Um blog do Ministério Fiel
Como você pastoreia e prepara seu filho adolescente para a masculinidade?
Muitos de vocês sabiam que eu recentemente estive em uma viagem com meu filho de 13 anos. Qual foi a ocasião? Minha esposa e eu prometemos a cada um dos nossos filhos que quando eles completassem 13 anos de idade, eles teriam uma viagem especial com um de nós. Meu filho comigo e cada uma das minhas filhas com minha esposa. O objetivo dessas viagens é primeiro nos divertirmos e aproveitarmos a companhia uns dos outros, e é por isso que cada um deles escolhe o destino (deve estar à distância máxima de um dia de carro), eles também determinam a maior parte da agenda.
Há, no entanto, outro propósito para essa viagem: celebrar o fato de nosso filho estar crescendo para se tornar um homem e também nossas filhas para se tornarem mulheres. Tornar-se um adolescente pode ser uma perspectiva assustadora (tanto para os filhos quanto para os pais) e isso muitas vezes esconde tanto dos pais quanto dos filhos as mudanças óbvias que estão ocorrendo. No entanto, queremos que seja algo que todos nós pudéssemos celebrar. Também queremos comunicar as responsabilidades que acompanham esse estágio diferente da vida, bem como alguns dos aspectos do desenvolvimento dele. Portanto, essas viagens também são projetadas para termos conversas muito intencionais sobre a vida como homens e mulheres. Muitas dessas conversas já vinham ocorrendo há um bom tempo, mas a viagem proporciona uma atmosfera para aprofundar um pouco mais e reafirmar o que já foi dito. Como vários de vocês perguntaram sobre como eu conduzi meu filho nessas conversas em nossa viagem, pensei em explicar aqui para que outras pessoas interessadas em alguns desses detalhes também possam conhecer. O tema da viagem girou em torno desse modelo de masculinidade bíblica: proteger, prover e liderar.
1. Proteger
Nós lemos 1Pedro 3.1-7 que instrui em como eu sou chamado por Deus para proteger minha esposa e filhos de qualquer dano físico. Em seguida, discutimos como meu filho poderia participar dessa atividade em nossa casa. Nós discutimos as formas práticas pelas quais ele também poderia proteger sua mãe e irmãs, de danos de insetos assassinos, trancando as portas à noite quando eu estou fora da cidade. Também lemos Provérbios 5 e discutimos a necessidade de nos protegermos da mulher adúltera que está atrás de todo homem para roubá-lo de sua esposa. Isso permitiu uma discussão frutífera sobre a impureza sexual e a destruição causada pela pornografia que nos cerca como homens e como protegermos nossos corações e mentes dessas coisas.
2. Prover
Como homens, somos chamados a prover as necessidades de nossas famílias. Fomos feitos para trabalhar (Gênesis 1-2) e cuidar de nossas famílias, fornecendo o apoio físico, emocional e espiritual de que cada membro da família precisa (1Timóteo 5.8). Por causa disso, discutimos maneiras pelas quais meu filho poderia realizar isso, mesmo que ele não tenha que trabalhar para sustentar uma família neste momento. Nós conversamos sobre como ele precisa trabalhar duro agora na escola, nas competições de natação, corte da grama, tarefas domésticas, e qualquer outra coisa em sua vida que ajude a desenvolver uma ética de trabalho que ele possa mais tarde assumir em seu emprego que ele usará para, um dia, sustentar uma esposa e família, se Deus quiser.
3. Liderar
Nós lemos e discutimos muitas implicações para o nosso chamado como maridos cristãos em amar nossas esposas como Cristo amou a igreja e deu-se a si mesmo por ela, conforme Efésios 5.22-33. Uma das principais formas pelas quais Cristo amou foi através do sacrifício humilde. Nós conversamos sobre como meu filho poderia sacrificialmente servir sua mãe e irmãs para desenvolver esse instinto de liderar pelo serviço humilde em casa. Além disso, discutimos as vezes em que pedi a ele que nos levasse a um passeio familiar, ou quando ele pudesse escolher onde íamos comer pensando em um lugar que fosse o melhor para toda a família. Essas são pequenas formas de meu filho liderar agora (e ensinar minhas filhas a seguir) e pensar em como suas decisões afetam os outros.
Pais, eu não acho que você tenha que fazer uma viagem como planejamos fazer com cada um dos nossos filhos. Se você tem condições de fazê-la, ótimo. Mas independentemente disso, eu recomendo que você seja muito intencional sobre não esperar para ter esse tipo de conversa que deveria estar ocorrendo muito antes dos 13 anos de idade. Não tenha medo delas. Não as evite por imaginar que serão conversas desconfortáveis. Eu garanto a você, será tarde demais se você esperar até o último momento possível. Nossa viagem foi uma alegria, muito frutífera, e estou triste que seja a única.
E aos pais com filhos mais velhos, o que que você fez que tem sido frutífero nessa preparação para os próprios filhos deles?