Esposa, ame a sua maternidade, não idolatre a sua vida

A maternidade é algo desenhado por Deus para a mulher. Nossos corpos são preparados pra isto. Temos espaço em nosso útero e em nosso coração para gerar vidas. Desde muito cedo, já embalamos nossas bonecas e as colocamos pra dormir.

Hoje em dia vemos muitas mulheres com medo da maternidade, postergando uma gestação por anos a fio, com um medo que não sabem nem explicar. Se por um lado, a maternidade é um passo e um comprometimento muito sério, por outro eu não entendo o medo desmedido e a insegurança de se ter um filho dentro do casamento.

Me leva a pensar (e já conversei com algumas mulheres sobre isto) que esta insegurança e medo são uma espécie de capa que cobre o egoísmo.

Todo este medo pode ser traduzido como egocentrismo, comodismo e outros ismos do nosso coração. Nós nos agarramos firmemente às coisas que achamos seguras em nossa vida, nos agarramos nos desejos do nosso coração, nos planos de carreira que projetamos, nos diplomas que almejamos e nos esquecemos de nos agarrar na cruz de Cristo. Nos esquecemos de deixar lá nossos fardos, nossas ansiedades e medos. Nos esquecemos de espelhar a Cristo, sendo fragrância de vida neste mundo que mata bebês. Nos esquecemos de que Ele nos deu Vida, e claro, não temos condições de dar vida eterna a ninguém, a obra de Cristo é dele somente, mas temos condições de gerar vida em nosso ventre e em nosso coração para louvor da glória dele.

Este medo da maternidade pode ser um medo de ter que abrir mão de muitas coisas que gostamos de fazer e que com frequência são coisas lícitas, tais como passear, trabalhar, viajar, dormir e comer. Porém o temor de ter que se doar, de ter que abrir mão dos seus sonhos ou da promessa de um futuro brilhante acaba sufocando a possibilidade de gerar uma vida. Agora, pense, não é este o mesmo medo que leva muitas mulheres a optarem por um aborto? É a mesma indisposição de se doar dizendo: “não tenho dinheiro, não tenho tempo”, mas nós que somos de Cristo não podemos ter os mesmos propósitos de vida que mulheres ímpias.

Vejamos lá em João 12.24 Em verdade, em verdade lhes digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.”

Cristo estava prestes a ser traído, a ser levado e crucificado. Ele não pensou em nos abortar. Eu sei, ele não é o Pai, mas ele estava cumprindo as ordens do Pai. Os frutos que vieram com sua morte foram frutos incontáveis de vitória que trouxeram glória ao Deus Trino.

Portanto, se parte de você tiver que morrer (seu egoísmo, seus planos, seu comodismo) para que uma pequena vida nasça em sua família, celebre! Pois mortificar a carne é algo bom, te leva a santidade, e Deus usa nossos filhos de maneira fabulosa para nos conduzir à santidade.

E tem mais, crente não tem medo de morte. Nós somos o povo que não deve temer a morte, pois ela foi vencida, nós sabemos o que tem depois, ela não é o fim de tudo. Se somos de Cristo, nós morremos e ressuscitamos com Ele. Ame e Celebre o fato de que Deus te deu condições de gerar, nutrir e educar filhos pra honra e glória dele.