Um blog do Ministério Fiel
Mães, obstinadas somos nós!
Muitas são as vezes que preciso ser lembrada que a minha vontade não é soberana. Às vezes chamamos a criança de obstinada por ela querer algo com muita intensidade, seja por teimosia ou por preferência. Mas não percebemos que, às vezes, obstinadas somos nós! Queremos que a nossa vontade seja feita a qualquer custo, assim na terra como no céu. Ops! Queremos ser o que não somos, queremos ser o que não podemos querer. Não precisa ser um “big deal”. Pode ser um negócio bobo, tipo usar galocha 2 números maiores, saia de bailarina e guarda chuva. E daí, não pode? Na cabecinha dela pode. Na minha não, pois a bota pode sair do pé, vai ser mais difícil pra andar, vai me atrasar! E esse guarda chuva? Na calçada com um monte de gente, vai esbarrar em alguém, vai me atrasar! Percebe que eu quero as coisas do meu jeito pro meu conforto? Obstinada sou eu quando acho que tudo tem de ser do meu jeito e somente o meu jeito é melhor.
Confesso que escrever isto é muito mais fácil e faz muito mais sentido do que fazer de fato. Nem sempre estou disposta a dar o braço a torcer e concordar que existe outro jeito de lavar a louça, ou esperar a pequena amarrar a boneca no cinto de segurança pra sair com o carro, ou então ouvir a piada do “pum, cala a boca e respeito” pela milésima vez. Mas que benção é ser lapidada por Deus através dos meus filhos. Que bom que Deus me coloca no meu lugar e me faz ver que não sou soberana. Que bom que Deus é Deus e eu não sou! Com tudo isto não quero dizer: larga! Deixa a criança fazer o que quiser, comer o que quiser etc. Não! Disciplina tem o seu lugar e é imprescindível para a maturidade da criança (e dos pais), para impor limites saudáveis e para livrá-las de suas estultícias. Mas escolha suas batalhas (Pick your battles), escolha onde gastar suas energias e surgimentos de novos cabelos brancos. Galocha grande? Crocs com meia? Pipoca de janta? (Não que eu já tenha feito isso no passado). Às vezes deixar de ser obstinada pelos motivos errados nos traz mais leveza e nos faz mais humildes em perceber o próximo como a nós mesmas.