Tim Smith – Composição, Licenciamento Musical, e o Evangelho



“Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2)

Como compositores, nós muito frequentemente nos conformamos passivamente com os padrões do mundo. Nós vemos o modelo primário de composição, o qual reserva todos os direitos e explora trabalhos criativos de todas as formas possíveis de ganho financeiro. Há um lugar para ganho financeiro na música, mesmo em canções escritas para adoração conjunta, mas meu argumento é que este não é o propósito primário de canções de adoração. Se isso é verdade, então devemos parar e olhar nossas opções ao invés de padronizar automaticamente como “todos os direitos reservados.”

Ministério versus Uso Comercial

Eu argumento que, como compositores e criadores de conteúdo, nós precisamos diferenciar entre propósitos “ministeriais” e “comerciais” com nosso conteúdo. Quando escrevemos músicas para adoração conjunta, nosso propósito primário deveria ser glorificar a Deus e edificar sua igreja. Propósitos “ministeriais” deveriam incluir adoração conjunta através da música e liberdade de usar canções de formas que edifiquem a igreja gratuitamente. Isso inclui direitos de apresentação em cultos de adoração e eventos de igreja, liberdade para exibir as letras nestes eventos e a capacidade para criar gravações gratuitas, de uso “não comercial”.

Eu argumento que os propósitos “comerciais” incluam gravação de música em qualquer produto como CDs, DVDs, rádio, filme, e assim por diante, quando por uso não comercial. Argumento que estes produtos tenham preço de custo, e os direitos para criar estes produtos estejam a critério do criador do conteúdo. Resumindo, uso em ministérios deveria ser livre, e uso comercial deveria ser a preço de custo.

É assim que funciona em nossa igreja, e tem sido assim desde o início dela. Sermões, gravações ao vivo de nossas músicas, e qualquer outro conteúdo que saia da vida regular da igreja é livremente disponibilizado sem custo para download em nosso website. No entanto, livros, gravações musicais em estúdio, e outros recursos embalados são disponibilizados a preço de custo através de livrarias e vários revendedores de internet.

Usando a Licença Creative Commons

Não estou desafiando você a adotar exatamente o jeito que nós fazemos em nossa igreja, mas eu desafio sim você a considerar sob muita oração o destino e propósito de suas canções e criar decisões legais de licenciamento, distribuição e marketing baseadas na missão mais ampla de sua igreja, e não da outra forma como vê à sua volta. É por isso que eu gosto da licença Creative Commons. Se o direito de cópia padrão é “todos os direitos reservados” e o domínio público é “nenhum direito reservado,” então a licença Creative Commons é “alguns direitos reservados.” Eles oferecem diversas opções permitindo que você publicamente garanta tanto uso do seu conteúdo quanto você quiser, como um sólido histórico de litígio e execução para apoiar isso.

Você realmente quer lançar sua música de uma forma que não dá à igreja nenhuma maneira de gravar um demo para sua banda ou mesmo uma gravação grosseira para ajudar a congregação a aprender a canção? Você realmente precisa que alguém pague a você toda vez que exibem a letra da sua canção ou a toque em qualquer lugar além de um culto de adoração oficial?

Não seja passivamente conformado com o padrão do mundo. Nós usamos instrumentos musicais, estilos e sons que têm muito em comum com o mundo à nossa volta, mas usamos estas coisas com um propósito muito diferente. Aguarde um pouco, conheça suas opções, e se certifique de que seus meios de licenciamento e distribuição refletem o mesmo propósito de nossa música: a glória de Deus enquanto edificamos sua igreja.

Por: Tim Smith. Website: theresurgence.com
Tradução:
Voltemos ao Evangelho.
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