O Deus transcendente e genuinamente relacional

O conhecimento de Deus em nossa razão para o desvendar genuíno da realidade

Categorias compatíveis: senso religioso e acomodação

A revelação de Deus encontra eco em nós pelo fato de Deus a realizar em categorias compreensíveis à nossa mente[1] – conforme Ele a criou – já que o Senhor se “acomoda” à nossa compreensão.[2]

A despeito do pecado, continuamos sendo a imagem de Deus (aspecto metafísico), carregando conosco o senso do divino, sendo, portanto, incuravelmente religioso.[3] Além disso, temos o seu Espírito que nos ilumina[4] para podermos ter uma compreensão verdadeira das Escrituras.

 

Bavinck sintetiza:

Todos os povos ou puxam Deus panteisticamente para baixo, na direção daquilo que é criado, ou o elevam deisticamente, colocando-o infinitamente acima da criatura. Em nenhum dos casos se chega a uma verdadeira comunhão, a uma aliança, a uma religião genuína. No entanto, a Escritura insiste em ambos: Deus é infinitamente grande e condescendentemente bom; Ele é soberano, mas também é Pai; Ele é Criador, mas também é Protótipo. Em uma palavra, Ele é o Deus da aliança.[5]

Por meio de Isaías, Deus faz registrar:

Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos. (Is 57.15).

A Palavra de Deus nos ensina que Deus não pode estar limitado pelo universo, que é sua criação: Deus é infinito e, por isso, é imenso e eterno, transcendendo de forma perfeita todas as limitações espaciais e temporais – que são próprias da criatura, não do Criador. Entretanto, Deus está presente em todas as suas criaturas e em todos os lugares, sustentando toda a existência e realidade. De certa forma, toda a existência é teológica, já que tudo que existe é teosustentado e teopreservado.

Com isso não queremos dizer que Deus esteja presente no mesmo sentido em todas as suas criaturas. Deus está em todo ser de acordo com a natureza deles. Desse modo, afirmamos que Deus habita de uma forma no homem e de outra no mundo orgânico, de outro no mundo inorgânico, etc. O modo como Deus está em nós, seu povo, é diferente da forma como Ele habita nos incrédulos. Deus está presente agindo soberanamente numa interminável variedade de maneiras. Ele enche todo o universo, envolve com sua presença o céu e o inferno.[6]

Somente Deus se conhece total e perfeitamente

A realidade pertence a Deus, quem a criou, e lhe confere sentido. Então, quando nos referimos ao conhecimento que podemos ter do próprio Deus, do seu caráter e majestade, temos de reafirmar a verdade bíblica de que esse conhecimento provém do próprio Deus. Esse princípio é fundamental à fé cristã: a revelação de Deus é a única fonte e possibilidade real de conhecermos a Deus.[7] Sem a revelação não há um sim nem um não referentes a Deus.

Portanto, Deus só pode ser conhecido por Ele mesmo. Por isso a necessidade de revelação para que possamos conhecê-lo, e nos relacionarmos com Ele.[8]  Deus em sua integridade se revela verdadeiramente como é em sua natureza essencial, ainda que não conheçamos a essência de Deus.[9] Porém, nenhuma de suas perfeições esgota a totalidade de seu ser. Este conhecimento resultante da graça é único, singular e pessoal.[10]

Como mais um ingrediente de cautela, devemos entender que o nosso conhecimento de Deus por meio de sua revelação é um “conhecimento-de-servo” delimitado pelo próprio Senhor, considerando, inclusive, o pecado humano. O nosso conhecimento nunca é autorreferente com validade própria e por iniciativa nossa.[11]  “Visto que somos seres finitos e não podemos enxergar o todo da realidade de uma vez, nossa perspectiva da realidade é necessariamente limitada por nossa finitude”, interpretam Geisler (1932-1919) e Bocchino.[12]

Aliás, não podemos escapar desse fato que nos humaniza. Por isso mesmo, a realidade sempre é mais importante e complexa do que a nossa percepção e experiência. A ontologia é a determinante de nossa possibilidade epistemológica. No entanto, esta não condiciona a outra. As coisas são o que são independentemente de nossa apreensão. Assim como o nome não delimita nem determina a essência da coisa, a nossa percepção, com seus erros e acertos, não estatui por si só a essência e o alcance da realidade.

Realidade e experiência

Por isso mesmo, a realidade possibilita a experiência e variados aprendizados, porém, a experiência não determina a realidade. Ela pode, e costumeiramente deve, nos ajudar a ver a realidade de modo diferente, de forma mais compatível com a sua natureza. Isso, sem dúvida nos conduzirá a novas experiências e novos aprendizados resultantes dos anteriores. A realidade vivenciada, portanto, proporciona ensino e renovação. O aprendizado em geral é uma construção ainda que nem sempre tenhamos a dimensão do processo durante o processo. Quem tem olhos e ouvidos vejam, ouçam e aprendam.

Como temos insistido, poder conhecer a Deus é sempre uma iniciativa da graça divina, que se manifesta no fato de Deus se revelar e de nos possibilitar conhecer. O nosso conhecimento é um ato de fé; e esta é procedente da graça.[13]

Mais: não somos nem nunca seremos o padrão de verdade. Os nossos pensamentos e as nossas supostas experiências concretas, por mais nobres e sinceras e convincentes que nos pareçam, não têm poder autorreferentes, se constituindo em fundamento de nossas decisões e ensino.[14] Antes, precisam sempre ser validados pela Palavra, que é a verdade (Jo 17.17).

Só pensamos verdadeiramente quando pensamos à luz da Palavra. Por isso, é que conhecer a Deus é algo singular, sem paralelo, porque somente Deus é soberano e, somente a partir dele podemos conhecê-lo. E tudo isso, por meio de Jesus Cristo, o Deus encarnado,[15] a revelação pessoal de Deus.[16]

Portanto, como cristãos devemos em nossas pesquisas – e, na realidade, em todo o âmbito de nossa vida –, buscar em Deus a sabedoria para desvendar os mistérios revelados na criação a fim de que possamos compreendê-los de forma correta, glorificando a Deus em todo o nosso labor.[17]

Conhecimento libertador

Conhecer a Deus em sua soberania, portanto, é um dom da graça do soberano Deus. Podemos descansar na certeza gloriosa de saber que podemos conhecê-lo, ainda que limitadamente, porém, de modo verdadeiro, suficiente e claro.[18] Este conhecimento, por sua vez, nos liberta para que possamos conhecer genuinamente a nós mesmos e as demais coisas da realidade,[19] possibilitando-nos ter uma dimensão adequada de todas as coisas.[20]

Em outras palavras, citando Frame: “É um conhecimento acerca de Deus como Senhor, e um conhecimento que está sujeito a Deus como Senhor”.[21] A teologia é o trabalho do servo totalmente comprometido em ouvir e ensinar o que o seu Senhor revelou, rogando a Deus que lhe dê compreensão adequada e que transmita com fidelidade – sem nada acrescentar ou omitir – o que nos foi dado conhecer.

Somente a partir de um genuíno conhecimento de Deus poderemos nos conhecer verdadeiramente bem como toda a realidade. O conhecimento de Deus possibilita-nos enxergar a realidade em suas múltiplas facetas com os seus valores próprios conferidos pelo próprio Deus que a sustenta. A verdade nos liberta (Jo 8.32) de uma visão puramente terrena ou mesmo, metafísica, para que possamos visualizar cada aspecto da realidade dentro de um referencial fornecido pelo próprio Deus que a criou.

O conhecimento que Deus deseja que tenhamos dele está revelado nas Escrituras. Originalmente, Deus se revelou na Criação. Criação é sinônimo de revelação: no Éden só havia um livro – o livro da Natureza. Todavia, com o pecado, houve um transtorno na vida humana, com alcance físico, moral e espiritual (Gn 3.16,19. Leia também: Gn 4.1-11; 6.5) e a natureza também sofreu os efeitos devastadores da desobediência do homem (Gn 3.17,18). Ficou obscurecida. Perdeu parte da sua eloquência primeva em apontar para o seu Criador (Gn 3.17-19).[22] E como parte do castigo pelo pecado, o homem perdeu o discernimento espiritual para ver a glória de Deus manifesta na Criação (Sl 19.1; Rm 1.18-23).

A Revelação Geral que fora adequada para as necessidades do homem no Éden – embora saibamos que ali também se deu a revelação Especial (Gn 2.15-17,19,22; 3.8ss.) – tornou-se, agora, incompleta e ineficiente[23] para conduzi-lo a um relacionamento pessoal e consciente com Deus.

A Bíblia, como Palavra inspirada e inerrante de Deus, dá ao homem a resposta adequada às necessidades espirituais de que tanto carece, e aponta para Jesus Cristo (Jo 5.39) e para o poder de Deus. Nas Escrituras, encontramos a esperança da vida preparada, realizada e consumada pelo Deus Triúno (Rm 15.4; 1Jo 5.13).

O conhecimento humano consiste sempre em uma relação lógica entre sujeito e objeto, visto que o sujeito só é sujeito para o objeto e, por sua vez, o objeto só o é para um sujeito, assim, a revelação objetiva reclama alguém e, este alguém (objeto) só o é, enquanto recebe de forma adequada a revelação.

A razão, como parte da criação divina, é o instrumento de que dispomos, pela graça de Deus, para descobrir a sabedoria divina no mundo que nos rodeia e, portanto, é o principium cognoscendi internum da ciência. Entendemos que o conhecimento também se dá pela experiência, contudo cremos que o espírito humano traz consigo certas categorias que lhe são inerentes as quais não podem ser apreendidas pela experiência. A experiência pode ser a fonte de quase todo o conhecimento, mas não é necessariamente do conhecimento todo.

Concluindo este tópico, reafirmamos que: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.27), dotando-o de capacidade para receber e interpretar as impressões da sua revelação que são demonstradas por meio do universo, da sua Criação (Sl 19.1; At 14.17). Toda a Criação de Deus foi realizada de forma sábia e soberana (Sl 115.3; Pv 3.19: Ef 1.11).

 


[1] “As tentativas de explicar a origem e a essência da religião sem fazer referência a Deus e sua revelação cognoscível estão fadadas ao fracasso” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 302).

[2]“Não podemos compreender plenamente a Deus em toda a sua grandeza, mas que há certos limites dentro dos quais os homens devem manter-se, embora Deus acomode à nossa tacanha capacidade toda declaração que faz de si mesmo. Portanto, somente os estultos é que buscam conhecer a essência de Deus” (João Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo: Edições Paracletos, 1997, (Rm 1.19), p. 64). (Vejam-se: Hermisten M.P. Costa, João Calvino 500 anos, São Paulo: Cultura Cristã, 2009; Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 214; Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 97ss.). Mesmo Calvino valendo-se amplamente desse princípio para interpretar de forma mais clara e simples as Escrituras, Battles  (1915-1979) nos adverte que Calvino nunca empregou a palavra “acomodação” na forma substantivada (accommodatio) nas Institutas e, possivelmente em qualquer de seus escritos. Porém, utilizou os verbos accommodare ou attemperare. (acomodar). (Cf. Ford L. Battles, Interpreting John Calvin, Grand Rapids, MI.: Baker Books, 1996, p. 117). (Para maiores detalhes, veja-se: https://www.hermisten.com.br/o-ser-as-pessoas-e-as-coisas-ontologia-epistemologia-e-etica-1/).

[3]“Assim como não se pode encontrar homem algum, por mais bárbaro e mesmo selvagem que possa ser, que não seja tocado por alguma ideia de religião, é certo que todos somos criados a fim de conhecer a majestade de nosso Criador, e tendo-a conhecido, estimá-la acima de todas as coisas e honrá-la com todo temor, amor e reverência” (João Calvino, Instrução na Fé Goiânia, GO: Logos Editora, 2003, Cap. 1, p. 11). “Os próprios ímpios são para exemplo de que vige sempre na alma de todos os homens alguma noção de Deus” (João Calvino, As Institutas, I.3.2). Vejam-se também: João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.6), p. 305; João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 8.5), p. 167.

[4] “As mentes humanas são cegas a essa luz da natureza, a qual resplandece em todas as coisas criadas, até que sejam iluminadas pelo Espírito de Deus e comecem a compreender, pela fé, que jamais poderão entendê-lo de outra forma” (João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.3), p. 299). Vejam-se: João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.7), p. 10-11; João Calvino, As Institutas, I.9.3; II.2.19; III.2.33; III.21.3; III.24.2; João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 40.8), p. 229; João Calvino, Salmos, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2009, v. 4, (Sl 119.18), p. 184; John Calvin, Commentary on the Book of the Prophet Isaiah, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, (Calvin’s  Commentaries), 1996, v. 84, (Is 59.21), p. 271; João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 2, (Jo 14.25), p. 109; João  Calvino,  Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997, (Rm 10.16), p, 374;  João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1996, (1Co 2.11), p. 88-89; (1Co 2.14), p. 93; João Calvino, Sermões em Efésios, Brasília, DF.: Monergismo, 2009, p. 154; João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 6.4), p. 152,154; Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 113; D.M. Lloyd-Jones, O Supremo Propósito de Deus, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1996, p. 230.

[5]Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 580.

[6] Vejam-se: João Calvino, As Institutas, I.16.3; Edward Leigh, A Treatise of Divinity,  London: Printed by E. Griffin for W. Lee, 1646, Cap. 4, p. 39; Stephen Charnock, The Existence and Attributes of God, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, (Two volumes in one), 1996 (Reprinted), v. 1, p. 370.

[7] Veja-se: Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 207ss.

[8]Veja-se: Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 287ss.

[9] “Deus se revela como ele verdadeiramente é. Seus atributos revelados verdadeiramente revelam sua natureza” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 98).

[10] “Conhecer a Deus é uma coisa completamente única, singular, visto que Deus é único, é singular” (John M. Frame, A Doutrina do conhecimento de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 25).

[11]A respeito de um comportamento oposto, escreveu Lloyd-Jones: “Não há maior obra-prima do diabo do que seu sucesso em persuadir as pessoas de que é seu conhecimento superior que as leva a rejeitar o cristianismo. Mas exatamente o oposto é que é verdadeiro. O diabo as mantém na ignorância porque, enquanto permanecerem nela, elas farão o que ele manda. A partir do momento em que recebem a luz – o evangelho é chamado de ‘luz’ – elas veem o diabo e o abandonam” (David Martyn Lloyd-Jones, Uma Nação sob a Ira de Deus: estudos em Isaías 5, 2. ed. Rio de Janeiro: Textus, 2004, p. 68).

[12]Norman Geisler; Peter Bocchino, Fundamentos Inabaláveis: resposta aos maiores questionamentos contemporâneos sobre a fé cristã, São Paulo: Vida Nova, 2003, p. 50.  Da mesma maneira, veja-se: Vern S. Poythress, Redimindo a filosofia: uma abordagem teocêntrica às grandes questões, Brasília, DF.: Monergismo, 2019, p. 74ss. Calvino comenta a necessidade da revelação de Deus em Cristo. Argumenta: “Porque, visto que Deus é incompreensível, a fé poderia jamais alcançá-lo, a menos que ela tenha uma consideração imediata por Cristo. Além disso, há duas razões por que a fé poderia estar não em Deus, a não ser que Cristo interviesse como Mediador: primeiro, a grandeza da glória divina deve ser levada em conta e, ao mesmo tempo, a pequenez de nossa capacidade. Nossa acuidade sem dúvida está muito longe de ser capaz de subir tão alto a ponto de compreender a Deus. Daí, todo conhecimento de Deus sem Cristo é um vasto abismo que deglute imediatamente todos nossos pensamentos” (John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), v. 22, (1Pe 1.21), p. 53).

[13] “Todo conhecimento é fé” (Gordon H. Clark, Uma visão cristã dos Homens e do Mundo, Brasília, DF.: Monergismo, 2013, p. 305).

[14]Veja-se: Francisco L. Schalkwijk, Meditações de um peregrino, São Paulo: Cultura Cristã, 2014, p. 127.

[15] “Toda nossa luz e conhecimento consistem (…) em conhecer a Deus na pessoa de seu Filho unigênito. Com isso, digo eu, é que devemos nos contentar” (João Calvino, Sermões em Efésios, Brasília, DF.: Monergismo, 2009, p. 146-147). Veja-se também: John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), v. 22, (1Pe 1.21), p. 53.

[16] Vejam-se: Herman Bavinck, Teologia Sistemática, Santa Bárbara d’Oeste, SP.: SOCEP., 2001, p. 25-26; Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 167; John Frame, Teologia Sistemática, São Paulo: Cultura Cristã, 2019, v. 1, p. 89.

[17] Veja-se: Vern S. Poythress, O Senhorio de Cristo: servindo o nosso Senhor o tempo todo, em toda a vida e de todo o nosso coração, Brasília, DF.: Monergismo, 2019, p. 130.

[18] “É claro que todo o nosso conhecimento de Deus é ectípico ou derivado da Escritura. Somente o autoconhecimento de Deus é adequado, não-derivado ou arquetípico. Apesar disso, nosso conhecimento finito, inadequado, ainda é verdadeiro, puro e suficiente” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada; : Deus e a criação,  São Paulo, Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 97). “Embora não conheçamos nada exatamente como Deus conhece, o verdadeiro conhecimento humano não contradiz o conhecimento divino, mas depende dele” (Michael Horton, Doutrinas da fé cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2016, p. 59).

[19] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Soberania de Deus e a responsabilidade humana, Goiânia, GO.: Editora Cruz, 2016.

[20] “Somente o crente é que pode realmente ver na criação a mão de Deus, e lhe rende seus louvores pelas maravilhas de suas obras” (Allan Harman, Comentário do Antigo Testamento ‒ Salmos, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, (Sl 19.1), p. 122).

[21]John M. Frame, A Doutrina do conhecimento de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 56.

[22]Groningen acentua: “O Senhor soberano julgou necessário revelar explicitamente a natureza de sua relação pactual com a humanidade. Ele fez isto antes do homem cair em pecado. Depois da queda, isto se tornou ainda mais necessário devido aos efeitos do pecado” (Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1995, p. 63).

[23] Vejam-se: B.B. Warfield, Revelation and Inspiration: In: The Works of Benjamin B. Warfield, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1981, p. 7ss.; Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 312ss.; William G.T. Shedd, Dogmatic Theology, Grand Rapids, MI.: Zondervan, [s.d.], v. 1, p. 66ss.). A revelação Geral é “tênue e obscura para a humanidade pecadora, e mesmo para a humanidade redimida” (Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1995, p. 64).

Autor: Hermisten Maia. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Editor e Revisor: Vinicius Lima.