Parceria de igrejas na missão

Eu reivindico quatro nacionalidades. Nasci na Noruega, tenho pai irlandês, cresci na Escócia e me casei com uma Americana. Parece um tanto irônico, porém, que eu esteja servindo em uma pequena cidade no Kentucky onde a maioria dos residentes não tem passaporte.

A maioria das igrejas nos Estados Unidos tem menos de cem participantes e muitos de nós estão servindo em pequenas cidades. Temos desafios muito reais quando se trata de mobilizar nossas igrejas para missões. Muitos de nossos membros nunca viajaram para o exterior. Muitos outros não podem gastar milhares em passagens aéreas para ir para lá. Além disso, uma igreja que não está experimentando crescimento muitas vezes questiona a sabedoria de comprometer recursos além de sua própria comunidade. Mas mesmo uma pequena igreja pode estar estrategicamente envolvida em missões internacionais. O movimento missionário nunca se divorciou da igreja; ele é a igreja.

O escopo do desafio missionário, juntamente com a força da ordem de Cristo, para a igreja ir e fazer discípulos de todas as nações, sugere que cada igreja, ainda que pequena ou remota, deve lidar com a questão: “Como estamos sendo fiéis à Grande Comissão?” Eu pastoreio uma igreja relativamente pequena (120 pessoas) em uma comunidade relativamente pequena (cerca de 20.000 pessoas), mas agradeço a Deus por não termos permitido que essas estatísticas atrapalhassem nossa visão ou reduzissem nossa capacidade de levar o Evangelho às nações. Durante o ano passado, enviamos cerca de trinta de nossos próprios membros para apoiar o trabalho de plantação de igrejas na Escócia, fizemos parceria com outras igrejas locais para treinar pastores perseguidos no sul das Filipinas e ajudamos a comissionar dois obreiros evangélicos que agora servem em tempo integral no exterior. É possível que uma pequena igreja cause um grande impacto.

Recentemente, estive com alguns membros da minha igreja de Kentucky caminhando pelas ruas de uma cidade escocesa onde não há uma igreja que pregue o Evangelho. Estávamos orando juntos, compartilhando o Evangelho com aqueles que encontrávamos em parques e pontos de ônibus e nos reunindo na casa de uma família entre os únicos crentes da cidade – sonhando com eles sobre ver uma igreja que proclame o Evangelho plantada em seu meio. Uma pequena congregação comprometida com um lugar como este pode causar um efeito enorme. Encorajar os crentes, providenciar pessoas presentes no local para ajudar em seus esforços evangelísticos e comprometer-se a levantar e financiar o trabalho de um plantador de igrejas disposto a se estabelecer, existem algumas maneiras práticas que buscarmos cumprir este chamado. Não se engane: uma pequena igreja disposta a se sacrificar pelo avanço do Evangelho pode render grandes frutos.

Imagine quatro pastores da América viajando para o sul das Filipinas juntos, trabalhando com pastores perseguidos e passando uma semana na selva ensinando teologia bíblica e equipando os santos locais para o ministério. Dois desses homens nunca antes viajaram para o exterior e serviram em igrejas que nunca se envolveram em missões internacionais. Isso pode, acontece e deve acontecer. Como, então, uma pequena igreja em uma pequena cidade desenvolve um compromisso com as nações? Considere essas quatro maneiras.

Pregue o Evangelho

Estatísticas e imagens do campo missionário podem despertar emoções, mas somente o Evangelho vai (corretamente) mover os crentes a agir. Quando confrontado com o fato de que muitos nascem em lugares onde o Evangelho nunca foi pregado, o povo de Deus é desafiado a responder. A pregação de um grande Deus, dono de toda a terra, que deseja a adoração de todas as pessoas e que é glorificado pela proclamação de seu Filho, entusiasmou nossos membros quanto às missões internacionais. Pregue uma teologia bíblica que destaque o fio condutor missionário em toda a Palavra de Deus.

Ore pelas nações

Ore pelas nações durante a adoração. Faça uma oração “informada”. Frequentemente, use recursos como a Operation World para destacar um povo específico. Leve a igreja a orar especificamente pelos missionários com quem você está em contato. Use o Skype ou mensagens de vídeo pré-gravadas para permitir que a igreja interaja diretamente com os missionários. Adote um grupo de pessoas e mantenha todos informados com atualizações regulares, necessidades e pedidos de oração.

Desenvolva parcerias

Comprometa-se com uma parceria internacional. Nossa igreja tem parceria com um missionário, bem como com algumas igrejas e plantadores de igrejas na Escócia, que está lentamente se tornando não alcançada. Nosso objetivo, então, é plantar igrejas. Considere fazer parceria com outras congregações em sua área para adotar, juntas, um grupo de pessoas. Este ano, fizemos parceria com três outras igrejas para promover esse trabalho na Escócia. Nossa igreja está comprometida em buscar parceiros nos Estados Unidos e no Reino Unido para ver dez igrejas plantadas na Escócia nos próximos cinco anos.

Proporcione oportunidades

Finalmente, considere ir, mas vá como um parceiro dos trabalhadores que já estão lá e responda humildemente às suas orientações. Esforce-se para trabalhar com missionários e agências de confiança. Certifique-se de fazer um trabalho centrado no Evangelho e almeje desenvolver uma igreja local. Incentive seus membros com ajuda financeira, se possível. Nossa igreja oferece bolsas de estudo para subsidiar até 50% dos custos da viagem. A associação batista local também fornece fundos para pastores viajarem para missões, e até desenvolveu parcerias para fornecer assistência a igrejas engajadas em missões. Se confiarmos na suficiência do Evangelho e afirmarmos nosso chamado às nações, devemos reconhecer que cada igreja tem um potencial missionário estimulante – não importa seu tamanho.

Por: Matthew Spandler-Davison. © Practical Shepherding, Inc. Website: practicalshepherding.com. Traduzido com permissão. Fonte: Churches Partnering Together on Mission.

Original: Parceria de igrejas na missão. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Paulo Reiss Junior. Revisão: Filipe Castelo Branco.