Um blog do Ministério Fiel
Como servir “os solteiros”: Ministrando a adultos solteiros em sua igreja (Parte 2/3)
O casamento não é o prêmio final.
Embora eu acredite que todas as igrejas devam honrar o casamento e a família, também creio que devemos ter cuidado com as mensagens não intencionais potencialmente transmitidas sobre casamento e família. Ambos são dádivas somente para essa vida. A única relação que sobrevive eternamente é aquela que temos como noiva de Cristo em relação ao nosso amado Salvador. As relações que todos nós temos como irmãos e irmãs em Cristo são aquelas que não terminarão — e estas precisam ser cultivadas tanto quanto a vida familiar. Além disso, os adultos solteiros precisam ser lembrados de que Deus não reteve o seu melhor deles se continuarem sem casar.
Os solteiros são na verdade homens e mulheres solteiros.
É importante que homens e mulheres solteiros sejam discipulados como homens e mulheres, e não um grupo genérico de solteirice. Do meu ponto de vista, a ênfase da Escritura está em se tornar um homem ou uma mulher à imagem de Deus, com ênfase secundária em como isso ocorre nos vários papéis e momentos da vida. Homens e mulheres solteiros não são menos masculinos ou femininos por serem solteiros.
Homens solteiros necessitam de responsabilidades de liderança.
Coloque 1 Coríntios 7 em prática em suas igrejas, mostrando que a igreja realmente precisa de adultos solteiros que sejam dedicados ao Senhor, especialmente homens solteiros. Como isso ocorrerá será diferente em igrejas diferentes. Mas quando os líderes da igreja solicitam a homens solteiros que assumam responsabilidades significativas, eles demonstram a crença de que a solteirice piedosa é um bem tremendo para o corpo de Cristo.
Adultos solteiros não são “burros de carga”.
Por outro lado, homens e mulheres solteiros, não são os “burros de carga” da igreja. Como uma recém-convertida, eu tinha grande demanda como uma nova babá na igreja. Enquanto eu estava feliz por conhecer tantas famílias, uma mulher sábia percebeu o esgotamento se aproximando. Ela me aconselhou a orar e a perguntar a Deus em qual daquelas famílias ele estava me pedindo para investir. Conhecendo aqueles relacionamentos nos quais eu diria “sim”, também saberia em quais eu poderia dizer “não” sem culpa.
Anos depois, quando os convites para palestras começaram a surgir após a publicação do meu primeiro livro, meu pastor percebeu aonde eu poderia ser conduzida ao adotar um “calendário aberto”. Ele sugeriu que eu criasse um conselho consultivo para me ajudar a avaliar os meus convites e horários. O objetivo do conselho consultivo era garantir que eu não viajasse em demasia. Embora eu não seja casada, ainda preciso fazer de meu lar e de minha igreja local as minhas prioridades. Preciso de tempo para receber cuidados de amigos íntimos e também para devolver esse acolhimento.
Entenda os desafios da “oportunidade ilimitada”.
Um pastor sábio disse uma vez a um grupo de adultos solteiros que ele simpatizava com os desafios da “oportunidade ilimitada”. Porque ele era pastor, pai e marido, os limites de seu dia eram bem definidos desde o momento em que ele acordava. Ele conhecia as suas responsabilidades e as prioridades dadas a ele por Deus, e não precisava gastar muito tempo decidindo o que deveria fazer.
Mas os adultos solteiros podem pensar que não têm as mesmas prioridades claras e podem ser tentados a desperdiçar os seus dias. Mas, na verdade, temos muitos dos mesmos limites e prioridades em trabalhar fielmente como ao Senhor, na edificação de nossas igrejas locais, no alcance de não-cristãos, na oração por outras pessoas, no cuidado com os membros da família e amigos que temos (especialmente enquanto pais solteiros), na oferta de hospitalidade e assim por diante. Embora alguns dos relacionamentos mais íntimos possam ser diferentes, todos compartilhamos um conjunto básico de prioridades e muitas vezes precisamos ser lembrados disso.