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Thomas Watson – Os Testes do Amor a Deus [6/6]
- As melhores coisas cooperam para o bem [Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5]
- As piores coisas cooperam para o bem [Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5 | Parte 6 | Parte 7 | Parte 8]
- Por que todas as coisas cooperam para o bem do homem piedoso? [Parte 1 | Parte 2 | Parte 3]
- Sobre o Amor a Deus [Parte 1 | Parte 2 | Parte 3]
- Os Testes do Amor a Deus [Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5 | Parte 6]
12. Esforço para glorificar a Deus
Aquele que ama a Deus irá esforçar-se para mostrá-Lo glorioso aos olhos de outros. Aqueles que amam sempre estão elogiando e apresentando a amabilidade daquelas pessoas a quem amam. Se nós amamos a Deus, nós devemos espalhar por toda parte as Suas excelências, de maneira que possamos elevar a Sua fama e estima e induzir outros a se apaixonarem por Ele. O amor não pode ser silencioso; nós devemos ser como muitas trombetas, ressoando a liberalidade da graça de Deus, a transcendência do Seu amor e a glória do Seu reino. O amor é como fogo: quando ele queima no coração, irrompe pelos lábios. Ele será elegante em apresentar o louvor de Deus: o amor precisa dar vazão a si mesmo.
13. Desejo pela vinda de Cristo
Um outro fruto do amor é desejar a vinda de Cristo. “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2Tm 4.8). O amor deseja união; Aristóteles explica o motivo, ao afirmar que a alegria flui da união. Quando a nossa união com Cristo for perfeita na glória, então a nossa alegria será completa. Aquele que ama a Cristo ama a Sua vinda.
A vinda de Cristo será uma feliz aparição para os santos. A Sua aparição hoje é muito confortante, quando Ele se apresenta a nós como um Advogado (Hb 9.24). Mas a outra aparição o será muito mais, quando Ele há de se apresentar para nós como nosso Marido. Ele, naquele dia, porá duas jóias em nós: o Seu amor, um amor tão grande e assombroso que é melhor sentido do que explicado; e a Sua semelhança. “Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1Jo 3.2). E, dessas duas jóias, amor e semelhança, alegria infinita fluirá em nossa alma. Não há dúvida, portanto, de que aquele que ama a Cristo deseja a Sua vinda. “O Espírito e a noiva dizem: Vem! […] Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.17,20).
Assim testemos o nosso amor a Cristo. Um homem ímpio, o qual condena a si mesmo, tem medo da vinda de Cristo e deseja que Ele nunca venha; mas aqueles que amam a Cristo têm profunda alegria em pensar na Sua vinda entre as nuvens. Eles serão então libertos de todos os seus pecados e temores, serão publicamente reconhecidos diante dos homens e dos anjos e serão, para sempre, transportados para o paraíso de Deus.
14. Aceitação de tarefas desprezíveis
O amor fará com que nos inclinemos e aceitemos os mais desprezíveis ofícios. O amor é uma graça humilde; ele não se conduz de maneira altiva, mas rasteja e se inclina e se submete a qualquer coisa que possa ser útil a Cristo. Como nós vemos em José de Arimatéia e em Nicodemos, ambos pessoas honoráveis: um deles levou com as próprias mãos o corpo de Cristo ao túmulo, e o outro o embalsamou com aromas suaves. Poderia parecer absurdo a pessoas de sua estirpe serem empregadas em tais serviços, mas o amor as levou a fazê-los. Se nós amamos a Deus, não devemos pensar que nenhum trabalho é desprezível demais para nós, se por meio deles nós podemos ser úteis aos membros de Cristo. O amor não se esquiva; ele visita os enfermos, assiste os pobres, lava as feridas dos santos. A mãe que ama o seu filho não é retraída e escrupulosa; ela fará pelo seu filho aquelas coisas que outros se recusariam a fazer. Aquele que ama a Deus irá humilhar a si mesmo e aceitará o mais desprezível ofício de amor em favor de Cristo e de Seus membros.
Esses são frutos de amor a Deus. Felizes são aqueles que podem encontrar crescendo em suas almas esses frutos tão estranhos às suas próprias naturezas.
Por Thomas Watson. Original: A Divine Cordial By Thomas Watson
Tradução: voltemosaoevangelho.com
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