Um blog do Ministério Fiel
[Reformanda] SOLA SCRIPTURA: A Raiz do Evangelho (8)
Inerrância Bíblica, exegese e exposição
Postulados e proposições
Permitam-me propor cinco postulados logicamente seqüenciais que apresentam e embasam minhas proposições principais. Essas cinco idéias também estabelecem a verdadeira base bíblica para a doutrina da inerrância:
1. Deus é (Gn 1:1; Sl 14, 53; Hb 11:6).
2. Deus é verdadeiro (Êxodo 34:6, Nm 23:19, Dt 32:4; Sl 25:10, 31:6, Is 65:16, Jer 10:8, 10:11, João 14:6, 17:3 ; Tito 1:2, Hb 6:18; 1 João 5:20, 21).
3. Deus fala em harmonia com Sua natureza (Nm 23:19; 1 Sm 15:29, Rm 3:4, 2 Tm 2:13; Tito 1:2 e Hb 6:18).
4. Deus fala somente a verdade (Sl 31:5, 119:43, 142, 151, 160; Pv 30:5, Is 65:16, João 17:17, Tiago 1:18).
5. Deus falou Sua Palavra verdadeira como coerente com sua verdadeira essência a ser comunicada às pessoas (uma verdade auto-evidente que é ilustrado em 2 Tm 3:16-17; Hb 1:1.
Portanto, devemos considerar as proposições a seguir:
1. Deus deu Sua Palavra verdadeira para ser comunicada inteiramente como a deu, isto é, todo o conselho de Deus é para ser pregado. (Mt 28:20; Atos 5:20, 20:27). Correspondentemente, cada porção da Palavra de Deus deve ser analisada à luz da sua totalidade.
2. Deus deu a Sua Palavra verdadeira para ser comunicada exatamente como Ele a deu. É para ser dispensada exatamente como ela foi entregue, sem alteração da mensagem.
3. Apenas o processo exegético que rende proclamação expositiva irá realizar proposições 1 e 2.
Elo da Inerrância para Pregação Expositiva
Agora, deixe-me justificar essas proposições com respostas a uma série de perguntas. Eles vão canalizar o nosso pensamento da nascente da revelação de Deus ao Seu destino pretendido.
1. Por que pregar? Simples, Deus assim ordenou (2 Tm 4:2), e os Apóstolos assim responderam (Atos 6:4).
2. O que devemos pregar? A Palavra de Deus – sola Scriptura e tota Scriptura (1 Tm 4:13; 2 Tm 4:2).
3. Quem prega? Homens santos de Deus (Lucas 1:70, Atos 3:21, Efésios 3:5; 2 Pe 1:21; Ap 18:20, 22:6). Somente depois que Deus havia purificado os lábios de Isaías, ele foi ordenado a pregar (Is 6:6-13).
4. Qual é a responsabilidade do pregador? Primeiro, o pregador precisa entender que a Palavra de Deus não é a palavra do pregador. Mas sim:
Ele é o mensageiro, não um criador (euaggelizo).
Ele é o semeador, não a fonte (Mt 13:3, 19).
Ele é o arauto, e não a autoridade (kerusso).
Ele é o mordomo, não o proprietário (Cl 1:25).
Ele é o guia, não o autor (Atos 8:31).
Ele é o servente de alimento espiritual, não o Cozinheiro (João 21:15, 17).
Em segundo lugar, o pregador precisa considerar que a Escritura é ho logos tou theou (a Palavra de Deus). Quando ele está comprometido com esta verdade terrível e responsabilidade,
Seu objetivo, especialmente, será de ficar sob as Escrituras, e não sobre elas, e para permitir que, por assim dizer, fale através dele, entregando o que não é tanto a mensagem dele quanto sua. Em nossa pregação, é o que deve sempre estar acontecendo. No obituário do grande maestro alemão, Otto Klemperer, Neville Cardus falou sobre a maneira como Klemperer “Definia a música em movimento”, mantendo ao longo de um auto deliberadamente anônimo, discreto estilo, a fim de que as notas musicais pudessem articular-se em sua própria integridade por meio dele. Assim deve ser na pregação; as próprias Escrituras devem fazer todo o falar, e a tarefa do pregador é simplesmente “definir a Bíblia em movimento”. (Packer, Inerrância e Senso Comum, p. 203)
A expressão “a Palavra de Deus” (logos theou nos textos gregos) é usada 47 vezes no Novo Testamento. É o que Jesus pregou (Lucas 5:1). Foi a mensagem que os apóstolos ensinaram (Atos 4:31, 6:2). Foi a palavra recebida pelos samaritanos (Atos 8:14) coma dada pelos apóstolos (Atos 8:25). Foi a mensagem que os gentios receberam da pregação de Pedro (Atos 1:1). Foi a palavra que Paulo pregou em sua primeira viagem missionária (Atos 13:5, 7, 44, 48, 49, 15:35-36). Foi a mensagem pregada na segunda viagem missionária de Paulo (Atos 16:32, 17:13, 18:11). Foi a mensagem que Paulo pregou em sua terceira viagem missionária (Atos 19:10). Foi o foco crescente de Lucas no livro de Atos (Atos 6:7, 12:24, 19:20). Paulo teve o cuidado de dizer aos coríntios que ele falou a Palavra que foi entregue por Deus, que não havia sido adulterada e que era uma manifestação da verdade (2 Coríntios 2:17, 4:2). Paulo reconheceu que era a fonte de sua pregação (Cl 1:25, 1 Ts 2:13).
Como foi com Cristo e os apóstolos, assim também a Escritura é para ser entregue pelos pregadores de hoje, de tal maneira que eles possam dizer, “Assim diz o Senhor”. Sua responsabilidade é a de entregá-la como ela foi originalmente entregue e destinada.
Tradução: Equipe Voltemos ao Evangelho
O PROJETO
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