Economia em tempo de coronavírus

Nada como uma pandemia para nos fazer desacelerar e voltar para aquilo que é mais importante.

Tenho pensado em escrever sobre a soberania de Deus. Esse atributo que faz-nos ter uma visão diferente de como Deus age e como deve ser a nossa ação. E, coincidentemente, é o mesmo atributo que nos faz acalmar em meio ao caos do coronavírus.

Em nossos pensamentos começam a aparecer os questionamentos de “e se…”: “e se eu perder o emprego?” “e se eu deixar de vender?” “e se eu não tiver férias?” E por aí vai, são infinitos.

Obviamente essa já é uma realidade para os comerciantes que, obrigatoriamente, por decreto do governo, tiveram que baixar as portas do seu estabelecimento. Também já é uma realidade para quem é microempreendedor, profissional liberal, autônomo.

As perguntas: “e se…?” se multiplicam diante desse cenário. Se eu continuar a escrever sobre todas as possibilidades, vai virar um livro. Então faço a você uma pergunta: De onde vem a sua renda: salário, pró-labore, côngruas pastorais, ofertas missionárias, aluguéis, rendimentos da bolsa de valores? Não! Não vem de você. Sua renda, seu sustento tudo vem do Senhor, que fez os céus e a terra e que é dono do ouro e da prata. Labão via claramente que tudo que Abraão possuía vinha do Senhor, desde as ovelhas até aos servos:

O Senhor tem abençoado muito ao meu senhor, e ele se tornou grande; deu-lhe ovelhas e bois, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos. Gênesis 24.35

E é assim conosco até hoje: desde a saúde até o trabalho, desde os talentos até aos nossos bens. Deus distribui conforme seus propósitos, sua graça, misericórdia, justiça e soberania. Não nos cabe questionar e sim agradecer o que o Senhor faz.

Assim será em época de pandemia.

A nós nos cabe não andarmos ansiosos por coisa alguma como está escrito em Filipenses 4.6-7. Em NADA. Em nada nossos corações devem ficar temerosos.

Podemos pensar em soluções práticas de economia, para repensarmos a forma com que estamos administrando o dinheiro que o Senhor nos confia para sermos bons mordomos. Isso é parte da nossa responsabilidade.

Podemos aprender algo que possa ajudar em nosso desenvolvimento intelectual, trabalho e fé. Utilizando plataformas de estudo e bons livros.

Podemos (e devemos) olhar para o lado e socorrer nossos familiares, amigos e irmãos na fé que estão necessitados. Como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. (1Pe 4.10).

Podemos tantas coisas (falarei em uma próxima oportunidade sobre as questões práticas). Mas… Devemos nos aquietar e saber que Ele é Deus, nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46).