Reflexões sobre 15 anos como pastor de uma igreja local

Ontem completei 15 anos como pastor efetivo da Igreja Batista Auburndale em Louisville, KY (2003 – 2018). Muitos de vocês conhecem minha história. Então você pode imaginar que passei um bom tempo refletindo, nos últimos dias, a respeito de tudo o que Deus fez em mim e em nossa igreja durante a última década e meia.

Minhas reflexões são melhor resumidas dividindo meu tempo em nossa igreja em três períodos: Sobrevivendo, Prosperando e Corrigindo.

Sobrevivendo (primeiros cinco anos)

Os primeiros cinco anos foram brutais. Houve três movimentos diferentes para me demitir. No meio de toda a hostilidade e adversidade, Deus ainda estava construindo sua igreja. Ele estava me ensinando algumas das lições mais valiosas que aprenderia mais tarde sobre o ministério. Eu preguei esperando que as sementes da palavra encontrassem um bom solo. Eu pastoreei esse rebanho com a intenção de conquistar seu amor e confiança. Eu lutei. Eu tentei apoiar minha família. Eu cometi erros. Eu quase saí. Mas nós sobrevivemos.

Prosperando (cinco anos seguintes)

Depois de sobreviver à terceira tentativa da artilharia que quase dividiu a igreja e prejudicou minha saúde, o navio pareceu finalmente tomar o rumo certo. Alguns dos líderes mais significativos de nossa igreja, que ainda estão servindo hoje, vieram à igreja no ano seguinte. Meus inimigos, daqueles primeiros anos, começaram a se abrandar para comigo e começamos a fazer as pazes uns com os outros. Nós adotamos uma pluralidade de pastores. Finalmente, conseguimos um padrão correto de membresia. Vimos algumas conversões e refugiados juntando-se à igreja. Vimos o nosso orçamento sair do vermelho pela primeira vez em muitos anos. E nós levantamos e enviamos missionários e pastores ao redor do mundo. Nestes anos, nós prosperamos.

Corrigindo (últimos cinco anos)

Estes últimos cinco anos trouxeram novos desafios. Uma das razões pelas quais os pastores geralmente não permanecem dez anos em uma igreja é que você não pode mais culpar o pastor anterior pelos problemas. Essa temporada me pressionou a dar uma olhada longa, honesta e dolorosa em como não apenas minhas forças como líder ajudaram a igreja, mas como minhas fraquezas prejudicaram a igreja. Essa tem sido uma época humilhante, mas importante, de auto-reflexão e avaliação de nossa igreja para então tentar consertar o que eu quebrei. Isso era verdade tanto em relação à igreja quanto em relação à minha família.

Com a graça e a força de Deus, sinto que consegui fazer algum progresso importante na abordagem tanto de questões da minha igreja quanto da minha família, mas tem sido difícil e doloroso. Lembro-me do dom de amizades íntimas e de conselheiros habilidosos, necessários para fazer um trabalho pessoal difícil, mas essencial, como pastor, para crescer em graça e santificação. Como resultado, sinto que agora estamos em um lugar de maturidade e saúde melhor do que nunca.

Felizmente, existem muitas evidências únicas e poderosas da graça em nossa igreja nos últimos cinco anos. Eu pretendo me basear nesses encorajamentos à medida que nos movemos para a quarta temporada do que se tornou blocos de cinco anos de ministério para mim. E eu também sou encorajado e muito grato pelo trabalho de Deus em meu casamento e família através dela.

Pastorear essa igreja tem sido uma das maiores alegrias da minha vida. Deus tem sido muito bom para comigo ao condeder-me, nesses anos, um grupo muito especial de ovelhas de Deus, por meio de quem eu acredito que continuo a crescer em amor todos os dias. Portanto, eu avanço confiante de que nosso bom e soberano Deus estará trabalhando nos próximos cinco anos da mesma maneira que ele tem inegavelmente trabalhado nestes últimos 15 anos.

Por: Brian Croft. © Practical Shepherding, Inc. Website: practicalshepherding.com. Traduzido com permissão. Fonte: Reflections on 15 years as Senior Pastor of Auburndale Baptist Church.

Original: Reflexões sobre 15 anos como pastor de uma igreja local. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradução: Paulo Reiss Junior. Revisão: Filipe Castelo Branco.