Um blog do Ministério Fiel
Graça Materna (Parte 1)
Este texto é parte do livro Feminilidade Radical, Carolyn Macculey
Amo colecionar histórias da fidelidade do Senhor. Penso que todas nós precisamos ouvir vários relatos de como Deus respondeu às orações, mas tenho uma queda em meu coração por mulheres que estão fazendo o investimento de longo prazo em outro ser humano. Cobrimos muito material sério no capítulo da guerra das mães. Para oferecer uma perspectiva encorajadora, aqui estão as histórias de várias mulheres que tiveram encontros profundos com Deus na concepção, na gestação, na criação e na adoção de crianças. Essa é a coleção mais longa de histórias pessoais neste livro, porque espero que cada uma de vocês encontre algum elemento de esperança ou ajuda no meio desses relatos. Conheço todas essas mulheres e seus filhos — eles são troféus da graça de Deus.
Grávida Novamente
Elke está esperando seu segundo filho. Enquanto conta sobre seu passado, ela conscientemente toca sua barriga, acariciando o bebê de trinta e duas semanas dentro dela.
“Vou ter um menino”, ela diz com um sorriso brilhante. “Ele está chutando bastante hoje.”
Ela faz uma pausa, e seu sorriso começa a desaparecer. “Eu não me senti assim com minha primeira gravidez.”
Elke cresceu na Bélgica e veio para os Estados Unidos quase dez anos atrás. Ela veio para um emprego de curta duração, esperando ficar menos de um ano. Mas em poucos meses, ela tinha um novo namorado… E nenhum desejo de ir embora. Quando ele foi morar com ela, ela começou a vomitar. Para a surpresa deles, Elke estava grávida — e passando por dificuldades nesse início. Apesar do vômito constante, ela estava animada com a gravidez e desejosa de manter a criança. Mas suas grandes esperanças para o futuro não duraram muito. Enjoada e exausta, ela não respondeu bem quando seu namorado perdeu mais um emprego. Então ela o expulsou de sua casa.
Talvez tenha sido aquele “brilho de grávida” que levou Elke a rapidamente começar a namorar de novo. Seu novo namorado era um policial em processo de divórcio. Ele já tinha um filho e havia deixado claro que não queria mais crianças no futuro próximo. Inicialmente, Elke não contou sobre sua gravidez, temendo perdê-lo. Mas, finalmente, o curso da natureza a forçou a relevar.
“Levou um tempo para eu dizer ao meu segundo namorado que estava grávida”, ela relembra. “Então quando eu contei, ele ficou chocado. Eu não queria perdê-lo por causa desse bebê, então eu disse a ele que estava me perguntando se deveria mantê-lo. Ele me encorajou a abortar — dizendo coisas como ‘Bem, você é nova e precisa de sua liberdade’.”
Estava óbvio para Elke que seu namorado não aceitaria sua criança. Além disso, o pai do bebê era negro, e seu novo namorado era branco. “Eu pensava, não tem como ele ser feliz com esse bebê porque será óbvio que o bebê não é dele”, Elke conta. “Minha mente estava definitivamente focada em ser o mais feliz possível. Enxerguei minha estrada para a felicidade e isso estava no meio do caminho. Era preciso mudar para que eu continuasse feliz. Mesmo entregando o bebê para a adoção— isso nunca foi uma opção. Isso envolveria muito constrangimento pessoal e muitas perguntas. Era trabalhoso demais para mim. O aborto era o conserto rápido e fácil”. Então Elke buscou o conselho de uma mulher no trabalho, a qual falava abertamente de seus três abortos.
A primeira coisa que Elke ficou sabendo foi que ela já tinha passado do tempo para um aborto no seu estado. Ela teria que ir para uma cidade no estado vizinho para abortar, porque ela estava no segundo trimestre. Por causa do estágio avançado, o aborto também seria mais caro — cerca de 3 mil dólares. Então ela ligou para sua mãe para pedir o dinheiro emprestado, mentindo sobre haver algo de errado com o bebê e que então precisaria abortar.