Salvos por um sacrifício (Êxodo 12.13)

 

O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. (Êxodo 12.13)

 

O que acontece na Ceia? Por que os cristãos comem o pão e bebem do cálice?

À medida que buscamos responder a essas perguntas, muitos de nós não pensam em voltar até Moisés. Se nos colocarmos bem perto de sua história, tudo que teremos é uma visão truncada de juncos, sarça ardente e pragas. Porém, se nos afastarmos o suficiente, veremos e seremos capazes de compartilhar a glória de uma perspectiva maior do propósito de Deus.

Deus, para pôr o êxodo de seu povo Israel em movimento, passando pela terra em juízo, enviou a última de dez pragas sobre o Egito, e todo primogênito egípcio foi morto. Os primogênitos israelitas também teriam morrido, pois não eram inocentes de pecado, e o pecado leva à morte (Rm 6.23). Mas Deus proveu um caminho para escaparem através da Páscoa. Quando o Senhor via o sangue do cordeiro sacrificado na verga da porta, pintado usando um molho de hissopo (Êx 12.22), ele passava sobre aquela casa sem matar o primogênito.

No Antigo Testamento, esse “passar sobre” foi um grande ato da salvação de Deus. Nele e através dele, Deus ensinou a seu povo um princípio vital: Deus salva por substituição. Ele salvou esse povo porque os animais foram sacrificados em seu lugar. Como Moisés registra, naquela noite no Egito “não havia casa em que não houvesse morto” (Êx 12.30). Um filho havia morrido, ou um cordeiro havia morrido. O povo de Deus merecia a morte pelos seus pecados, mas, porque eles confiaram no sacrifício de outro, como Deus havia ordenado e o qual Deus havia provido, eles foram livrados. Todos os anos, ao longo da história veterotestamentária, o povo de Deus recordou esse evento e se lembrou da grande verdade: Deus salva por substituição.

Todos aqueles anos e todas aquelas festas sublinham a importância do momento em que, como João Batista viu Jesus vindo, ele disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29). Aqui estava alguém que era a provisão de Deus para salvar seu povo do pecado e libertá-lo, assim como o cordeiro pascal.

O êxodo de Israel é um prenúncio do grande êxodo da humanidade: quando homens ou mulheres, merecedores do juízo de Deus, confiam no sangue que foi derramado por eles na cruz, eles encontram liberdade do pecado. Cada algema é quebrada, assim como as correntes dos israelitas caíram quando eles foram libertos da escravidão.

Da próxima vez que você estiver pensando sobre a Ceia, considere a história de Moisés, a sarça ardente e as pragas. Então conecte os pontos e lembre-se de que a razão para tomarmos a Ceia é porque Jesus é o nosso sacrifício. Ele é o Cordeiro de Deus. Ele é o nosso substituto. Você não tem mais juízo para temer, pois ele ficou para trás, pago e resolvido na cruz. Você está no caminho para a terra prometida.

 

 

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