Chris Wright – Alegria (9 por dia – tornando-se como Jesus) [3/10]

Você já parou para pensar sobre as 9 características expressas em Gálatas 5, chamadas de fruto do Espírito? “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” (Gl 5:22, 23)

Nesta série de vídeos chamada “9 por dia” [9-a-day], Chris Wright, diretor internacional da Langham Partnership, nos convida a meditarmos em cada uma dessas características, afim de nos tornarmos mais como Cristo. Neste vídeo, ele medita sobre a alegria e como ela é relacional, celebrativa e criacional.

Então tiveram alegria quando entenderam a Bíblia e quando obedeceram a Bíblia. E é por isso que colocamos tanta ênfase quando pensamos no fruto do Espírito e tornarmo-nos como Jesus, que precisamos voltar às Escrituras e aprofundar nossas raízes no solo da Palavra de Deus, em entendê-la e obedecê-la, porque é daí que vem a alegria.

Este vídeo foi legendando em parceria com o blog O Tempora! O Mores!. Visite.

Veja a série completa:

  • Introdução
  • Amor
  • Alegria
  • Paz
  • Longanimidade
  • Benignidade
  • Bondade
  • Fidelidade
  • Mansidão
  • Domínio próprio
Se o vídeo não estiver na lista de postagem é porque ele ainda não foi postado. O vídeo será postado em tempo oportuno.

Transcrição

9 por dia: Paciência, paz, alegria, amor, domínio próprio, temperança, fidelidade, bondade, benignidade.

ALEGRIA

Os itens seguintes da lista de Paulo do fruto do Espírito são “alegria” e “paz”. De fato, são como gêmeos. São frequentemente encontrados juntos. Por exemplo, em Romanos 15:13, Paulo diz: “O Deus da esperança vos encha de todo a alegria e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.”

De fato, Paulo usa a palavra “alegria” 21 vezes e a palavra “paz” 43 em suas cartas. Então enquanto pensava sobre a alegria, eu me perguntei a mim mesmo: “O que no dia-a-dia me dá alegria? O que faz seu rosto radiar, seus olhos brilharem e lhe dá prazer?” E três coisas imediatamente me vieram à mente.

Primeiramente, a alegria que vem da família e de estar com amigos, pessoas que você ama e gosta de estar junto. Ou quando seus netos vêm lhe visitar. Alegria vem de relacionamentos, ou como pode-se dizer: Alegria é relacional.

Em segundo lugar, há alegria quando eu recebo notícias realmente boas. Há um bom tempo atrás, boas notas na escola, ou talvez a boa notícia que vem em tempos de ansiedade, quando está preocupado com algum ente querido no hospital para uma cirurgia, e então você ouve que foi bem sucedida. Ou a boa notícia de que sua filha está grávida, ou mais tarde quando ela tem um bebê saudável. Então alegria é celebrativa. Quando você recebe boas notícias, você celebra.

E então, terceiro, há simplesmente a alegria da criação. Eu amo sair e estar vivo no mundo de Deus. Sinto alegria em ser capaz de correr, me divertir e exercitar, caminhar, nadar, e tudo isso é cheio de gratidão a Deus. É o mundo de Deus, a criação, e eu o amo e tenho prazer nele. Durante as Olimpíadas de 2012 em Londres, minha esposa Liz e eu passamos o dia assistindo o remo, que foi meu antigo esporte na faculdade. E simplesmente sentimos alegria em estar lá assistindo aqueles atletas enfrentando os desafios do mundo físico.

Então alegria é relacional, celebrativa e criacional. E eu pensei: “Bom, essas coisas também são verdadeiras quando pensamos na alegria como o fruto do Espírito, a alegria da vida e do coração em um cristão.”

Portanto, em primeiro lugar, a alegria é relacional. Por que o apóstolo Paulo diz aos cristãos de Roma, que eram a maior parte gentios, não crentes judeus, para se alegrarem, como no capítulo 15, versículo 10: “Alegrai-vos, ó gentios, com o seu povo”? É porque eles agora foram incluídos em uma família totalmente nova, em um conjunto totalmente novo de relacionamentos. Eram excluídos do povo de Deus, e agora foram trazidos para ser parte da família de Deus, como Paulo diz.

Segundo, a alegria é celebrativa. O evangelho é boas novas. De fato, as melhores boas novas que o mundo já ouviu. Portanto, não pode haver alegria maior do que vir a conhecer e crer no evangelho, e conhecer o Senhor Jesus Cristo e todas as bênçãos que ele traz. É incrível que algumas das vezes nas quais Paulo falou com mais entusiasmo sobre alegria ou disse aos cristãos que se alegrassem, foi quando ele mesmo estava em uma prisão romana e sofrendo todo tipo de dificuldades. E ainda assim, Paulo conhecia o Senhor Jesus Cristo, conhecia a verdade do evangelho e foi isso que lhe trouxe alegria, e o capacitou a compartilhar alegria com outros. O evangelho promete grandes realidades. Promete perdão de pecados, vida eterna, e um futuro de esperança no Reino de Deus. E estas são coisas que nunca podem ser tomadas, pois estão arraigadas em quem Deus é e o que Deus fez.

Temos de ser cuidadosos para distinguir um cristão que está sofrendo as dores comuns da vida e lutando para se alegrar por causa delas, e por outro lado, um cristão que está sofrendo de uma real doença de depressão clínica. Onde há causas físicas e psicológicas que precisam de cuidado profissional médico, assim como qualquer outra doença. Então dizer a um cristão que está, na verdade, sofrendo de depressão clínica para sair dessa e se alegrar no Senhor, pode simplesmente aumentar seu sofrimento, pode ser muito cruel, pois isso é exatamente o que eles anseiam fazer, mas não podem! E perda da alegria da vida é um dos terríveis sintomas da depressão como doença. E ainda assim é testemunho de alguns cristãos que conheci que sofrem de depressão que há uma garantia fundamental das verdades do evangelho, do amor e da graça de Deus, que são dignos de confiança, e estas são coisas que dão alegria objetiva, mesmo quando há muito pouca felicidade subjetiva.

Terceiro, alegria é criacional. Sim, nós podemos e devemos nos alegrarmos na criação de Deus. Os israelitas no Antigo Testamentos eram, na verdade, ordenados a fazer isso. Três vezes por ano eles tinham um feriado que durava uma semana na festa das colheitas e Deus disse que eles deveriam se alegrar, por causa da bondade e da provisão de Deus na criação. Mas a Bíblia não fala apenas de seres humanos se alegrando na criação, mas a própria criação se alegrando e louvando a Deus. Eu não entendo como isso acontece, ou como Deus recebe a alegria e o louvor da criação, mas a Bíblia certamente diz que ele o faz.

Um último pensamento antes de terminarmos. Há uma grande ocasião no Antigo Testamento quando Esdras leu o Livro da Lei de Moisés, ou seja, de Gênesis a Deuteronômio, para todo o povo de Israel por toda uma semana, enquanto os líderes do povo explicavam a eles. Está lá. A história pode ser lida em Neemias 8. E este capítulo nos diz que, em duas ocasiões, o povo teve grande alegria. Primeiro nos diz no versículo 12 que eles se alegraram por terem entendido a palavra que estava sendo lida e explicada a eles. E então no versículo 18, nos diz que se alegraram com grande alegria, de fato, que eles celebraram como nunca em mil anos. Por quê? Porque eles tinham lido na palavra de Deus algo que eles saíram e praticaram. Portanto, estavam obedecendo-a. Então tiveram alegria quando entenderam a Bíblia e quando obedeceram a Bíblia. E é por isso que colocamos tanta ênfase quando pensamos no fruto do Espírito e tornarmo-nos como Jesus, que precisamos voltar às Escrituras e aprofundar nossas raízes no solo da Palavra de Deus, em entendê-la e obedecê-la, porque é daí que vem a alegria.

Por: Chris Wright. © Copyright The Langham Partnership. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. Website: http://www.9aday.org.uk/

Tradução: Voltemos Ao Evangelho (em parceria com O Tempora! O Mores!). Original: Chris Wright – alegria (9 por dia – tornando-se como Jesus) [3/10]

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