Um blog do Ministério Fiel
Maternidade: No fim do dia, sou um fracasso!
Parece que toda noite é a mesma coisa. No fim do dia, ao olhar pra trás e relembrar tudo o que aconteceu, a tristeza parece inundar a alma e o sentimento de falha é inevitável.
Você pode pensar: “Mais um dia de falhas, de brigas, de trabalho incompleto e sentimento de fracasso total. Amanhã farei melhor, serei a melhor mãe, vou me redimir, vou cuidar melhor, vou fazer melhor, vou fazer mais.”
Ou você pode tentar achar um culpado para esta situação: “A culpa é desta criança que não me obedece, falo mil vezes a mesma coisa, sou uma escrava nesta casa, que situação horrível!”
Tenho uma má notícia pra você: Este ciclo de ira, penitência e sentimento de completo fracasso é praticamente eterno. Tem dias em que a sensação é de que só ressurgimos na superfície pra pegar um ar e depois já mergulhamos de volta neste ciclo. Nossas forças e alegrias vão se esvaindo, até nos sentirmos afogadas em amarguras. Tentar encontrar um culpado para a situação não nos ajuda a lidar com isto da forma certa, pois ou jogaremos a culpa sempre nos outros, ou nos condenaremos eternamente por tudo. De toda forma, não é um processo de tratamento, é um processo de julgamento orgulhoso.
Também trago boas novas: Deus nos trata com graça e misericórdia, portanto temos também que tratar com graça e misericórdia aqueles que Deus nos deu para cuidar e amar. Nós vamos errar, mas Deus sempre nos dará um novo dia para recomeçar, uma nova manhã onde suas misericórdias serão renovadas.
Não exija da criança algo que ela ainda não tenha maturidade para entender ou cumprir. Dê ordens claras e objetivas, uma por vez, explique as consequências da desobediência e se você falhar com seu filho, não hesite em pedir perdão. Não espere até a manhã seguinte para resolver o problema (Para o sol não se por sobre a ira de vocês – Ef 4.26), sempre é tempo de pedir perdão e reparar o erro.
Nossos filhos precisam ver em nós arrependimento, para que aprendam a se arrepender diante dos seus erros também. É necessário ensinar sobre perdão, perdoando e guiando-os a Cristo.
Somos parecidos com eles, os nossos brinquedos podem ser diferentes, mas as lutas deles também são as nossas, somos egoístas (não queremos dividir as coisas nem o nosso tempo) e somos orgulhosos (com dificuldade de aceitar correção e de ouvir um “não”).
Portanto, arrependa-se, mas não viva arrependida (aprendi isto com o pastor Paul Tripp). A diferença é que quando nos arrependemos genuinamente, nós mudamos nosso comportamento, nós convergimos, mudamos de rumo (do ruim para o bom). Mas viver em arrependimento te paralisa, não permite que você dê os passos para mudar o seu comportamento ruim. Viver em arrependimento faz com que os remorsos de coisas que fizemos no passado tomem conta do nosso dia, do nosso presente, não nos permitindo olhar pra situação e ver esperança. O arrependimento genuíno nos faz sair da condição de autocomiseração para a condição de liberta, para a condição de mulher sábia que busca obedecer ao Senhor em humildade e mansidão e que edifica seu lar.
Se o seu dia finda em sentimento de fracasso, corra para aquele que já te deu vitória, já te fez mais que vencedora e te ajuda diariamente a lutar contra pecados: Cristo!
Saiba que, nosso dia sempre terminará incompleto e imperfeito, assim como nós somos. Mas podemos ter sempre certeza de que estamos eternamente guardadas nas mãos daquele que executa 100% dos seus planos, nosso Soberano Deus. Que isto nos seja alento, ânimo e alegria.
Sigamos avante irmãs, sigamos nesta missão de amar, cuidar e guiar nossos filhos, sendo amparadas pelo único que é perfeito, nosso Deus.