O pensamento grego e a igreja cristã (Parte 23)

A compatibilidade da revelação com a razão humana

Partindo-se do princípio de que a revelação de Deus tem por objetivo mostrar o seu Autor: Deus é o substantivo da sua revelação – não teria nenhum valor a revelação objetiva de Deus, se não houvesse, concomitantemente, uma potencialidade de recepção subjetiva para ela, porque, assim, seria uma revelação que não se descobriria, não se tornaria acessível.

Seria o equivalente a um intérprete verter para o inglês as palavras de um orador alemão para um auditório que só entende o português. Perguntaríamos: o intérprete traduziu o que o orador disse? Responderia o interlocutor: sim. Voltaríamos à questão: então ele revelou o conteúdo da mensagem?! A resposta seria óbvia: não. Ele traduziu, mas ninguém o entendeu, pois o seu idioma não é o nosso nem temos condições de aprendê-lo agora.

Categorias compatíveis: senso religioso e acomodação

Deus se revela de modo que possa ser entendido. Ele mesmo criou o homem e o dotou dessa potencialidade. A nossa mente, na condição de criatura, se conforma à racionalidade de Deus.[1] Aliás, a pressuposição dessa capacidade de compreensão do mundo é que torna a ciência possível. Entretanto, a não compreensão do homem não inutiliza o valor da revelação de Deus. Ela é o que é independentemente da apreensão humana.

Esta revelação encontra eco em nós pelo fato de Deus o fazer em categorias compreensíveis à nossa mente[2] – conforme Ele a criou – já que o Senhor se “acomoda” à nossa compreensão.

A despeito do pecado, continuamos sendo a imagem de Deus, carregando conosco o senso do divino, sendo, portanto, incuravelmente religioso.[3] Além disso, temos o seu Espírito que nos ilumina[4] para podermos ter uma compreensão verdadeira das Escrituras.

Conhecimento libertador

Conhecer a Deus em sua soberania, portanto, é um dom da graça do soberano Deus. Podemos descansar na certeza gloriosa de saber que podemos conhecê-lo, ainda que limitadamente, porém, de modo verdadeiro, suficiente e claro.[5] Este conhecimento, por sua vez, nos liberta para que possamos conhecer genuinamente a nós mesmos e as demais coisas da realidade,[6] possibilitando-nos ter uma dimensão adequada de todas as coisas.[7] Conhecer a Deus confere sentido à vida em toda a sua amplitude e esferas, no âmbito temporal e eterno.

Portanto, o conhecimento de Deus capacita-nos enxergar a realidade em suas múltiplas facetas com os seus valores próprios conferidos pelo próprio Deus que a sustenta. A verdade nos liberta (Jo 8.32).

O conhecimento que Deus deseja que tenhamos dele está revelado nas Escrituras. Originalmente, Deus se revelou na Criação. Criação é sinônimo de revelação: no Éden só havia um livro – o livro da Natureza. Todavia, com o pecado, a Natureza também sofreu as consequências. Ficou obscurecida. Perdeu parte da sua eloquência primeva em apontar para o seu Criador (Gn 3.17-19).[8] E como parte do castigo pelo pecado, o homem perdeu o discernimento espiritual para ver a glória de Deus manifesta na Criação (Sl 19.1; Rm 1.18-23).

A revelação Geral que fora adequada para as necessidades do homem no Éden – embora saibamos que ali também se deu a revelação Especial (Gn 2.15-17,19,22; 3.8ss.) – tornou-se, agora, incompleta e ineficiente[9] para conduzi-lo a um relacionamento pessoal e consciente com Deus.

A Bíblia ou revelação Especial tornou-se necessária por causa do pecado. Por meio da História, Deus separou e preparou homens para que registrassem de forma exata e infalível os seus desígnios, sendo a Palavra de Deus escrita, dentre outras coisas, “o corretivo às ideias disformes que pode dar-nos a natureza em seu estado caído”.[10] Por isso, só se considera adequada a revelação de Deus contida na Bíblia. Somente por meio das Escrituras, o homem pode ter um conhecimento de Deus livre de superstições.[11]

A Bíblia, como Palavra inspirada e inerrante de Deus, dá ao homem a resposta adequada às necessidades espirituais de que tanto carece, e aponta para Jesus Cristo (Jo 5.39) e para o poder de Deus. Nas Escrituras, encontramos a esperança da vida preparada, realizada e consumada pelo Deus Triúno (Rm 15.4; 1Jo 5.13).

A constatação da revelação de Deus gera em nós dois sentimentos: humildade e alegria. Humildade por sabermos que tudo o que temos e sabemos provém de Deus (Jo 15.5; 1Co 4.7; 2Co 3.5). Alegria, por ter acesso à revelação de Deus que é a verdade. Tais sentimentos, acompanhados do estudo da Palavra, devem conduzir-nos à adoração (Mt 4.10; Hb 13.15; 1Pe 2.9). A Bíblia foi-nos confiada a fim de que, mediante a iluminação do Espírito Santo, sejamos conduzidos a Jesus Cristo (Jo 5.39/Lc 24.27,44), sendo ele mesmo quem nos leva ao Pai (Jo 14.6-15; 1Tm 2.5; 1Pe 3.18) e nos dá vida abundante (Jo 10.10; Cl 3.4).

A Bíblia foi registrada para que cumpramos os seus preceitos, dados pelo próprio Deus (Dt 29.29; Js 1.8; 2Tm 3.15, 16; Tg 1.22). Ela foi-nos concedida para que conheçamos o seu Autor e, conhecendo-o, o adoremos e, adorando-o, mais o conheçamos (Os 6.3; 2Pe 3.18).[12] Por isso, “ao estudarmos Deus, devemos procurar ser conduzidos a ele. A revelação nos foi dada com esse propósito e devemos usá-la com essa finalidade”, conclui Packer (1926-2020).[13]

A Igreja como resultado da ação de Deus, por meio da Palavra, manifesta tais comportamentos, tendo ciência de que a meditação que faz na Palavra, guiada pelo Espírito, é uma tentativa de interpretá-la, a fim de proclamar e ensinar numa linguagem humana[14] a verdade que ela tem recebido pela graça de Deus. “A verdade é idêntica à graça” (Jo 1.17).[15]

A Teologia Reformada, recebendo a Bíblia como de fato é – a inerrante e autêntica Palavra de Deus –, reconhece ser ela a causa eficiente e instrumental da Teologia, sendo Deus o seu autor, a causa final.

A Teologia busca sempre a glória de Deus, como objetivo máximo e final. Este objetivo é alcançado sempre em sua fidelidade à revelação. Portanto, embora admitindo a infalibilidade da revelação Geral, só consideramos a Revelação Especial como fonte da Teologia. Desta forma, a tentativa de reconhecer a revelação Geral como fonte secundária da Teologia, está fora de cogitação. Para que isto aconteça, teríamos de interpretá-la à luz das Escrituras e, podemos observar também, que, qualquer tentativa de se criar uma fonte secundária, ou terciária de teologia (Os Catecismos, por exemplo), implica em admitir que a Bíblia precisa de um complemento, logo, ela é incompleta, ou insuficiente.

Como já demonstramos biblicamente, cremos que a revelação Geral tem o seu valor ilustrativo, contudo ela em nada acrescenta à revelação Especial e, aquela, só pode ser entendida corretamente, por aquele que mediante a iluminação do Espírito Santo entende a revelação Especial. Para este homem, a revelação Geral se constitui numa “republicação”, ainda que não cronológica, das verdades contidas nas Escrituras. Contudo, esta “republicação” não é complementar, nem transforma vida. E, o que a Natureza trata de forma estrita e apenas indicativa, a Escritura fala de forma ampla e demonstrativa.

Por outro lado, como vimos, Kuyper (1837-1920),[16] nos chama a atenção para o fato de que não devemos considerar a revelação Especial ou a Escritura como fonte da Teologia (“fons theologiae”), tendo em vista que o termo “fonte” no estudo científico tem um significado muito definido. Em geral, denota uma área de estudo onde o homem, enquanto agente ativo, faz uma triagem para a sua pesquisa, como na Botânica, Zoologia e História. Neste caso, o objeto de estudo é passivo. O homem é quem é ativo, e debruça-se sobre o fenômeno para extrair do objeto o conhecimento desejado.

Assim sendo, usando o termo neste sentido, tem-se a impressão, de que o homem como agente ativo, pode se colocar sobre as Escrituras, para descobrir ou tirar dela o conhecimento de Deus, que ali está passivamente esperando o seu descobridor… Sabemos que isto não é verdade! Deus se revela ao homem e mais uma vez, ativamente fornece os meios para a compreensão desta revelação: o Espírito Santo. A Teologia, como vimos, é sempre o efeito da ação reveladora, inspiradora e iluminadora de Deus por meio do Espírito.

Os que estão em Cristo, têm o seu Espírito que nos ilumina[17] para podermos ter uma compreensão verdadeira das Escrituras. O pecado, ainda que tenha destruído a nossa percepção espiritual, nós a reencontramos em Cristo, como sempre, por pura graça.

Bavinck sintetiza:

Todos os povos ou puxam Deus panteisticamente para baixo, na direção daquilo que é criado, ou o elevam deisticamente, colocando-o infinitamente acima da criatura. Em nenhum dos casos se chega a uma verdadeira comunhão, a uma aliança, a uma religião genuína. No entanto, a Escritura insiste em ambos: Deus é infinitamente grande e condescendentemente bom; Ele é soberano, mas também é Pai; Ele é Criador, mas também é Protótipo. Em uma palavra, Ele é o Deus da aliança.[18]

O conhecimento humano consiste sempre em uma relação lógica entre sujeito e objeto, visto que o sujeito só é sujeito para o objeto e, por sua vez, o objeto só o é para um sujeito, assim, a revelação objetiva reclama alguém e, este alguém (objeto) só o é, enquanto recebe de forma adequada a revelação.

A razão, como parte da criação divina, é o instrumento de que dispomos, pela graça de Deus, para descobrir a sabedoria divina no mundo que nos rodeia e, portanto, é o principium cognoscendi internum da ciência. Entendemos que o conhecimento também se dá pela experiência, contudo cremos que o espírito humano traz consigo certas categorias que lhe são inerentes as quais não podem ser apreendidas pela experiência. A experiência pode ser a fonte de quase todo o conhecimento, mas não é necessariamente do conhecimento todo.

Concluindo este tópico, reafirmamos que: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.27), dotando-o de capacidade para receber e interpretar as impressões da sua revelação que são demonstradas por meio do universo, da sua Criação (Sl 19.1; At 14.17). Toda a Criação de Deus foi realizada de forma sábia e soberana (Sl 115.3; Pv 3.19: Ef 1.11).


[1] Vejam-se: Alvin Plantinga, Ciência, Religião e Naturalismo: onde está o conflito?  São Paulo: Vida Nova, 2018, p. 240; Vern S. Poythress, Redimindo a ciência: uma abordagem teocêntrica Brasília, DF.: Monergismo, 2019, p. 258.

[2] “As tentativas de explicar a origem e a essência da religião sem fazer referência a Deus e sua revelação cognoscível estão fadadas ao fracasso” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 302).

[3]“Assim como não se pode encontrar homem algum, por mais bárbaro e mesmo selvagem que possa ser, que não seja tocado por alguma ideia de religião, é certo que todos somos criados a fim de conhecer a majestade de nosso Criador, e tendo-a conhecido, estimá-la acima de todas as coisas e honrá-la com todo temor, amor e reverência” (João Calvino, Instrução na Fé Goiânia, GO: Logos Editora, 2003, Cap. 1, p. 11). “Os próprios ímpios são para exemplo de que vige sempre na alma de todos os homens alguma noção de Deus” (João Calvino, As Institutas, I.3.2). Vejam-se também: João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.6), p. 305; João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 8.5), p. 167.

[4] “As mentes humanas são cegas a essa luz da natureza, a qual resplandece em todas as coisas criadas, até que sejam iluminadas pelo Espírito de Deus e comecem a compreender, pela fé, que jamais poderão entendê-lo de outra forma” (João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 11.3), p. 299). Vejam-se: João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.7), p. 10-11; João Calvino, As Institutas, I.9.3; II.2.19; III.2.33; III.21.3; III.24.2; João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 40.8), p. 229; João Calvino, Salmos, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2009, v. 4, (Sl 119.18), p. 184; John Calvin, Commentary on the Book of the Prophet Isaiah, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, (Calvin’s  Commentaries), 1996, v. 8/4, (Is 59.21), p. 271; João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 2, (Jo 14.25), p. 109; João  Calvino,  Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997, (Rm 10.16), p, 374;  João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1996, (1Co 2.11), p. 88-89; (1Co 2.14), p. 93; João Calvino, Sermões em Efésios, Brasília, DF.: Monergismo, 2009, p. 154; João Calvino, Exposição de Hebreus,  São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 6.4), p. 152,154; Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 113; D.M. Lloyd-Jones, O Supremo Propósito de Deus, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1996, p. 230.

[5] “É claro que todo o nosso conhecimento de Deus é ectípico ou derivado da Escritura. Somente o autoconhecimento de Deus é adequado, não-derivado ou arquetípico. Apesar disso, nosso conhecimento finito, inadequado, ainda é verdadeiro, puro e suficiente” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada; : Deus e a criação,  São Paulo, Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 97). “Embora não conheçamos nada exatamente como Deus conhece, o verdadeiro conhecimento humano não contradiz o conhecimento divino, mas depende dele” (Michael Horton, Doutrinas da fé cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2016, p. 59).

[6] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Soberania de Deus e a responsabilidade humana, Goiânia, GO.: Editora Cruz, 2016.

[7] “Somente o crente é que pode realmente ver na criação a mão de Deus, e lhe rende seus louvores pelas maravilhas de suas obras” (Allan Harman, Comentário do Antigo Testamento ‒ Salmos, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, (Sl 19.1), p. 122).

[8]Groningen acentua: “O Senhor soberano julgou necessário revelar explicitamente a natureza de sua relação pactual com a humanidade. Ele fez isto antes do homem cair em pecado. Depois da queda, isto se tornou ainda mais necessário devido aos efeitos do pecado” (Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1995, p. 63).

[9] Vejam-se: B.B. Warfield, Revelation and Inspiration: In: The Works of Benjamin B. Warfield, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1981, p. 7ss.; Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Prolegômena, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 312ss.; William G.T. Shedd, Dogmatic Theology, Grand Rapids, MI.: Zondervan, (s.d.), v. 1, p. 66ss.). A revelação Geral é “tênue e obscura para a humanidade pecadora, e mesmo para a humanidade redimida” (Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1995, p. 64).

[10] H.H. Meeter, La Iglesia y El Estado, p. 28.

[11]Vejam-se: João Calvino, As Institutas, I.6.4; João Calvino, As Pastorais, (1Tm 3.15), p. 98 e Confissão de Westminster, I.1.

[12]Vejam-se:  J. Calvino, As Institutas, I.5.10; J.I. Packer, O Conhecimento de Deus, São Paulo: Mundo Cristão, 1980, p. 26-35.

[13]J.I. Packer, O Conhecimento de Deus, p. 15. Veja-se: Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento,Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1995, p. 63-64.

[14] Veja-se: Emil Brunner, Revelation and Reason, Philadelphia: The Westminster Press, 1946, p. 3.

[15] Emil Brunner, Dogmática, v. 1, p. 167.

[16] Abraham Kuyper, Principles of Sacred Theology, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1980 (reprinted), § 56, p. 341ss.

[17]Vejam-se: João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.7), p. 10-11; João Calvino, As Institutas, I.9.3; II.2.19; III.2.33; III.21.3; III.24.2; João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 40.8), p. 229; João Calvino, Salmos, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2009, v. 4, (Sl 119.18), p. 184; John Calvin, Commentary on the Book of the Prophet Isaiah, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, (Calvin’s  Commentaries), 1996, v. VIII/4, (Is 59.21), p. 271; João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 2, (Jo 14.25), p. 109; João  Calvino,  Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997, (Rm 10.16), p, 374;  João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1996, (1Co 2.11), p. 88-89; (1Co 2.14), p. 93; João Calvino, Sermões em Efésios, Brasília, DF.: Monergismo, 2009, p. 154; João Calvino, Exposição de Hebreus,  São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 6.4), p. 152,154; Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 113; D.M. Lloyd-Jones, O Supremo Propósito de Deus, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1996, p. 230.

[18]Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 580.