já havia dito a João: “Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.17-18).

Então, quando você se sentir desencorajado, derrotado ou perturbado pelo presente ou pelo futuro, o chamado é simplesmente este: lembre-se do que você já sabe. Olhe para o Leão de Judá, que é para nós o Cordeiro morto. Ele é digno e capaz de abrir os pergaminhos e direcionar a história deste mundo ao seu fim: ao seu retorno e à nossa entrada na glória.

 

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